Jornalista justifica redução do castigo a Cristiano Ronaldo: "É uma homenagem à sua carreira"

João Félix concedeu uma entrevista, recente, onde explicou que o verdadeiro motivo de não ter rumado ao Benfica no verão passado foi a falta de interesse do Clube da Luz. O colega de Cristiano Ronaldo, no Al Nassr, revelou alguns detalhes da novela que culminou com a sua transferência para o emblema de Riade - que venceu recentemente, sem o astro português.

João Félix: "A verdade é que estive para voltar ao Benfica nos últimos três verões (...) mas nunca houve uma vontade séria por parte do clube"

"O que me fez vir [para o Al Nassr] foi a vontade do clube em ter-me. A verdade é que estive para voltar ao Benfica nos últimos três verões, sempre foi a minha vontade e sempre disse isso aos meus agentes, mas nunca houve uma vontade séria por parte do clube, não sei de quem...", começou por explicar João Félix, em declarações prestadas à Sporttv.

O avançado da Seleção nacional prosseguiu: "Nunca surgiu a oportunidade, não por questões de valores de transferência ou salário, nada a ver com isso, sempre foi por questões de vontade do outro lado que não se realizou. Entretanto, o Al Nassr chegou-se à frente com mais vontade e, quando assim é, não podemos recusar".

Depois, o colega de Cristiano Ronaldo falou do futuro da sua carreira, que segue, de momento, na Arábia Saudita: "Não faço planos para o próximo ano. Tenho alguns objetivos mas vivo muito o momento e estou feliz e focado no Al Nassr, é o que posso dizer".

"Continuo a ser eu, o mesmo jogador, continuo a ter as mesmas qualidades. Trabalho para ser o melhor possível e ajudar clube. Às vezes as coisas saem, noutras não. Culpas do jogador, das circunstâncias e tudo mais. Mas neste momento as circunstâncias estão todas a favor. É uma das razões", atirou, a terminar, João Félix, acerca do atual momento de forma.

Confira, aqui, uma bela assistência de João Félix no Al Nassr:

Fikayo Tomori, defesa do Milan, deu uma extensa entrevista ao podcast FilthyFellas, na qual abriu o livro sobre os mais variados temas. O jogador inglês acabou por se debruçar sobre o potencial de Rafael Leão e mostrou a sua admiração por Cristiano Ronaldo.

"O Rafa Leão podia perfeitamente ganhar a Bola de Ouro. É alto, é forte, é rápido, sabe driblar. Tem tudo para ser um dos melhores do mundo", começou por dizer, acabando ainda por destacar Tijjani Reijnders, que considera "demasiado forte em espaços curtos".

De resto, Fikayo Tomori falou da dupla que o acompanhava do lado esquerdo: "Claro, o Theo Hernández. Quando ele e o Rafa arrancavam pela esquerda, havia pouco a fazer.". Além disso, no seu top-3 de colegas mais talentosos, o primeiro lugar ficou entregue a Luka Modrić em primeiro lugar: "Quando ele chegou, ninguém sabia o que esperar, mas depois do primeiro treino percebemos tudo. É incrível".

Um dos pontos mais altos da entrevista em questão acabou mesmo por ser o desafio que passou quando teve de enfrentar Cristiano Ronaldo, quando este jogava na Juventus: "O Ronaldo jogava na Juve na altura e eu pensei: 'Hoje não o posso deixar marcar'. De certa forma, não senti pressão. Ele marcou tantos golos que, se marcasse, ninguém iria reparar que foi contra mim".

"Não podia permitir que ele tocasse na bola antes de mim. Se ele chegasse primeiro, estava feito.» Contudo, a tática italiana ajudava: "De qualquer forma, em Itália defende-se de forma diferente, raramente haveria um duelo de um contra um, porque estaríamos dois em cima dele", atirou ainda.

Cristiano Ronaldo ficou a conhecer, no decorrer desta semana, que a FIFA lhe decidiu aplicar uma pena suspensa, que acaba por permitir que este faça parte das contas de Roberto Martínez para os dois primeiros jogos do Mundial 2026. Esta questão tem gerado bastante controvérsia, mas são agora explicados os motivos para a decisão em causa.

De acordo com as declarações de Kaveh Solhekol, jornalista da Sky Sports, o histórico disciplinar do jogador da formação do Sporting pode ter pesado numa "decisão sem precedentes" quando analisado pelo Comité Disciplinar da FIFA, sendo que ainda contou com a aprovação do presidente Mohamed Al-Kamali.

Kaveh Solheko: "A decisão foi tomada pelo Comité Disciplinar da FIFA"

"A decisão foi tomada pelo Comité Disciplinar da FIFA. É um órgão independente da FIFA. Eu sei que a maioria dos adeptos olham para isto e dizem: 'Vá lá. Há uma regra para Cristiano Ronaldo e uma regra para todos os outros'", começou por dizer Kaveh Solheko.

Kaveh Solheko: "FIFA reuniu-se com um senhor do Emirados Árabes Unidos, Mohamed Al-Kamali"

De seguida, o jornalista revelou alguns detalhes sobre a tomada de decisão: "Não deveria jogar os primeiros dois jogos do Campeonato do Mundo porque recebeu um cartão vermelho por conduta violenta. É um castigo de três jogos. Já falhou o jogo contra a Arménia e não deveria jogar os primeiros dois jogos, mas o Comité Disciplinar de FIFA reuniu-se com um senhor do Emirados Árabes Unidos, Mohamed Al-Kamali, e eles chegaram a esta decisão sem precedentes de que dois desses [três] jogos seriam de pena suspensa". 

No entanto, Kaveh Solheko desfaz a ideia de que esta decisão possa ter sido influenciada pela visita do astro à Casa Branca: "Significa isto que se Cristiano Ronaldo se comportar até ao início do Mundial, ele poderá jogar. Mas por que eles chegaram a esta decisão? Eu sei que há teorias da conspiração e que os adeptos vão dizer que eles fizeram isso porque é o Ronaldo. O Mundial é o maior espetáculo do mundo e eles [FIFA] querem que o Ronaldo esteja a jogar, mas penso que não há nenhuma evidência de tenha sido feita pressão junto do Comité Disciplinar".

"Conheço o estatuto de Cristiano Ronaldo, sei que ele tem uma amizade crescente com o Presidente Trump neste momento, mas não há nenhuma evidência de pressão colocada no Comité. O Comité é independente e tomou esta decisão", vincou o jornalista inglês.