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Campo do Passadiço: Uma sede e um marco histórico das modalidades do Sporting

Até campeonatos foram celebrados no local emblemático do leão. Em 1947, a vida verde e branca começava lá e muitos continuam a recordar o espaço com carinho

O Campo do Passadiço representa uma memória de grande relevância para o Sporting e para o papel que o clube desempenha nas modalidades
O Campo do Passadiço representa uma memória de grande relevância para o Sporting e para o papel que o clube desempenha nas modalidades

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O Campo do Passadiço, situado na Rua do Passadiço Nº 86, é um capítulo marcante na história do Sporting Clube de Portugal. Este espaço esteve inicialmente ligado à nova sede do clube, cujo contrato de arrendamento foi assinado a 20 de janeiro de 1947. A visão do Sporting era ambiciosa: um ginásio, uma piscina de 25 metros e um campo dedicado a modalidades coletivas como basquetebol, voleibol e ténis.


A sede foi inaugurada oficialmente a 9 de junho de 1947, mas o campo desportivo só ficaria concluído meses depois, com a sua inauguração a 8 de novembro de 1947. Com uma bancada de mil lugares e espaço para mais de quatrocentos espectadores, o campo de terra batida rapidamente se tornou o palco do basquetebol e voleibol leonino, ainda que a ideia inicial de o adaptar ao hóquei em patins não se concretizasse.


Glórias Leoninas no Passadiço


O campo teve um papel fundamental na história do basquetebol do Sporting. Entre as suas conquistas destacam-se a primeira Taça de Portugal de basquetebol, obtida a 1 de agosto de 1955, num recinto completamente lotado, e o Campeonato Nacional de 1955/56, também disputado neste local. Ao longo de 18 temporadas, o basquetebol leonino usou o campo de forma regular, celebrando três Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal.

Apesar disso, a evolução das exigências desportivas ditou que as equipas seniores transitassem para recintos cobertos como o Pavilhão do Instituto Superior Técnico e o Pavilhão dos Desportos. A partir dos anos 50, o campo foi progressivamente utilizado por equipas de formação e reservas.


O Declínio e a Renovação

Após o Sporting transferir a sua sede para o Estádio José Alvalade em 1971, o Campo do Passadiço entrou em declínio, permanecendo abandonado durante anos. No entanto, foi recuperado pela Câmara Municipal de Lisboa e, em 2015, já fazia parte das infraestruturas desportivas da cidade. O campo recebeu um piso sintético, mas a bancada original foi preservada, perpetuando a memória das glórias passadas.

Um Novo Propósito

Em 2020, o espaço foi transformado na Escola JI/EB1 Luísa Ducla Soares, após profundas obras de requalificação. A inauguração ocorreu a 24 de setembro de 2020, com a presença da escritora que dá nome à escola e outras figuras públicas, incluindo o presidente da Câmara Municipal de Lisboa Fernando Medina.

Um Legado que Perdura

Hoje, o Campo do Passadiço é muito mais do que uma memória desportiva; é um exemplo de preservação histórica e de adaptação funcional, relembrando as conquistas leoninas enquanto serve as novas gerações.


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Sporting conquista décima Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato em 1990

Gémeos Castro fazem a dobradinha no Velho Continente, numa performance superlativa dos leões que valeu uma conquista ainda hoje lembrada

Sporting conquistou a 10.ª Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato em 1990, com destaque para a participação dos gémeos Castro
Sporting conquistou a 10.ª Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato em 1990, com destaque para a participação dos gémeos Castro

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O Sporting tinha uma temporada 1990 cheia de expectativas. Após conquistar o Campeonato Nacional de Corta-Mato pela 40.ª vez nesse mesmo ano, os atletas leoninos estavam prontos para mais uma participação na Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato. A prova, realizada a 4 de fevereiro de 1990, teve lugar nas Açoteias, no Algarve, e reuniu 20 equipas de diferentes países, incluindo grandes clubes europeus.


Domínio total de Sporting desde o início


Comandada pelo histórico treinador Moniz Pereira, a equipa do Sporting demonstrou, mais uma vez, a sua supremacia na modalidade. Desde o início da corrida, os atletas do clube leonino estabeleceram um domínio claro, sem permitir qualquer tipo de reação dos adversários, colocando quatro atletas entre os dez primeiros classificados.


Dionísio Castro conquista único título europeu

A grande estrela da prova foi Dionísio Castro, que conquistou o seu único título de Campeão Europeu de Corta-Mato em termos individuais. Esta vitória foi recebida com uma tremenda festa, tanto pela equipa como pelos adeptos do Sporting, consolidando ainda mais o seu estatuto como um dos maiores nomes do atletismo português.


