Mbappé está a muitos poucos golos de igualar recorde brutal de Cristiano Ronaldo em Madrid

Fernando Santos, Paulo Bento e Rui Patrício acreditam na possibilidade da Seleção nacional, capitaneada por Cristiano Ronaldo, conquistar o Mundial. Relembrar que a equipa das quinas vai estar presente no próximo Campeonato do Mundo, em 2026, na América do Norte.

Os dois treinadores que passaram pelo Sporting, bem como o guardião português, formado no Clube de Alvalade, estiveram na cerimónia da retirada de Rui Patrício. No final, falaram com os jornalistas presentes no local, e refletiram sobre as chances da Seleção no Mundial, onde vai estar Cristiano Ronaldo.

"Penso que estamos todos confiantes. Acreditamos todos que é possível vencer o Campeonato do Mundo. Já em 2022 estávamos convencidos que ia acontecer. Portugal tem treinador, jogadores e equipa para nos dar essa alegria. Esperamos que assim aconteça. Portugal tem condições para ser candidato, para chegar a final e vencer, agora, claro que não é fácil", começou por dizer Fernando Santos, com quem Cristiano Ronaldo conquistou o Euro 2016.

Paulo Bento - que falou de Cristiano Ronaldo recentemente - concorda com essa opinião: "Portugal tem uma geração extraordinária em qualidade e quantidade. É uma das melhores gerações do nosso futebol, senão a melhor. Mas, Inglaterra e Espanha também têm gerações extraordinárias e há sempre a Alemanha e a França. Não diria que Portugal é favorito, mas é candidato e pode competir com as melhores seleções do mundo".

A terminar, foi Rui Patrício a demonstrar confiança nas capacidades da Seleção: "Acredito muito que é possível. Portugal tem grande equipa, grandes jogadores, grande selecionador e uma grande estrutura. Temos tudo para ser campeões. Espero que possamos festejar. É o sonho de todos nós. Agora vou sofrer mais de fora, mas por outro lado posso beber umas cervejas também".

Paulo Bento considera que a Seleção nacional depende menos de Cristiano Ronaldo, em comparação com o passado. O antigo treinador do Sporting foi convidado do programa '90+3', do jornal A Bola, e refletiu sobre a sua carreira, e sobre a passagem pela equipa das quinas.

Paulo Bento: "Portugal hoje não depende tanto dele (Cristiano Ronaldo) como dependia há anos"

"Portugal hoje não depende tanto dele como dependia há anos. E posso falar de 2010, 2012, 2014… em 2016 já menos, até porque acabámos por ganhar a final do Europeu, embora com a infelicidade de ele estar lesionado. Há menos dependência, fruto da idade dele, embora continue a fazer golos na Arábia", explicou Paulo Bento.

O antigo treinador do Sporting, relembre-se, ocupou o cargo de Selecionador nacional, logo após deixar o Clube de Alvalade. Esteve aos comandos da equipa das quinas entre 2010 e 2014, altura em que se cruzou com Cristiano Ronaldo.

Para além dessa nota, também refletiu sobre o seu percurso: "Se não houvesse essa oportunidade de um senhor me ver durante 20 ou 26 minutos e dizer ‘para mim é suficiente, vamos contratar aquele miúdo’, provavelmente teria ficado pela distrital ou terceira divisão".

A terminar, Paulo Bento relembrou a passagem pelo Sporting: "Fica o sabor amargo de não ter conseguido o campeonato. Em 2005/06 recuperámos muitos pontos e podíamos ter passado para a frente no jogo com o FC Porto em Alvalade. Em 2006/07 perdemos por um ponto, com o golo com a mão do Ronny. Fico orgulhoso de ter contíbuido para o crescimento de jogadores como João Moutinho, Nani, Rui Patrício, entre outros". Relembrar que o guardião se retirou recentemente.

Gary Neville utilizou o exemplo de Cristiano Ronaldo, para atacar Mohamed Salah, jogador do Liverpool, que é um dos maiores rivais do Manchester United de Ruben Amorim. O antigo lateral dos red devils, que tem sido critico do treinador português, aproveitou o espaço de opinião na Sky Sports, para falar do assunto do momento na Premier League.

"Não veríamos isto da parte de um jogador normal, mas, quando tens este nível de jogador, que é quase o melhor do mundo - um nível no qual colocaria Mo Salah - por vezes... Não temos de aceitar aquilo que ele fez porque Cristiano Ronaldo também o fez, e eu não gostei, de todo, porque penso que estes jogadores têm a expetativa de que todos os apoiem", começou por apontar Gary Neville, lembrando a altura em que o astro português, à semelhança do egípcio, decidiu conceder uma entrevista onde foi abertamente crítico do Man United, que representava na altura.

Gary Neville prosseguiu na sua análise: "Ainda assim, não é um comportamento invulgar para um jogador daquele nível de qualidade e de talento. Muitas vezes, eles têm uma visão diferente das coisas. Para mim, é fácil quando isto acontece no Liverpool, porque posso sentar-me e relaxar um pouco, mas não gostaria que acontecesse no meu clube, o Manchester United".

"Não gostei quando o Cristiano fez aquilo, há uns poucos anos, e deu aquela grande entrevista. Eu achei que estava errado, achei que o 'timing' estava errado e a maneira como foi feito estava errada, por isso, consigo perceber por que é que os adeptos do Liverpool ficariam incomodados, mas eu comentei aquele jogo e achei que ele deveria ter entrado", completou o antigo lateral do Manchester United.

Para terminar, Gary Neville ainda explicou: "Eu consigo perceber por que é que ele ficou incomodado, mas também consigo olhar para isto da perspetiva do Liverpool (...) Se fosse um jogador que não tivesse o nível de talento, experiência ou sucesso de Mo Salah, penso que seria corrido bastante rapidamente (...) Eu joguei com jogadores que eram exatamente iguais, e deixaram o clube assim que isto aconteceu".