André de Serpa Soares
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14 Mai 2021 | 09:25

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André de Serpa Soares

O SPORTING É TANTO A MINHA VIDA

A união faz a força. A vitória traz a união. É um círculo virtuoso.

Começo a escrever este texto exactamente às 19:32 de 5ª feira, dia 13 de Maio de 2021.


Segundo as fichas de jogo de alguns meios online, o apito final do Sporting – Boavista foi dado às 22:22 de terça-feira, dia 11 de Maio de 2021.

Isto significa que já passaram 45 horas e 10 minutos desde que o Sporting é campeão nacional, e à hora a que me sento para escrever para o Leonino sobre esta desejada, memorável e histórica conquista, ainda não consegui assimilar e perceber todas as emoções que já experimentei desde esse apito final, a alegria incontida, a felicidade que transborda de todos nós.


A vitória do Sporting é algo de muito, muito especial, e devia ser acarinhada por todos aqueles que gostam da vitória do mérito, do desportivismo, da verdade e da ética.

Darei o braço a torcer no momento adequado, tirarei o meu chapéu a quem tenho de tirar, mas posso já dizer que, como tantos outros, no início da época acreditava pouco que isto fosse possível. Só acreditava, na verdade, porque acredito sempre, a cada novo ano, que é possível.


Mas este ano foi mais possível que em todos os outros.

Porque tivemos um treinador de uma enorme inteligência.

E isso nota-se, em primeiro lugar, na comunicação. A inteligência de Ruben Amorim nota-se em tudo o que diz, nas conferências de imprensa, nas flash, nas antevisões…

É também humilde. Sabe que só com muito trabalho, entrega, dedicação e superação se atingem os maiores objectivos.

Desportivamente, conseguiu, com um misto de muita veterania (Adán, Neto, João Pereira ou Antunes), alguns poucos jogadores transitados de plantéis anteriores (Coates, Jovane, Palhinha e Plata), contratações cirúrgicas acertadas – Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Tabata, Paulinho, Porro, João Mário, Feddal ou Matheus Reis – e ainda com um enorme conjunto de putos vindos da formação (Nuno Mendes, Tiago Tomás, Matheus Nunes, Essugo, Gonçalo Inácio, Daniel Bragança, Eduardo Quaresma e Luís Maximiano), construir uma equipa campeã, sem derrotas ao fim de 32 jornadas. Um feito histórico.

Já que falo no plantel, devemos referir ainda alguns outros jogadores que somaram minutos de jogo na Liga Portugal e que também são campeões pelo Sporting (Wendel, Sporar, Borja e Vietto). E, nas duas jornadas que faltam, será que Ruben Amorim ainda vai lançar mais algum jogador no campeonato nacional?

A força deste Sporting, desta equipa, foi mesmo o colectivo. Nesta equipa, não houve craques, nem brincas-na-areia. Não houve espaço para alguns se julgarem melhores e superiores a outros. Percebemos todos que estava ali um grupo coeso, de enorme camaradagem, com todos a lutarem até ao fim pelos objetivos, os que jogaram mais e os que jogaram menos. Esta é a vitória do conjunto.

A união faz a força. A vitória traz a união. É um círculo virtuoso.

Já passaram mais de 45 horas desde que somos campeões. A nossa festa foi linda. A maioria de nós esteve na rua de forma ordeira e pacata, apenas felizes, tão felizes. Éramos muitas centenas de milhares em Lisboa, milhões por todo o Portugal e resto do mundo. Andam agora a tentar dizer que a festa isto, a festa aquilo. A festa foi emocionante, brilhante, espantosa. De um fervor enorme. Tanta gente nova. Tanta gente nova a amar o Sporting. Tão bonito. Tanta esperança.

A festa também teve desacatos, desordem, excesso de presença e de demonstração de força policial, engaiolamento inexplicável atrás de grades dos sportinguistas no Marquês, atraso completamente errado da saída do autocarro de Alvalade por determinação das autoridades…

Teve isso tudo, sim. Mas o mais evidente, o cenário que mais se viu, aquilo que de facto aconteceu, foi uma monumental e feliz manifestação da grandeza do Sporting, tão grande como os maiores do mundo.

Já passaram mais de 45 horas desde que somos campeões,neste momento em que estou a acabar de escrever este textoque vocês só vão ler no Leonino “amanhã”. Já passou este tempo todo, e ainda não consegui absorver todas as emoções lindas que estamos a viver.

Chorei. Ri. Chorei e ri ao mesmo tempo.

Amo-te, Sporting. Adoro-vos sportinguistas, gostei tanto de estar no meio de todos vocês, de nos ver a todos tão felizes. É isto que consigo dizer neste momento. É pouco, ainda. É quase nada, em comparação com o que sinto.

O Sporting é tanto a minha vida.

PS: se me permitem os outros sportinguistas, eu gostava de dedicar este título ao meu pai, Luís Alberto Synarle de Serpa Soares. Ele fez-me sócio do Sporting quando eu era puto. Ele pagou-me as quotas. Ele sempre providenciou para que eu pudesse assistir a jogos quando era criança, não só em Alvalade, mas por esse País fora, de Norte a Sul. Através do meu pai, dedico também este título de campeão a todos os que, como ele, infelizmente, já não estão cá para festejar connosco esta imensa alegria. O pai, onde estiver, está muito feliz. Estão todos, os nossos leões mais queridos que partiram para reinar noutras selvas. Ao meu Rei Leão, o meu pai, obrigado por me ter ensinado a amar o Sporting. Um trabalho bem feito, acho que aprendi muito bem. É um amor que partilhamos na vida. E depois dela.

Para si, com todo o amor e por causa dele: o nosso Sporting é campeão.

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