Classificação final e destaques individuais

O Sporting, com um total de 19 pontos, sagrou-se campeão europeu de corta-mato pela décima vez. A classificação final ficou assim ordenada:

1. Sporting – 19 pontos

2. CS Marignane (França) – 32 pontos

3. DYC AU Segovia (Espanha) – 49 pontos


Encontro de irmãos: Uma carreira lado a lado

Nos lugares de destaque individual, Dionísio Castro obteve o primeiro lugar, seguido pelo seu irmão gémeo Domingos Castro, que terminou em segundo lugar. A classificação completa dos atletas do Sporting foi a seguinte:

• 1.º - Dionísio Castro

• 2.º- Domingos Castro

• 3.º - Thierry Pantel (CS Marignane, França)

• 6.º - Carlos Patrício

• 10.º - Eduardo Henriques

• 11.º - Fernando Couto

• 23.º - Fernando Mamede

Outros feitos notáveis de Sporting em 1990

Além da vitória histórica na Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato, o Sporting obteve outros resultados notáveis em 1990, consolidando a sua excelência no atletismo europeu.

• Campeonato Nacional de Corta-Mato: Domingos Castro sagrou-se campeão nacional, enquanto Dionísio Castro ficou em segundo lugar. Apesar do domínio individual dos atletas leoninos, a vitória por equipas foi conquistada pelo Benfica, que colocou seis atletas entre os nove primeiros.

• Campeonato Mundial de Corta-Mato: No Campeonato Mundial, realizado esse ano, Domingos Castro foi o melhor europeu, terminando em sétimo lugar, enquanto Dionísio Castro concluiu a prova em 13.º. Estes resultados foram particularmente impressionantes, considerando o domínio dos atletas africanos na competição.

Legado do Sporting no corta-mato

Com a vitória de 1990, o Sporting consolidou a sua posição como uma das maiores potências do atletismo europeu, nomeadamente na modalidade de corta-mato. A excelência da equipa ao longo da década de 1990 fez com que o clube se tornasse uma referência incontornável nesta disciplina, com atletas de nível mundial como os irmãos Castro, Carlos Patrício e Fernando Couto, a marcarem a história do atletismo português e internacional.


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Joaquim Agostinho faz história em França. Ciclista do Sporting traz etapa para Portugal

Foi a primeira vitória de sempre de um português no Tour. Clube de Alvalade deu autorização para que o atleta pudesse participar

Vitória de Joaquim Agostinho na quinta etapa de 1969 foi a primeira de um ciclista português numa etapa do Tour de França
Vitória de Joaquim Agostinho na quinta etapa de 1969 foi a primeira de um ciclista português numa etapa do Tour de França

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Joaquim Agostinho iniciou a sua carreira no ciclismo de forma surpreendente, rapidamente conquistando o seu lugar entre os melhores. Após um ano de estreia impressionante, foi convidado, em 1969, para fazer um estágio na equipa francesa Frimatic, comandada por Jean de Gribaldy. O treinador reconheceu de imediato o talento de Agostinho e foi com a autorização do Sporting que o ciclista português participou em várias competições internacionais, incluindo o Tour de França.


A estreia no Tour de França


Quando Joaquim Agostinho se apresentou no Tour de França de 1969, era um completo desconhecido para a maioria dos espectadores e adversários. Contudo, desde o início, demonstrou uma atitude destemida, atacando em todas as etapas. A sua força física e determinação surpreenderam tudo e todos, apesar de vários contratempos, incluindo uma queda que o deixou ferido.


O feito histórico: 3 de julho de 1969

O dia 3 de julho de 1969 é agora lembrado como o momento histórico que marcou a primeira vitória de um ciclista português numa etapa do Tour de França. Na quinta etapa, que ligava Nancy a Mulhouse, Joaquim Agostinho atacou desde cedo, formando uma fuga com o francês Charly Grosskost. A cerca de 60 km da meta, Agostinho conseguiu isolar-se após o furo do seu companheiro de fuga. Durante a ascensão da montanha Firstplan, Agostinho manteve uma vantagem de 2m55s sobre o favorito Eddy Merckx e 3m10s sobre o pelotão principal.


Perseguição feroz e vitória isolado

Após a subida, uma descida íngreme e uma reta longa até à meta esperavam os ciclistas. Embora fosse perseguido por grandes nomes do ciclismo mundial, como Eddy Merckx, Ocaña, Gimondi e Poulidor, Agostinho conseguiu manter a sua vantagem. A perseguição das estrelas do pelotão foi intensa, mas o ciclista português resistiu e cruzou a linha de chegada em Mulhouse com 18 segundos de vantagem, garantindo uma vitória histórica.

Impacto da vitória de Agostinho no ciclismo nacional

Esta vitória representou um marco não apenas para Joaquim Agostinho, mas para o ciclismo português. Foi o primeiro triunfo de um português numa etapa do Tour de França, um feito que trouxe grande visibilidade ao ciclismo nacional e que colocou Agostinho como uma das maiores figuras da modalidade, tanto em Portugal como no mundo.

