EXCLUSIVO LEONINO – CENTRAL PODE SER EMPRESTADO PELO SPORTING PARA DEPOIS SER APOSTA FUTURA

Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se este sábado, dia 29 de junho, a Alvalade, onde marcou presença nas cerimónias fúnebres de Manuel Fernandes, antigo craque do Sporting e da seleção portuguesa falecido na quinta-feira, vítima de doença prolongada, e enalteceu o contributo da antiga glória leonina, tanto para o clube, como para o futebol português.

"Não era preciso ser Sportinguista para gostar de Manuel Fernandes. Era uma pessoa de quem era fácil de se gostar e respeitar, porque ele respeitava os outros e gostava dos outros, adversários ou não, no campo ou fora, nos debates televisivos. Em todas as posições em que o conheci, e conheci-o muito novo", começou por dizer.

"Há pouco estava a recordar, eu era dirigente com 20 e poucos anos da Federação Portuguesa de Futebol de 1974 a 1976 e ele já jogava, jogava bem e era conhecido. Era um bom carácter, tinha um magnífico carácter. Tinha uma personalidade forte, mas doce no coração", afirmou o Presidente da República.

"No coração, na abertura ao diálogo, na luta pelo seu clube, claro, era uma paixão que ele tinha, mas não era fanático. Depois, além de servir o Sporting, serviu Portugal, em 30 jogos pela seleção portuguesa. E nessa altura era muito, não se compara com o que é hoje, os meios, os recursos, a preparação física, como que era difícil ser jogador. E Portugal não tinha um peso internacional".

"Tinha muito mérito lutar por Portugal num período que não foi dos mais fáceis para a Seleção Nacional. E o país deve-lhe tudo isso, também pelo que fez como dirigente e como pedagogo. Porque ele explicava o futebol aos portugueses sem rancores, fanatismos, sem facciosismos, Portanto, eu venho cá como Presidente da República, mas a título, depois pessoal. Neste último período pude conhecê-lo numa fase muito difícil da vida, porque era a fase mais próxima da morte. E ele lutava pela vida mesmo na aproximação da morte. Era o mesmo lutador a querer prolongar a vida e prolongou além de todos os limites médicos", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

A pré-época do Sporting arranca já esta segunda-feira, dia 1 de julho, mas Viktor Gyokeres ainda não estará disponível face à operação de que foi alvo no joelho esquerdo, no passado dia 29 de maio. No entanto, de acordo com o jornal A Bola, a recuperação do avançado sueco está a correr de feição aos interesses de ambas as partes.

A previsão apontava para que o regresso do goleador sueco às opções de Rúben Amorim, a 100% para o próximo dia 9 de julho, embora até possa voltar à Academia Cristiano Ronaldo antes disso. De qualquer forma, o goleador leonino continua a ter autorização para se juntar mais tarde aos restantes companheiros, já que iniciou o período de férias bem depois dos restantes companheiros.

Fabrizio Romano atualizou recentemente a situação entre o Arsenal e Viktor Gyokeres, e disse que neste momento não há novidades sobre uma possível saída do ponta de lança "Sobre o Gyokeres, nada está iminente. Posso garantir-vos que não está a acontecer nada com o Gyokeres neste momento, embora o interesse continue a existir", referiu o italiano.

Na temporada que agora chegou ao fim, ao serviço do Sporting, Viktor Gyokeres – avaliado em 65 milhões de euros – realizou 50 encontros: 33 no Campeonato Nacional, nove na Liga Europa, seis na Taça de Portugal e dois na Taça da Liga. Ao todo, nos 4.167 minutos que disputou, o avançado apontou 43 golos e fez 14 assistências, tendo sido a grande figura da turma de Rúben Amorim em 2023/24.

Viktor Gyokeres chegou ao Sporting no verão de 2023, oriundo do Coventry, a troco de 20 milhões de euros, mais 4 por objetivos, tornando-se a contratação mais cara da história do Clube de Alvalade. O pupilo de Rúben Amorim tem contrato com os leões até junho de 2028 e a sua cláusula de rescisão é a mais alta de todo o plantel dos leões.

Com o velório de Manuel Fernandes a decorrer, neste sábado, dia 29 de junho, as reações multiplicaram-se, chegando até de adeptos do Sporting. Vários foram os Sportinguistas que fizeram questão de marcar presença em Alvalade para prestar homenagem à figura histórica leonina. 

"Nunca traiu o Clube, foi um jogador que esteve sempre ao lado do Sporting e quis sempre o Sporting lá em cima. Teve altos e baixos, como toda a gente, mas fez aquilo de que gostou, que foi jogar no Sporting", relembrou Lina Policarpo, salientando a lealdade que Manuel Fernandes teve para com o Clube de Alvalade. 

As reações vieram também até dos adeptos mais jovens, como o caso de José Viana,  que falou ao microfone da agência Lusa. "A minha família - a minha mãe, o meu pai e a minha avó - é toda do tempo do Manuel Fernandes e obviamente que, tendo em conta a pessoa que ele foi para o Sporting e para o futebol nacional, é muito justa esta homenagem por parte do Sporting", destacou. 

Já a adepta Clara Rocha fez uma viagem ao passado para abordar o papel crucial que Manuel Fernandes teve num Dérbi contra o eterno rival, Benfica. No jogo de 1986/87, o antigo avançado dos verdes e brancos marcou um póquer contra o adversário, transformando-se num dos maiores momentos da sua carreira.  

"Marcou quatro golos e o Sporting ganhou ao Benfica, o nosso adversário, e a partir daí acho que era extraordinário como jogador e como pessoa. Admiro-o muito e, por isso, hoje, senti-me no dever de vir aqui prestar a minha última homenagem", recordou a Sportinguista, explicando os motivos que a levaram a querer prestar homenagem à antiga glória do Clube de Alvalade. 

Manuel Fernandes foi um dos nomes que ficaram na história do Sporting. Enquanto jogador, evidenciou-se pelos 12 anos em que envergou a camisola leonina. O eterno capitão conquistou cinco títulos: dois Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e uma Supertaça. Na qualidade de treinador, regressou aos verdes e brancos em 1992, assumindo o papel de técnico adjunto até 1994. Em 2000, voltou a pisar os relvados de Alvalade para ser treinador principal dos leões, celebrando 11 vitórias em 21 partidas.