Alisson Santos no Sporting? Há quem diga que "vai fazer grandes coisas"

Alisson Santos vai, ao que tudo indica, ser reforço do Sporting para a próxima época, tornando-se no primeiro reforço da turma liderada por Rui Borges para 2025/26. A chegada do extremo brasileiro de 22 anos aos verdes e brancos teve, de forma indireta, a contribuição de Cristiano Ronaldo.

Confuso? É que, segundo avança o jornal Record, Alisson Santos tem em Cristiano Ronaldo um dos seus grandes ídolos, juntamente com Neymar. Quando confrontado com a possibilidade de rumar ao Sporting, emblema onde o capitão da Seleção Nacional deu os primeiros passos, o atleta de 22 anos nem pensou duas vezes.

De acordo com as últimas informações, Alisson Santos deverá custar aos cofres do Sporting qualquer coisa como 1,5 milhões de euros, sendo o Vitória, da Bahia, ficará com 10% de uma futura mais-valia. O União de Leiria, emblema onde o brasileiro esteve emprestado na presente temporada, também deverá ser recompensado por esta movimentação.

Alisson Santos, de resto, já se encontra a trabalhar na Academia Cristiano Ronaldo. O extremo de 22 anos terá recusado abordagens de vários emblemas, mostrando-se focado em rumar ao Sporting. O brasileiro terá tido declinado abordagens do Braga, Vitória de Guimarães e Famalicão, entre outros emblemas.

Esta temporada, com a camisola da União de Leiria, Alisson Santos - avaliado em 250 mil euros - soma 18 encontros. No total, o brasileiro foi utilizado ao longo de 1.089 minutos, nos quais fez o gosto ao pé por seis ocasiões, não registando qualquer assistência na conta pessoal.

Luís Freitas Lobo acredita que João Félix e Rafael Leão ainda não convocados para a seleção nacional pelo estatuto e não pelo desempenho demonstrado em campo. O especialista faz uma comparação direta com Geovany Quenda, ala do Sporting - já oficializado no Chelsea -, que considera ser o antónimo dos jogadores do Milan.

"Muitas equipas, em nome das chamadas táticas especulativas, escondem as suas qualidades com uma eficácia diabólica. Ficam fechadas muito tempo, fazendo pensar que estão adormecidas a disfarçar carências, e, de repente, saltam e pregam um susto de morte à equipa adversária. Em geral, esse susto surge em velocidade de contra-ataque. É o que sinto vendo Rafael Leão. Pisa a relva com a insolência da indiferença, mas acha que continua a ter escondida a sua carta de talento mais alta que com tão pouco pode fazer tanto", disse ao jornal O Jogo.

"Leão e Félix são convocados por estatuto e não pelo que jogam"

Freitas Lobo diz que o extremo "quando arranca e começa a jogada promete muito. Empolga", mas "quando trava e acaba a jogada, o momento da definição, são vezes demais que a erra (e até a decisão) e entre o passe ou remate (e respetivo timing) perde-se a promessa inicial", atira. "Um 'bluff' explosivo. Uma expressão que faz Leão parecer um jogador de póquer sem expressão nem a carta certa quando lançada".

"Antes de valorizar a cabeça dos treinadores, gosto de valorizar os pés dos jogadores, por isso fico tão desconcertado com os casos em que o jogo parece tornar-se pesado para o... jogador, até este ficar com aquele ar enfadado. Falei no Rafael Leão mas também podia ser o João Félix... Quando os temos na Seleção, cada vez mais vemos convocados estatutos e não verdadeiramente jogadores. Têm a proteção afetiva dos treinadores e não a aproveitam. Uma perturbadora interferência quando se trata de construir uma carreira", admitiu.

"Quenda converteu-se em ídolo"

Em sentido contrário, Luís Freitas Lobo aponta o aparecimento "de um menino (ainda é um menino), que converteu-se em ídolo com explosões voadoras e fintas mais arranques para mostrar o que é a vontade de jogar futebol a cada momento. É Quenda", afirmou, mostrando-se rendido ao prodígio do Sporting e criticando Roberto Martínez: "Sentado no banco ou a aquecer na berma do relvado nos jogos da Seleção, percebe-se a diferença. São jogadores que provam como o futebol é uma relação de lealdade (e no inverso, de infidelidade) que fazem deles um fenómeno sentimental. Para os dois lados".

Hugo do Carmo não acredita que o Sporting será campeão nacional. O especialista dá vantagem ao Benfica, pela diferença no plantel, problemas na estrutura leonina e porque falta jogar um dérbi, que, ao ser disputado na Luz, deixa os verde e brancos em maus lençóis.

"Diria que se tudo correr dentro da lógica, Sporting e Benfica, que considero os dois únicos candidatos ao título — Porto e Braga discutirão entre eles o último lugar no pódio —, entrarão para as últimas sete jornadas lado a lado. Favorito? Não arrisco", disse, ao jornal A Bola.

"Problema do Sporting é estrutural"

Para o jornalista, "o Benfica conta com a vantagem de ter um melhor plantel. Mais extenso e com mais opções de qualidade para as várias posições", enquanto "o Sporting continua a debater-se com muitas contrariedades, nomeadamente físicas", explica, apontando uma diferença entre as equipas.

No entanto, garante que o  principal "problema do plantel dos leões é estrutural, uma vez que foi construído por e para Ruben Amorim, com excesso de opções para umas posições e défice para outras". "A ideia era clara, mas apenas para o atual treinador do Manchester United... Com a saída deste para Inglaterra tudo, naturalmente, se complicou e Rui Borges, inteligentemente, tem tentado minimizar os estragos", atirou.

"Não percebo a contratação de Biel"

"A reabertura do mercado não foi aproveitada para equilibrar o plantel, acredito que por razões, sobretudo, financeiras. As contratações resumiram-se a Rui Silva, uma garantia de segurança para a baliza, e Biel, cuja contratação continuo sem perceber", afirmou, admitindo ainda que o dérbi - que já tem hora e data oficiais - será o 'jogo do título' e que os encarnados têm vantagem por jogarem em casa.