Relação com a equipa Frimatic

Agostinho fez parte da equipa Frimatic durante aquele Tour, uma relação que se revelou fundamental para o seu desenvolvimento. Jean de Gribaldy, treinador da equipa, sempre acreditou no potencial do ciclista português. Embora Agostinho nem sempre seguisse os conselhos do seu mentor, a sua enorme força natural e talento eram inegáveis. Gribaldy chegou a afirmar que, se Agostinho tivesse seguido mais dos seus conselhos, poderia ter conquistado o Tour de França, uma afirmação que reflete o enorme respeito que o treinador tinha pelo ciclista.

Carreira de Agostinho no Tour de França

A sua vitória em 1969 não foi apenas um feito isolado na carreira de Joaquim Agostinho. Durante a mesma edição, ele conseguiu ainda conquistar mais uma etapa e terminar a competição no oitavo lugar da classificação geral, garantindo uma posição entre os melhores ciclistas do mundo. A sua performance no Tour consolidou a sua reputação internacional e abriu portas para uma carreira de sucesso.

Um símbolo no Sporting Clube de Portugal

Além do seu sucesso no ciclismo, Agostinho tornou-se um ícone do Sporting Clube de Portugal, onde passou grande parte da sua carreira. O seu nome ficou gravado na história do clube e do ciclismo português, sendo admirado tanto pelos seus feitos nas estradas, como pela sua ligação ao clube verde e branco, uma relação que perdurou até à sua trágica morte em 1984, enquanto competia na Volta ao Algarve.

Legado eterno no ciclismo português

A vitória de Joaquim Agostinho no Tour de França de 1969 permanece como um dos maiores feitos do ciclismo português. A sua coragem, determinação e talento fizeram dele um dos ciclistas mais respeitados de todos os tempos, e o seu legado continua a inspirar gerações de atletas e aficionados pelo desporto. Com a sua vitória, Agostinho não fez apenas história, mas também colocou Portugal no mapa do ciclismo mundial, deixando uma marca indelével na história da modalidade.

Estreia de Joaquim Agostinho no Tour:

Primeira vitória de um português no Tour: A vitória de Agostinho na quinta etapa de 1969 foi a primeira de um ciclista português numa etapa do Tour de França;

A relação com Jean de Gribaldy: Jean de Gribaldy, treinador da equipa Frimatic, foi fundamental na carreira de Agostinho, tendo reconhecido o seu talento precoce e ajudado a moldar a sua trajetória internacional.

Mais uma vitória no Tour de 1969: Além da vitória histórica na quinta etapa, Agostinho venceu ainda uma outra etapa, consolidando a sua posição no pelotão internacional.

Terminou no oitavo lugar: Na edição de 1969 do Tour, Agostinho terminou no oitavo lugar da classificação geral, um feito impressionante para um ciclista novato na competição.


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Feito inesquecível: Sporting arrecadou a Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato em 1981

Sporting conquistou a sua terceira Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato em 1981, com Fernando Mamede a brilhar e a vencer individualmente

Há 44 anos em Itália, o Sporting sagrou-se campeão europeu de corta-mato com Fernando Mamede em destaque
Há 44 anos em Itália, o Sporting sagrou-se campeão europeu de corta-mato com Fernando Mamede em destaque

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A 1 de fevereiro de 1981, o Sporting Clube de Portugal voltou a fazer história no atletismo ao conquistar a sua terceira Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato. A prova decorreu em Varese, Itália, e contou com a participação de 18 equipas.


Sob o comando de Moniz Pereira, a equipa leonina mostrou a sua força desde o início. Fernando Mamede destacou-se ao correr isolado na frente durante quase todo o percurso, alcançando uma vitória brilhante e o seu primeiro título individual na competição.


Carlos Lopes, apesar de não estar nas melhores condições físicas, demonstrou enorme resiliência. Embora tenha considerado desistir na penúltima volta, conseguiu recuperar posições e terminou em quarto lugar. Bernardo Manuel, que seguia em 12º, não conseguiu completar a prova.


No final, o Sporting somou 20 pontos, superando o Tipton Harriers (33 pontos) e o Pró Pátria Milan (35 pontos), garantindo assim mais um título europeu. A conquista reforçou o estatuto do clube como uma potência no Corta-Mato europeu.

A vitória coletiva e a exibição de Fernando Mamede consolidaram o domínio leonino na modalidade. O Sporting continuava a afirmar-se como um dos grandes nomes do atletismo, mantendo viva a tradição de excelência no Corta-Mato.


Mais recentemente, em 2018, o clube leonino fez história ao conquistar a Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta-Mato em dose dupla


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