Grandes, mas inevitáveis novidades…
Troca no comando técnico nesta fase iria seguramente desfocar a equipa e também aqui, no meu entender, os interesses do Clube estão a ser salvaguardados
04 Fev 2020 | 08:43
1Viana do Castelo, terra de Amor, e que como símbolo tem o “coração”, deixou-me uma marca importante, neste início de 2020. Que seja augúrio de grandes projetos e desígnios.
No passado sábado acompanhei um grupo de amigos que de Lisboa partiu, para assistir à apresentação do livro do Professor Rui Moreira de Carvalho, “Dilema das Alianças: Defesa do Humanismo na Era da Inteligência Artificial¹”, na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, junto ao lindo Rio Lima.
Trago este evento literário à liça por duas razões principais. Uma primeira, pois Rui M. de Carvalho foi Presidente do Conselho Fiscal da Sporting Clube de Portugal – Futebol SAD de 2013 a 2018, tendo saído do cargo após as eleições que elegeram a atual Direção do Clube e a consequente recomposição dos órgãos sociais da SAD, em outubro de 2018, após conclusão da operação de emissão de obrigações.
Entendo poder e dever fazer o elogio de Rui M. de Carvalho, com uma inicial declaração de interesses. Somos bons amigos. E fui eu que o sugeriu, em 2013, para presidir ao órgão de fiscalização da SAD. E o propósito desse convite sustentou-se naquilo que ele é. Um amigo, que deve conter a autoridade crítica e a capacidade de construir propostas na busca do melhor, sugerindo quando se percebe que é possível fazer melhor, sem temor de reações e sempre na defesa intransigente de deveres e valores. O tempo acabou por dar sustentabilidade à minha ideia pois o seu comportamento, e dos seus colegas, ofereceu mérito ao modelo de governo preconizado permitindo que fosse possível uma continuidade na qualidade do órgão de fiscalização da Sporting SAD.
A segunda razão prende-se com a realidade do livro que atrás referi, e que merece um olhar atento. Não só por aquilo que apresenta e que tem vindo a ser objeto de análise, entre outros momentos, nas aulas que o Rui leciona, mas porque traz um campo de desenvolvimento fascinante, que consiste num humanismo que parece pertencer a um passado longínquo. Com uma menção prévia, mas com uma posterior fuga aos algoritmos e às inteligências artificiais que retiram, em muitas alturas, o realismo humano que tanto necessitamos, o Dilema das Alianças que apresenta é o de voltar a procurar a confiança de um semelhante e a força que nos apoia. Aqui, o Rui recorda o aforismo moçambicano: Sozinho vou rápido, juntos vamos longe.
O Rui nasceu em Moçambique, tendo ido muito novo, em 1974, para Viana do Castelo, onde viveu a força da sua juventude. Por isso, considera que, sempre que lança um livro (julgo que vai no sexto), tem a oportunidade de se apresentar aos amigos e aos seus pais, para uma festa à minhota. E isso eu tive oportunidade de comprovar.
O Rui, e o seu amigo Victor Coutinho (um dos maiores colecionadores do País de memorabilia dos Beatles²) tomaram a liberdade de me convidar para um almoço que reuniu cerca de 20 Sportinguistas vianenses. O almoço foi no Café Sport, dos sucessores do falecido José Natário, fundador da Juventude de Viana e também um homem que adorava o Sporting. Nesse almoço tive a oportunidade de poder ouvir as preocupações e desejos destes Sportinguistas e de esclarecer algumas questões relativas ao período em que estive na Direção do Sporting e, claro, alguns dos eventos que marcaram o pós-junho de 2018. E também falámos sobre o futuro. Meu e de todos. E do Sporting.
Ficam excelentes lembranças desta viagem que, no final dos quase 750 quilómetros, terminou com uma frase de um jovem moçambicano, também Rui de seu primeiro nome, Presidente do núcleo de Lisboa da Associação de Estudantes Moçambicanos em Portugal, que connosco viajou. A certa altura disse-me que tinha observado com muita atenção os discursos das pessoas, as suas reações e olhares e que se lembrara do que um avô lhe dizia a propósito dos líderes que têm de tentar agregar tantas e tão diferentes gentes. Dizia ele que era necessário ter um “coração grande”, que conseguisse ouvir todas as aspirações legítimas das pessoas. Do que ele me disse, confirmo que quem quer liderar tem de conseguir ouvir as queixas, os elogios, os desabafos e até os insultos, de alma aberta, com humildade e com capacidade de fazer, por essas pessoas, o Mundo girar mais depressa e conseguir ser respeitado e respeitador. No fim de tudo, que lhe reconheçam uma dimensão metafísica de um coração que a todos abarque. E que por todos lute.
Viana do Castelo, terra de Amor, e que como símbolo tem o “coração”, deixou-me uma marca importante, neste início de 2020. Que seja augúrio de grandes projetos e desígnios.
1 - https://www.goodreads.com/book/show/50263166-dilema-das-alian-as?ac=1&from_search=true&qid=SR7u23GNfU&rank=1
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