Rita Garcia Pereira
Biografiado Autor

24 Fev 2020 | 08:43

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Rita Garcia Pereira

Depois de ontem e no caso do Sporting, está demonstrado que Plata da casa pode ser transformada em ouro. Às vezes, basta acreditar no nosso potencial.

(O Sporting venceu, em casa, numa tarde feliz, não apenas pelo jogo mas, principalmente, pelo ambiente vivido no estádio. A única nota negativa que me permito deixar é a da manifesta incapacidade de Severo cumprir, pelo menos, parte das suas funções. Já o quarto árbitro falava durante minutos com o director para o futebol e um jogador, ambos do Boavista, sabe-se lá do quê em pleno jogo, quando finalmente Beto decidiu sair do seu posto e fazer o que lhe compete. A atitude deste foi inversamente proporcional à diligência demonstrada pela equipa do Boavista, sempre disposta a comunicar com os árbitros, como, aliás, sucedeu na saída para intervalo. Não obstante, o resultado foi, na minha opinião, melhor do que a exibição, principalmente na segunda parte mas não pode deixar de se realçar que as claques cumpriram o que prometeram. Honra lhes seja feita. Em vez de cânticos contra a direcção que, independentemente da razão que possa assistir, não devem ocorrer no meio de jogos, os GOA optaram – e bem – por apoiar a equipa. Embora em número mais reduzido do que o habitual, o que é certo é que os que estiveram fizeram o que é suposto um adepto fazer e aquilo que falta no estádio. Dito isto, o que me parece inquestionável é que, uma vez respeitados padrões de comportamento mínimos e não se tendo um discurso de ódio que nos fragiliza perante terceiros, há lugar para todos.) Confessando-se Sportinguista, Ribeiro Cristóvão, segundo me contaram, terá dito há uns tempos, num programa, que “o Sporting tem de se livrar desses jogadores medíocres, como Plata”. E embora não pareça, o assunto do parágrafo anterior está relacionado com o que direi a propósito deste inusitado desabafo. Tenho fundadas dúvidas sobre a pertinência deste tipo de comentários, sabendo-se que o visado é jovem, ainda não teve ampla capacidade de mostrar o que vale e não se desconhecendo também o ambiente de instabilidade vivido no Clube. Os insultos directos a jogadores, tanto quanto se tem visto, não têm dado grandes resultados no Sporting, o que não significa que, em função do respectivo rendimento e eventual (in)disciplina não se tenham que tomar medidas, as quais, tanto quanto possível, se devem manter entre portas. Não é o que se tem passado e o fenómeno não se restringe às ditas claques. Na sua essência, o que distingue o nosso Clube dos demais é que somos os primeiros, voluntária ou involuntariamente, a depreciar os nossos activos. Enquanto os nossos rivais surgem unidos, cada um sob o espectro de uma direcção com autoridade e fazendo o que têm a fazer sem grandes alardes, nós andamos entretidos a derreter-nos uns aos outros, jogadores incluídos, sem lograrmos perceber que a marca é o nosso maior património, aquele que permanecerá quando as quezílias cessarem. Assim, uma das coisas essenciais a mudar são as mentalidades, designadamente um certo tipo de discurso que tudo corrói e que não visa (nem, aliás, o pretende...) acrescentar nada. A política da terra queimada pode ter servido para os russos derrotarem os franceses e alemães, mas não tem sido apta a gerar qualquer benefício para o Clube. Depois, de ontem e no caso do Sporting, está demonstrado que Plata da casa pode ser transformada em ouro. Às vezes, basta acreditar no nosso potencial, não nos hostilizarmos uns aos outros e deixar que o jogo flua, mesmo quando as decisões do árbitro nem sempre merecem a nossa concordância. Foi o que começou a acontecer ontem, quer com Plata a jogar a titular, quer com outros jogadores da nossa formação a pisarem o relvado.


A autora escreve de acordo com a antiga ortografia.


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