Ex treinador do Braga diz que Sporting era um "cemitério de treinadores" antes da chegada de Amorim

Portugal recebe, esta quinta-feira, às 19h45, a Croácia, em jogo relativo à primeira jornada do grupo 1 da primeira divisão da Liga das Nações. Cristiano Ronaldo deve ser titular – e até pode alcançar mais um recorde – e Thom Gibbs, jornalista do ‘The Telegraph’, considera a situação patética.

"O ano é 2046. A Terra caminha rumo a um futuro incerto. Os assistentes de IA tornaram-se maléficos, na grande revolta de '33, cansados de reordenar pastilhas de lava-louça sem que lhes peçam e sem nunca serem agradecidos. Grandes partes do globo não inabitáveis, por motivos climáticos e poluição", começa por escrever Thom Gibbs.

"Um Cristiano Ronaldo de 61 anos continua a ser titular no ataque de Portugal. Não devido a grandes avanços na ciência médica, ainda que Cristiano Ronaldo tenha sido perseguido por rumores de replicantes, porque ainda ninguém teve coragem de lhe dizer que está ultrapassado", acrescenta o jornalista.

"Claramente, Cristiano Ronaldo alcançou o suficiente na carreira para merecer uma despedida nos próprios termos, mas tudo dentro de um certo nível de razoabilidade. Este é o homem que ainda insiste em marcar livres miseráveis pelo país, apesar de um registo de apenas um marcado em 60 tentativas. Por isso, por que continua?", finaliza Thom Gibbs.

Portugal está inserido no grupo 1 da primeira divisão da Liga das Nações, juntamente com a Croácia, Escócia e Polónia. Após o embate frente aos croatas, a seleção de Roberto Martínez voltará a jogar em casa, diante dos escoceses, com o jogo a realizar-se no dia 8 de setembro, às 19h45, no Estádio da Luz.

Na presente época, Cristiano Ronaldo – depois de ter realizado 51 partidas ao serviço do Al Nassr, com uns impressionantes 50 golos e 13 assistências em 2023/24 – contabiliza quatro encontros e já soma quatro golos e duas assistências pela equipa de Luís Castro, último dos quais de livre direto.

A seleção japonesa segue imbatível no apuramento para o Mundial de 2026. O coletivo nipónico, com Hidemasa Morita no onze inicial, goleou a China (7-0), em jogo de um só sentido e prossegue na luta para marcar presença na prova que se realizará nos Estados Unidos, México e Canadá.

Apesar de não ter contribuído com golos ou assistências, o pupilo de Rúben Amorim completou 80% dos passes que tentou e ganhou quatro dos cinco duelos que disputou. O atleta leonino chegou mesmo a marcar um golo, aos 35 minutos. No entanto, o lance foi anulado pelo VAR, devido a uma mão na bola.

Wataru Endo fez o 1-0, no Saitama Stadium, aos 12 minutos, e Kaoru Mitoma dilatou a vantagem nipónica, ainda antes do apito para o intervalo. Já no segundo tempo, Takumi Minamino marcou dois golos em seis minutos, antes de Junya Ito, Daizen Maeda e Takefusa Kubo selarem o resultado final.

O Japão soma, desta maneira, os três primeiros pontos desta ronda, o que lhe permite ascender à liderança do Grupo C, em igualdade com o Bahrain. A China, por seu lado, permanece a 'zeros', tal como Indonésia, Arábia Saudita (que ainda não jogaram nesta jornada) e Austrália.

Esta temporada, Hidemasa Morita - avaliado em 15 milhões de euros - soma cinco partidas disputadas, nas quais esteve em campo durante 436 minutos. Em 2023/24, fez dois golos e quatro assistências, ao longo de 40 encontros, sendo uma das grandes figuras da turma de Rúben Amorim.

Vítor Manuel, pai de Vítor Bruno - timoneiro do Porto - analisou o trabalho realizado por Rúben Amorim. Ao jornal A Bola, o antigo futebolista explica que o técnico leonino, que foi contratado ao Braga, deu estabilidade ao Clube de Alvalade, já que o emblema verde e branco era "um cemitério para treinadores".

"Parece haver sintonia perfeita entre a direção do Sporting e o Rúben. Os resultados têm ajudado, claro, mas quando há identificação entre as ideias do presidente, do diretor desportivo e do treinador, quando tudo está muito bem colado e há solidariedade institucional, tudo fica muito facilitado", começou por analisar.

"Quando somos só resultadistas, se não tivermos resultados logo à primeira, as coisas às vezes podem complicar-se. O treinador, muitas vezes, não tendo resultados, também consegue conquistar os adeptos pelo trabalho, pela dedicação e até pelo discurso. Se calhar é um bocadinho o que está a acontecer com o Rúben Amorim".

"Ele conquistou os adeptos do Sporting com os resultados e com o discurso e a sua fluência. O Sporting era uma espécie de cemitério de treinadores e passou a ser, com Frederico Varandas, um clube estável. O Rúben tem sido um treinador que, além de ter resultados, cumpre objetivos financeiros, o que dá uma estabilidade muito grande ao clube", concluiu.

Rúben Amorim chegou ao Sporting em março de 2020, oriundo do emblema arsenalista, num negócio que custou aos cofres verdes e brancos qualquer coisa como 12 milhões de euros, já com ‘juros’ incluídos. Desde então, o técnico liderou 218 encontros, tendo vencido 152, empatado 33 e perdido 33, sendo uma das grandes figuras dos verdes e brancos nos últimos anos.