Pedro Figueiredo
Biografiado Autor

01 Fev 2020 | 09:23

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Pedro Figueiredo

Se desportivamente, no futebol, é este o cenário, politicamente não está melhor.

Recordando o velho êxito dos The Smiths, há uma luz que nunca esmorece. No entanto, lembrando também o filósofo Slavoj Zizek, o problema é quando essa luz se revela como o comboio que vem na nossa direcção. Há um certo padrão na forma como os últimos presidentes do Sporting saíram dos seus cargos, demissionários pela pressão dos Sócios ou destituídos pelos mesmos, numa clara reprovação pelos resultados desportivos e/ou financeiros alcançados, ou por comportamentos que pouco ou nada dignificavam o lugar que ocupavam. Ainda esta semana passei os olhos numa ideia que acabou por resumir o que falhou com Bruno de Carvalho: “Seja selectivo nas suas batalhas. Por vezes, a paz é melhor do que ter razão”. A leitura mais comum pode, de alguma maneira, encaixar na expressão atribuída a Júlio César a propósito dos lusitanos, de serem um povo que não se governa nem se deixa governar. Porém, há também que ser ponderada a hipótese da exigência. Até porque, à quantidade de erros de gestão que têm sido cometidos ao longo dos anos em Alvalade, a única coisa que se exigiria era que não se cometessem os mesmos erros. O primeiro de todos, e comum até na política, são as mentiras. Promessas que, muito pior do que não serem cumpridas, revelam-se, afinal, o contrário do que realmente vem a acontecer. A minha avó dizia sempre que quem diz a verdade não merece castigo. Talvez tenhamos chegado ao momento em que o Presidente do Sporting Clube de Portugal, consciente do que o rodeia, fosse capaz de ser realista e de dizer aos Sócios e adeptos que no actual panorama e ambiente do futebol português, não estamos capaz de lutar pelo título. Há muitos anos que não depende, apenas, de um bom orçamento e de uma equipa construída com cabeça, tronco e membros. Não como aconteceu neste início de temporada, em que atacámos o arranque da época com um só ponta-de-lança. Isto somado a outros tais erros de gestão, como por exemplo a contratação de Tiago Ilori – que depois do que disse, nunca percebi por que voltou e cujas exibições falam por si –, emprestando Domingos Duarte ao Granada, impondo-se como uma das revelações da competitiva La Liga. Seria até, no actual cenário, uma medida cautelar para o Conselho Directivo (CD) em funções, uma vez que o plantel que herdaram, até hoje (num espaço de um ano e cinco meses), desvalorizou cerca de 60 milhões de euros, de acordo com notícias veiculadas ontem. Ciclicamente, parecem surgir oportunidades (quase todas perdidas, com excepção da geração trabalhada por Paulo Bento) em Alvalade para, realmente, se apostar nos jogadores formados na nossa Academia, que atravessam a infância e a adolescência a trabalhar para a estreia no palco dos seus sonhos. É perguntar ao Luís Maximiano se não é assim mesmo. Esta realidade tornar-se-á ainda mais evidente agora, uma vez que com a saída de Bruno Fernandes da equipa, abre-se um gigantesco buraco no 11 leonino cuja substituição não está, para ser simpático, propriamente ali ao virar da esquina. E se com Bruno Fernandes chegámos ao fim da primeira volta a 19 pontos da liderança do campeonato – a 16 da linha de água –, será preciso um super-Sporting para enfrentar o que aí virá, com deslocações às casas dos principais adversários. Se desportivamente, no futebol, é este o cenário, politicamente não está melhor. A Mesa da Assembleia Geral, apesar de confirmar a validade das assinaturas recolhidas pelo movimento ‘Dar Rumo ao Sporting’, decidiu adiar a decisão de nova AG de destituição com pedido de mais esclarecimentos aos proponentes. No entanto, a pior casa de que há registo, para a Liga Portuguesa, frente ao Marítimo, não deve ser interpretado como simples consequência de um jogo com mau tempo, numa segunda-feira à noite. Circunstâncias que o atual CD também disse que ia tentar mudar, mas pelos vistos não conseguiu. Fica, então, a pergunta ao máximo representante dos Sócios do Sporting: “E agora, dr. Rogério Alves?”.


O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.


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Grandes, mas inevitáveis novidades…

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