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0O encontro entre Getafe e Sevilha, que terminou com vitória para os andaluzes (1-0), ficou marcado por insultos racistas a Marcos Acuña e Quique Flores. A partida da 30.ª jornada da La Liga chegou mesmo a estar parada, depois de chamarem o internacional argentino ex Sporting de "macaco".
"Tenho orgulho de cada poro e cada veia cigana que tenho. Algumas pessoas acham que, por estarem num estádio, podem dizer o que quiserem. Mas nós estamos a trabalhar e merecemos ser respeitados. Parece-me aberrante que se digam este tipo de coisas e alguns adeptos do Getafe também se manifestaram contra quem nos estava a insultar", declarou Quique Flores, treinador do Sevilha.
O técnico espanhol continuou: "Não podemos deixar que isto se transforme num circo e que certos jogadores saiam sacrificados. Se calhar tem de acontecer a alguém importante para que os poderes tomem alguma ação. Se cada um de nós fizer alguma coisa, podemos passar às próximas gerações que vir ao futebol, ao ténis, ao basquetebol é para ser um momento de diversão e não para insultar".
Depois da interrupção em campo, as instalações sonoras do Coliseum, estádio do Getafe, soaram avisos relacionados com o sucedido nas bancadas. Dois minutos mais tarde, retomou-se a disputa, sem mais ocorrências até ao apito final. De acordo com o relatório de jogo, ouvia-se gritar "Acuña macaco" e "Acuña, vens dos macacos".
O defesa argentino que já atuou a serviço do Sporting manteve o silêncio perante o ocorrido, no entanto, nas suas redes sociais, já partilhou algumas fotografias do confronto do qual saiu 'vitorioso' com a legenda "Grande vitória! Vamos Sevilha!".
Marcos Acuña, relembre-se, representou a Listada verde e branca desde o ano de 2017 até 2020, tendo participado em 135 jogos dos leões, com nove golos e 25 assistências. Venceu duas edições da Taça da Liga e uma Taça de Portugal.