Elemento da equipa técnica de Rui Borges em sarilhos no jogo do Sporting: "Nem a roubar"

Rui Borges continua a promover estreias no Sporting. Desta feita, lançou o jovem Kauã Oliveira, pela primeira vez na equipa principal dos leões, na partida frente ao Gil Vicente, em Barcelos, a contar para os quartos de final da Taça de Portugal. No final da partida, o treinador português abordou a estreia do médio brasileiro.

O jovem médio dos leões já tinha sido destaque, quando foi a grande surpresa na lista de convocados apresentada por Rui Borges para o Gil Vicente - Sporting, numa altura em que os leões sofrem com muitas ausências no meio campo. Mas a noite ia tornar-se ainda mais especial para Kauã Oliveira à passagem do minuto 82.

Foi nessa altura, na procura de refrescar a zona intermédia do terreno, que Rui Borges mexeu na partida e decidiu estrear o jovem médio das camadas jovens dos leões. Estreia absoluta pela equipa principal do Sporting para Kauã Oliveira, que ainda foi a tempo de jogar mais de 10 minutos, devido ao tempo de compensação adicionado pelo árbitro da partida.

O jovem verde e branco, que alinha pela equipa B do Sporting, também voltou de lesão durante a temporada, sendo que alinhou em apenas oito jogos do conjunto secundário dos leões. Curiosamente, entrou para o lugar de outro jovem que encontrou o seu espaço no plantel principal devido aos condicionamentos físicos que se sentem em Alvalade: Alexandre Brito.

No final da partida, em conferência de imprensa, Rui Borges comentou a estreia: "É o momento porque treina connosco todos os dias. Nem tem tido muitos minutos na equipa B, vem de lesão grave. Mas tem-me agradado a capacidade de ter bola, tem inteligência. É uma questão de feeling. Às vezes vamos pressentindo. De qualquer das formas, feliz pela estreia. Vem à procura do sonho. Se calhar há seis meses estava na favela. Nem sei se é da favela ou não. Imagino a felicidade do miúdo. Acima de tudo é mérito dele", explicou o técnico português.

Matheus Reis foi um dos defesas centrais titulares, pelo Sporting, na vitória tangencial dos leões sobre o Gil Vicente, em encontro a contar para os quartos de final da Taça de Portugal. O jogador brasileiro não ficou satisfeito com a prestação da equipa, principalmente na primeira parte, e fez questão de o dizer, em declarações à RTP, no final da partida.

Acerca do Gil Vicente - Sporting, disse o seguinte: "Merecemos a passagem, a primeira parte que não condiz com a equipa. Faltou espírito de correr, mas a segunda parte foi completamente diferente, aumentámos a intensidade e a agressividade. Conseguimos um golo importante e continuamos a jogar bem. Merecemos o golo", começou por dizer.

Falou, depois, da diferença da primeira, para a segunda parte: "A maior diferença da primeira para a segunda parte foi a atitude. Faltou a intensidade que mostramos sempre e no segundo tempo conseguimos melhorar", explicou Matheus Reis, que alinhou a defesa central.

Terminou, com uma menção às lesões no conjunto de Alvalade: "Pelo contrário. Nos outros jogos estávamos bem na primeira parte e mal na segunda e hoje foi ao contrário. Temos lesões e coisas que não conseguimos entender, mas temos jogadores e os jovens que estão para ajudar e que são importantes. Estão a ajudar. Hoje fomos felizes".

Depois de regressar às vitórias, cinco jogos depois, no jogo com o Gil Vicente, e de garantir a presença nas meias finais da Taça de Portugal, os leões viram atenções para a Liga Portugal Betclic. Voltam a entrar em campo na próxima segunda feira, dia 3 de março, para defrontar o Estoril em Alvalade, pelas 20h15.

O Sporting entrou em campo na passada quinta feira, dia 27 de fevereiro, para defrontar a equipa do Gil Vicente, em jogo relativo aos quartos de final da Taça de Portugal. Os leões venceram a partida por 1-0, com golo de Zeno Debast. Os jogadores, e o treinador, do conjunto de Barcelos, reagiram à derrota no final da partida, e expressaram sentimentos de injustiça.

José Pedro Pinto, treinador gilista, analisou a partida: "Viram o jogo como eu, fizemos uma primeira parte extraordinária. Fomos capazes de interpretar o jogo de forma incrível. Não permitimos nada ao Sporting. Construímos quatro ocasiões para marcar. Ao intervalo perguntei-lhes o que era preciso fazer para marcar. Era meter a bola dentro", começou por explicar, sobre a primeira parte.

Comentou, depois, a etapa complementar: "Entrou o Gyökeres, eles tiveram mais bola. Tivemos de baixar linhas, defender a baliza, mas levámos um golo com um ressalto de bola. Temos uma expulsão em duas faltas que o Zé Carlos fez. A tarefa complica. Mas os meus jogadores foram heróis, acreditaram que iam marcar e marcaram mesmo o golo do empate. E decidir esta eliminatória por 3 centímetros... não merecíamos. Merecíamos pelo menos o prolongamento (...)Três centímetros é muito subjetivo, a minha equipa merecia aquele golo. Depois via-se o que acontecia", atirou José Pedro Pinto.

Josué Sá e Brian Araújo também comentaram. O primeiro disse o seguinte: "Acabou por decidir-se por três centímetros, poderia ter sido ao contrário, são momentos que temos de olhar para dentro... Mas fomos uma equipa unida, que contrariámos o Sporting. Foi um detalhe (...) Nestes jogos sabemos que devemos ser eficazes, mas não atribuo a isso a derrota. Ficam marcas positivas para o que podemos fazer até ao fim".

Brian Araújo subscreveu a ideia do colega: "Fizemos um bom jogo, tivemos oportunidades na primeira parte, onde poderíamos ter tido outro instinto matador. Grande golo do Debast, infelizmente o Castillo desvia. Mas a jogar assim deveríamos estar numa posição muito mais confortável no campeonato", atirou o jogador do Gil Vicente.