Diogo Agostinho
Biografiado Autor

23 Jun 2020 | 09:00

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Diogo Agostinho

Com jogadores made in Alcochete, que são a garantia de qualidade, mas sobretudo de muitos euros num futuro.

O ambiente pós-pandemia tem sido para nós, sportinguistas, de renovada esperança. O regresso do campeonato deu-nos vitórias (e um empate), mas deu-nos sobretudo um horizonte de esperança. Ainda não deslumbramos, mas é certo que começamos a ver algo. Trabalho, mais garra e sobretudo mais qualidade.


Rúben Amorim, no seu estilo tranquilo, tem feito as suas escolhas, de risco, diga-se de passagem. Mas mais, tem sabido comunicar. Sem grandes dramas. Sem pressões. Sem novelas. O que se joga cá fora, conta lá dentro. E se conta. E nós Sporting, há muitos anos que não sabemos comunicar e, sobretudo, aproveitar cada pormenor desta indústria. O futebol conta se a bola entra. É verdade. Mas para a bola entrar, é preciso muito trabalho, muita dedicação e, sobretudo, muito rigor.

A renovação de Nuno Mendes foi uma excelente notícia. É assim que se trabalha. Lançando jovens, afinal parece que sempre havia qualidade na Academia, mas sobretudo sabendo segurá-los. Sem a pressão ou chantagem. É preciso que cada jogador queira estar no Sporting. E por isso, as declarações desta semana de Bruno Fernandes foram muito importantes para o nosso clube. Dizia o nosso Bruno que muitos jogadores querem vir para o Sporting. E é verdade. Um clube como o Sporting, com a sua dimensão, tem que ser sempre atrativo para um jogador, independentemente da sua nacionalidade.


É nesta renovação que estará o nosso sucesso no futuro. Com jogadores made in Alcochete, que são a garantia de qualidade, mas sobretudo de muitos euros num futuro. Agora, importa conseguir a retenção do talento. Importa saber quando podemos vender estes jovens que agora renovam com o Sporting. Não podemos vendê-los sem retirar o devido aproveitamento desportivo. É que quanto mais jogarem, mais atenção vão despertar lá fora e assim mais capacidade para negociar teremos.

Estes indicadores têm sido positivos. É preciso, no entanto, dotar a equipa desta estabilidade, renovar com os mais jovens, não ter medo de lançar quem quer que seja e organizar esta enorme casa. Estes primeiros sinais dão-nos esperança.


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