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17 Mai 2021 | 09:58
O nome do Sporting, o seu prestígio e o trabalho duma época têm que ser respeitados sempre e em toda parte.
Finalmente! O Sporting, após um jejum de 19 anos, sagrou-se de novo campeão nacional de futebol! É pois uma enorme satisfação escrever este artigo, enquanto Diretor do Leonino, logo na primeira época que acompanhámos, de princípio ao fim, deixando assim uma marca nesta efeméride. A confirmação veio na passada terça-feira com uma vitória sobre o Boavista, por 1-0, que libertou o rugido leonino, tantos anos aprisionado, nas nossas vozes e nas ruas em todo o mundo. Quantos de nós puderam festejar pela primeira vez, outros com a primeira vez dos filhos, tal como outros puderam invocar também a memória dos que entretanto já partiram sem o poder comemorar. Só quem é Sportinguista sabe de que sentimento estou a falar. Ontem, mais uma grande alegria por mais uma conquista Europeia. A nossa equipa de Hóquei em patins conquistou o tricampeonato Europeu da sua história (1977, 2019, 2021), aumentando o palmarés e cimentando assim a posição do Clube como o que, em Portugal, ostenta mais títulos europeus, em todas as modalidades. Não há dúvidas que o Sporting é a maior potência desportiva nacional!
A envolvente da pandemia, com as suas condicionantes, foi igual para todos os que disputaram o campeonato pelo que, só com “desculpas de mau pagador”, alguns podem tentar desculpar-se com a COVID-19 para escamotear como a época mais cara de sempre, pode ter redundado em fracasso. Puramente ridículo. Com efeito, no passado sábado, jogámos com os candidatos a “campeões da 2ª volta”, seja lá o que isso for, numa postura comunicacional ridícula que deveria envergonhar os próprios rivais, até por respeito ao seu próprio palmarés. No entanto, a entrada em jogo da equipa do Sporting também não respeitou, ela própria, o estatuto de campeão que ostenta desde terça-feira. Com efeito, seja em que envolvente for, é perfeitamente inadmissível estar a perder aos 37 minutos, num derby, por 3-0. Muito menos sendo campeão, aos 49 minutos estar a perder por 4-1 e na iminência de poder sofrer uma goleada histórica. O nomedo Sporting, o seu prestígio e o trabalho duma época tem de ser respeitados sempre e em toda parte. Afortunadamente, a equipa do Sporting percebeu isso a meio da segunda parte e minorou os estragos, fechando a partida num 4-3. Primeira derrota da época mas, ainda assim, permitiu ganhar o “campeonato da segunda circular”, dada a vitória por 1-0 na primeira volta, bem como a “mini-liga” entre os três grandes (1). Um jogo não para esquecer, mas para relembrar. O estatuto do Sporting agora é outro e, para a participação na Champions League, terá de reforçar-se para continuar a prestigiar o Clube com vitórias e conquistas. Afinal, nas imortais palavras de JoséAlvalade, queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa!
Muito se falou sobre os festejos e a (não) organização dos mesmos. Com efeito, só alguém alheado da realidade portuguesa é que não preveria que milhares de Sportinguistas sairiam á rua, por todo o país e não só. Como esperado, a maioria das pessoas rumou ao Marquês de Pombal, com o seu Leão emblemático. Como Sportinguista é-me incompreensível, mas para qualquer pessoa de bom senso também, que a equipa do Sporting se prontifique a sair, para saudar os adeptos, apenas pela 1:30 da manhã, quando o jogo acabou às 22:30. Três horas depois! Ainda para mais quando se perdeu tempo em festejos para um estádio vazio. O Sporting, como grande força social deste país, não pode descurar a sua enormemassa humana, essência e alma do Clube, pelo que a reciprocidade tem de estar sempre presente, isto é, se, ao mesmo tempo o povo Sportinguista marcou presença para agradecer a quem possibilitou este título, também jogadores, staff e dirigentes tinham de demonstrar o seu maior respeito. Fazendo bem o seu trabalho, sendo essa a sua obrigação e razão pela qual representam o Sporting Clube de Portugal.
Caiu muito mal que a Câmara de Lisboa tenha feito saber que não admite ter adeptos na Praça do Município no próximo dia 20 (2). Num país onde, em pleno pico pandémico, foram permitidas manifestações do 25 de Abril, do 1º de Maio e até festas partidárias, é intolerável que não se faça o mesmo agora de forma organizada, cumprindo todas as normas. Será normal penalizar agora os adeptos por que quem, no devido tempo, devia ter organizado e nada organizou, Será que passa a ser competência dos milhares de adeptos a sua auto-organização? Atrevo-me mesmo a perguntar, se o campeão fosse outro, Fernando Medina teria a “lata” de propor esta medida? E na receção à equipa de Hóquei também vão proibir a presença dos Sportinguistas? Espero pois que o Sporting emita publicamente, ainda, uma posição pois, se o lema ao longo da época foi “onde vai um vão todos”, neste caso a melhor resposta ao edil lisboeta seria “onde não vai um, não vão todos”!
Diretor Leonino
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