Liga dos Campeões: Sporting - Manchester City ao minuto

O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) divulgou, esta terça-feira, mais alguns áudios da comunicação das equipas de arbitragens. Um dos lances abordados foi a expulsão de Gianluca Prestianni no dérbi entre Benfica e Sporting (1-1).

VAR: "Daqui VAR. Aconselho-te a vires à zona de revisão para possível vermelho"; Árbitro: "Ok, imagem feia, parece-me vermelho, o pé fica preso. Vermelho claro, sem stress." VAR: "O 25, em voo, faz uma tesoura. Vou mostrar outra imagem." Árbitro: "Sim, sim, é vermelho."

Duarte Gomes: "Sendo claro e óbvio, a imagem que mostra que o árbitro errou deveria ser só uma"

Duarte Gomes, diretor técnico da arbitragem, analisou o lance: "O ideal era que fosse sempre assim. Sendo claro e óbvio, a imagem que mostra que o árbitro errou deveria ser só uma. Repara nos fatores para cartão vermelho: o jogador salta de longe, a dois pés, e por acaso até toca na bola depois do jogador do Sporting tocar. Mas ele não salta para a bola, salta para as pernas. É uma entrada de longe, com intensidade, velocidade, e tem uma consequência que poderia ter sido drástica, o pé poderia ter partido".

Duarte Gomes: "Foi uma intervenção excelente por parte do Rui Costa"

O especialista elogiou a atuação do VAR: "Foi uma intervenção excelente por parte do Rui Costa e, neste caso, muito bem também o Nobre a ser convencido de imediato. Nós, árbitros, também temos muito cuidado com os jogadores que entram quando estão a suplentes. Geralmente vêm com muita adrenalina e intensidade, querem mostrar em pouco tempo que sabem jogar, contribuem, e muitas vezes não conseguem dosear essa intensidade. Muitas vezes os árbitros até falam com eles".

Tal como o nosso Jornal avançou, em Exclusivo (Saiba mais AQUI), ainda que a prestação da equipa leonina na segunda parte não tenha sido do agrado de Frederico Varandas, o mesmo tem plena confiança em Rui Borges e na estratégia gizada pelo técnico, acreditando que o plantel irá voltar a levantar o título em maio.

Depois da vitória do Benfica frente ao Moreirense (4-0) no último domingo, José Mourinho - que foi arrasado por Rodrigo Roquette - abordou a arbitragem da partida e acabou por 'picar' o Sporting nas suas declarações, devido a uma suposta grande penalidade não marcada. O técnico referiu que os encarnados têm um perfil diferente do dos rivais e que não "gritam" nem "choram" por causa de lances polémicos. Pedro Fatela, professor auxiliar da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, expôs as contradições do técnico.

Pedro Fatela: "Ficámos com uma terceira certeza na vida: Morrer, pagar impostos e que José Mourinho vai queixar-se da arbitragem (...)"

"A verdade é que existem pessoas que dizem que há duas certezas na vida: Morrer e pagar impostos. Quando José Mourinho chegou ao futebol português, nós ficámos com uma terceira certeza na vida: Morrer, pagar impostos e que José Mourinho vai queixar-se da arbitragem (...)", começou por dizer, em declarações no 'Jogo Aberto', da SIC Notícias.

O comentador recordou as práticas recentes das águias: "Devemos agarrar nesta frase de José Mourinho, quando diz que outros choram, pressionam e gritam, nós não, temos um perfil diferente.... Vamos pegar na palavra choram. Além destes lamentos pós-jogos que José Mourinho constantemente tem, no dia 28 de setembro, o Benfica fez um comunicado onde diz que este início de época demonstra um padrão claro com prejuízos para o Benfica e benefícios para o Sporting".

Pedro Fatela deixa uma ideia no ar: "Ora, se isto não é chorar, eu não sei o que é isto. O Benfica antes da Dupertaça, no dia 27 de julho, fez um comunicado a criticar Fábio Veríssimo. No dia 3 de dezembro, antes do dérbi no Estádio da Luz, critica a anunciação de António Nobre.... Ora, se isto não é pressionar, o que é que é?".

Pedro Fatela: "Depois são os outros que gritam? Mário Branco gritou ao árbitro: "És uma vergonha (...) vou arrebentar-te todo"

O professor lembrou ainda o comportamento de Mário Branco: "Depois são os outros que gritam? Mário Branco gritou ao árbitro: "És uma vergonha (...) vou arrebentar-te todo e mais um conjunto de impropérios que foi dirigido ao árbitro da partida. Se isto não é gritar, é o quê? Aquilo que José Mourinho acusa que os outros fazem, o Benfica faz exatamente igual ou pior. Portanto, sendo esta a prática, parece-me que José Mourinho devia centrar-se no futebol", concluiu.

Veja o vídeo:

Francisco Seixas da Costa vai ser indemnizado pelo Estado português em cerca de 20 mil euros, na sequência do recurso que apresentou após ter sido condenado a pagar 8.200 euros pelo Tribunal da Relação do Porto por ter chamado "javardo" a Sérgio Conceição nas redes sociais.

A decisão foi comunicada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, instância para a qual o antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus e adepto do Sporting recorreu. O caso remonta a 31 de março de 2019, quando o antigo embaixador usou a sua conta no 'X' para tecer considerações sobre o então técnico do Porto.

"Sérgio Conceição até parece não ser um mau treinador! Mas é - sejamos claros! - um javardo. Não vale a pena estar com eufemismos. E os adeptos do FCP que se revêm no seu estilo são isso mesmo - uns javardos. Como o são os adeptos do (meu) Sporting que gostam do Bruno de Carvalho", escreveu em 2022.

Depois de um processo colocado por Sérgio Conceição, o Tribunal do Porto condenou Seixas da Costa a uma multa de 2.200 euros e uma indemnização de seis mil euros ao treinador por crime de difamação agravada. O professor universitário recorreu e viu confirmada a condenação, o que o levou a um novo recurso, então ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

Dois anos volvidos, o Estado e a defesa de Francisco Seixas da Costa chegaram a "acordo amigável", com o primeiro a comprometer-se a pagar um total de 20.450 euros, divididos entre danos patrimoniais (8.200 euros), danos não patrimoniais (9.750€) e despesas processuais (2.500€).

Recorde o tweet em causa: