As notícias são o que são. Agora, nesta fase em que Rúben Amorim vai contabilizando bons resultados com o Braga, com uma serenidade brutal, muito ao estilo de Bruno Lage no ano passado, surgem as notícias de que o Sporting tem interesse em contratá-lo.

Já vi este filme. Recorda-me André Villas Boas, quando estava na Académica de Coimbra. Foram semanas e semanas de avanços e recuos. Acabou no Porto. E fez uma temporada sensacional.

Vem isto a propósito do nosso futuro. A instabilidade começa em casa. Silas fica ou sai? Silas é uma aposta a sério ou tem prazo de validade?

Continuo a achar que quer Silas, quer Rúben Amorim são bons treinadores. E, se calhar, irão longe. Continuo a achar que o Sporting não pode contratar um Treinador que não tem os mínimos exigidos para treinar e representar a equipa. Já sei que o Paulo Bento também foi o mesmo. Certo. Também o Rúben Amorim tem os mesmos condicionalismos. Correcto. Mas quer Paulo Bento, quer Rúben Amorim foram soluções de recurso para aguentar o barco e ver o que dava. Paulo Bento deu quatro anos, Rúben Amorim deu vitórias atrás de vitórias, incluindo os três grandes e uma Taça da Liga.

Não consegui compreender como se foi buscar um treinador que não o pode ser em pleno. Não consigo compreender. Claro que quero o sucesso de Silas. Claro que torço e muito para que nos dê alegrias, mas custa entender.

Dito isto, penso que será importante uma definição do nosso Sporting. Bem sei que a bola entra e tudo funciona, mas se falha tudo fica posto em causa. Mas também sei que convém preparar a época que vem. Esta está perdida. E uma próxima época é para ser preparada com o treinador principal. Dava jeito.