Desejo de Rui Borges para o Sporting fala do interesse do… Benfica

A contratação de Luís Guilherme é a prioridade máxima, mas o Sporting não quer ficar por aqui. Frederico Varandas pretende garantir mais um reforço de inverno para as alas. O objetivo passa por dar mais armas a Rui Borges, aumentando a competitividade interna num setor crucial para atacar todas as frentes competitivas.

Dois extremos a pensar na saída de Quenda

Segundo o jornal A Bola, o perfil do segundo elemento está definido. O Sporting procura um extremo destro que atue preferencialmente na esquerda. Esta característica visa oferecer variações táticas diferentes e preparar o futuro. Yeremay seria o sonho, mas o preço elevado obriga a estrutura a procurar outras alternativas viáveis financeiramente.

Esta movimentação de mercado tem um propósito claro a longo prazo: preparar a saída de Geovany Quenda. O jovem prodígio tem vindo a ser associado ao Chelsea e tudo indica que rumará a Londres no verão. A chegada de Luís Guilherme e de outro extremo visa precaver essa baixa de peso atempadamente.

Polivalência nas alas

Recorde-se que, nos últimos dias do mercado de transferências de verão, o Sporting esteve perto de assegurar a contratação de Jota Silva. Porém, o extremo, que já foi orientado por Rui Borges, acabou por rumar ao Besiktas. Os leões estavam na disposição de pagar uma verba entre os 15 e os 20 milhões de euros.

Nesta época, os verdes e brancos já utilizaram vários atletas no apoio ao avançado. Além de Geny Catamo, Francisco Trincão Trincão, Chris Grombahi e Salvador Blopa, também Fotis Ioannidis, Luis Suárez, Alisson Santos, Flávio Gonçalves, Geovany Quenda e Pedro Gonçalves somaram minutos. Estas opções mostram a polivalência do plantel do Sporting, que agora procura novas soluções.

No dia 26 de dezembro de 2024, Rui Borges – que deve renovar contrato em breve com o Sporting – foi anunciado como técnico dos leões. O jornal A Bola elegeu, num artigo publicado nesta sexta-feira, cinco das frases mais marcantes da liderança do treinador no Clube de Alvalade.

• “Quando faltar a inspiração, que não falte a atitude” - Esta frase marcou o início da era de Rui Borges em Alvalade. A declaração foi utilizada no discurso de apresentação e serviu, inclusive, para decorar as paredes do balneário leonino como lema diário. A máxima define a exigência de compromisso total imposta ao plantel desde o primeiro dia de trabalho.
• “O Ruben marcou uma era no Sporting, não fugimos a isso. Sou um fã do Ruben, mas não vai voltar”- A sucessão foi um tema inevitável e o timoneiro abordou-o com frontalidade num documentário do Clube. Ao assumir a admiração pelo antecessor, mas virando a página definitivamente, o treinador mostrou personalidade forte perante o grupo nas primeiras vezes que se dirigiu aos jogadores, encerrando assim fantasmas do passado.
• “Se não ganhámos é porque há algo melhor guardado para nós” - Nos momentos de derrota, a liderança manteve-se firme e esperançosa. Após o desaire com o Benfica na final da Taça da Liga, decidido nas grandes penalidades depois do empate no tempo regulamentar, esta foi a mensagem transmitida.
• “Os campeões não lamentam, não questionam, porque estão ocupados a ser melhores. É esse o slogan que quero para esta época” - Depois de uma vitória caseira frente ao Casa Pia, o técnico estabeleceu um novo padrão de mentalidade vencedora.
• “Sou o homem certo na missão. Quero ficar na história do Sporting. Sinto-me realizado e feliz” - Na sequência do anúncio de recandidatura de Frederico Varandas, a confiança no projeto foi reforçada publicamente. Sem falsas modéstias, o técnico assumiu a ambição de deixar um legado duradouro no emblema verde e branco.

Luis Suárez revelou que pediu a Morten Hjulmand para bater as grandes penalidades do Sporting. Em entrevista ao jornal Record – e depois de ter falado do peso de substituir Viktor Gyokeres –, o internacional colombiano explicou que o capitão dos leões não teve qualquer problema em passar-lhe essa responsabilidade.

“Um avançado precisa de estar confiante”

“Nesse primeiro penálti [frente ao Arouca], pedi-lhe pois um avançado precisa de estar confiante. Sentia que tinha jogado bem frente ao Casa Pia pois criei muitas oportunidades, e então falámos e disse-lhe que ia ficar mais tranquilo e confiante diante da baliza. Foi por isso que lhe pedi para chutar e ele disse-me ‘sim, sem problema’. Desde aí viram a qualidade que tenho a marcar penáltis e isso deu-me ainda mais confiança”, explicou Luis Suárez.

Sobre a pressão de marcar o castigo máximo diante do Santa Clara, o avançado foi claro: “É um momento de concentração máxima. Quando assinalam o penálti começo logo a rezar, encosto a bola ao peito, à cara e agradeço a Deus a oportunidade. Se marcar golo dou graças a Deus e, se falhar, agradeço também pois Deus ajudou-nos a ter essa hipótese e ainda teremos a oportunidade de empatar ou ganhar a partida”.

Os dados estatísticos apontam que Luis Suárez deveria ter mais nove golos, sendo que o colombiano brincou com esse dado: “Creio que os especialistas não estão em campo onde é preciso tomar decisões pois há os guarda-redes, os defesas. É preciso estar no relvado ou ter sido jogador para entender isso pois as ocasiões podem ser concretizadas ou não. Há jogos em que preciso de três oportunidades para fazer um golo, e outros em que com dois remates faço outros tantos”.

Esta temporada, com a camisola do Sporting, Luis Suárez – avaliado em 22 milhões de euros – leva 25 encontros: 15 na Liga Portugal Betclic, seis na Liga dos Campeões, três na Taça de Portugal e outro na Supertaça Cândido de Oliveira. Nos 1.839 minutos, o ponta-de-lança marcou 15 golos e fez duas assistências.