Ex treinador destaca "controlo emocional" de Rui Silva, reforço do Sporting

Ricardo Granada, jornalista do 'Record', aproveitou o seu espaço de opinião no programa 'Record na Hora', no canal 'NOW', para abordar, entre outros temos, o mercado do Sporting, com especial enfoque para o negócio de Alberto, defesa lateral que atua pelo Vitória de Guimarães.

"Em relação a informação da Juventus, dizer que isso foi noticiado no estrangeiro, portanto neste momento ainda não temos confirmado de que existe a proposta, pode existir mas também pode ser pressão para o Sporting tentar fechar o negócio o quanto antes", começou por explicar o jornalista português sobre outras ofertas pelo jogador.

Prosseguiu: "Sabemos, sim, que a vontade do jogador ao dia de hoje é reforçar o Sporting, principalmente pela relação que tem com Rui Borges. Foi algo que noticiamos, e também falamos do braço de ferro: o vitoria quer 12 milhões, mais dois milhões por objetivos, e o Sporting esta um pouco aquém desses números", apontou, como um dos fatores que está a demorar a operação.

Disse, de seguida: "Também há desacordo ali nos prazos de pagamento... Acredito que seja um dossier para durar mais algum tempo", explicou Ricardo Granada, que acredita que o negócio poderá prolongar-se durante grande parte da janela de transferências, também muito por culpa do valor avultado que o Vitória de Guimarães pede aos verdes e brancos.

Terminou, lembrando outra operação de mercado que poderá ocorrer em breve, mas que estará dependente da chegada de Alberto a Alvalade: "Também assim se explica o Fresneda ainda esteja nos convocados do Sporting, porque se o Alberto já estivesse fechado, o Fresneda já tinha saído para o Como. Portanto é uma espécie de dominó", rematou Ricardo Granada, acerca das várias frentes em que os leões vão negociando.

Ricardo Quaresma, jogador formado no Sporting, partilhou, durante um evento da Taça da Liga, vários momentos da sua carreira. O antigo extremo, que também passou por Barcelona ou Porto, falou, entre outros temas, sobre o gosto pelos jogos grandes, e ainda sobre o racismo no futebol.

"A rua ensina-te muita coisa. Podes não ter muitos estudos, mas se tiveres a escola da vida, vais sobreviver. É mais uma questão de personalidade. Os jogos que gostava eram os que tinham esses ambientes. Estive em plantéis com grandes nomes, grandes jogadores, mas que quando chegava o momento da verdade, aquilo tremia tudo", começou por dizer Ricardo Quaresma.

Prosseguiu, explicando o que o distinguia: "E a mim dava-me prazer ir ao Estádio da Luz e ser insultado do início ao fim. E eu era insultado porquê? Porque eles temiam, sentia que eles tinham medo de mim e era isso que me entusiasmava".

Atirou, de seguida: "Racismo? Hoje olhamos para o Vinícius, que também procura isso. Mas eu ouvia muita coisa. Agora, vou deixar de jogar porquê? Por me chamarem cigano? Eu sou cigano. Por chamarem-me preto? A minha mãe é africana. Vais sair de campo porque te estão a chamar isso? É a minha cor, é o meu santo. Deem-me a bola que vou calá-los. Era o que me movia. Adorava fazer golo na Luz e ver aquela águia".

Terminou, com a garantia de que sempre foi bem tratado pelos vários clubes, mesmo os adversários: "A rivalidade dentro de um estádio é normalíssima e um jogador que entra ali não pode ligar ao que está cá fora", explicou o antigo internacional português, e um dos vencedores do Euro 2016 pela seleção nacional.

Diogo Luís, jornalista português, aproveitou o seu espaço de opinião no jornal 'Record', para destacar as figuras do campeonato nacional até ao momento - relembrar que este domingo, dia 12 de janeiro, se joga o último encontro da primeira volta da Liga. Entre os escolhidos estão atuais, e antigos, elementos do Sporting.

O primeiro destacado foi Ruben Amorim: "Ruben Amorim é, para mim, a grande figura da primeira volta. Saiu com 11 vitórias, 39 golos marcados e quatro sofridos. O futebol que o Sporting praticava e a confiança que demonstrava deixava os rivais desmotivados. Deixou o Sporting na liderança a todos os níveis. Também é a figura porque foi a sua saída para Manchester que colocou a nu as fragilidades de Frederico Varandas e o seu enorme ego, e foi esse ego que fez com que o Sporting perdesse muitos pontos e com que continue a tomar más decisões", explicou Diogo Luís.

Prosseguiu, sobre Gyokeres: "Poucos jogadores tiveram o impacto que o sueco teve no nosso campeonato. Fisicamente é muito forte e mentalmente quer sempre mais o que faz com que todos os que estão à sua volta nunca desliguem. É móvel, é intenso e tem compromisso com a equipa. Faz golos, muitos golos. Destrói e condiciona defesas com as suas movimentações e a sua capacidade física. Foi a peça que permitiu que o Sporting pudesse atingir outro patamar. Valorizou-se e valoriza quem joga à sua volta".

Deixou, depois, uma nota sobre Trincão: "Nestas 17 jornadas do campeonato teve momentos mágicos. Qualidade técnica incrível e confiança para desequilibrar com regularidade. Nesta primeira volta foi um jogador preponderante no Sporting".

Terminou, com menção a Rui Borges: "Em seis meses deixou a sua marca no Minho e os cofres bem cheios. Por fim, chegou a Alvalade num momento turbulento. Aumentou ou restabeleceu a confiança. Trouxe positividade. Voltou a fazer acreditar jogadores e adeptos. É frontal na comunicação e explica as suas ideias de uma forma simples. Conseguiu acordar o Sporting e trazê-lo de novo à luta pelo título depois das asneiras de Frederico Varandas", rematou Diogo Luís.