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Competições
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Fernando Fernandes, lutador de kickboxing do Sporting, fez história para o Clube, ao sagrar-se Campeão do Mundo da modalidade, assumindo-se como uma referência no desporto. A conquista aconteceu em 1994 - duplamente especial pelo facto de ter sido conseguida em casa, na Nave de Alvalade.
Fernando Fernandes começou a dar nas vistas no kickbox em 1990, e reforçou o Sporting em 1992 - nessa altura desponta a sua carreira internacional. Foi três vezes campeão da Europa, e chegou a 1994 como um dos grandes favoritos ao Campeonato do Mundo do escalão 75kg, competição para a qual se vinha a preparar afincadamente.
O evento foi ainda mais especial, tendo em conta que decorreu em casa. A Direção do Sporting e a sua secção de Kickboxing apoiou a vontade de ter o evento em Lisboa, e organizou, em conjunto com a World Kickboxing Council (WKC), uma noite na capital portuguesa onde o título mundial ia estar em disputa. Tudo ia acontecer na Nave de Alvalade, onde 1500 Sportinguistas marcaram presença.
O combate cabeça de cartaz opunha o campeão do mundo à altura, Mustapha Oumrani, ao português e Sportinguista Fernando Fernandes. Destaque para a reação do público quando o português finalmente subiu ao ringue para o seu combate, o último da noite, e para o apoio que recebeu a partir desse momento.
O combate disputava-se a 12 rounds. Começou com grande energia e equilíbrio, com os atletas a trocarem golpes entre si, tendência que se manteve nos primeiros rounds, apesar da contagem de proteção de que precisou o francês, depois de ir ao tapete. Ultrapassada a fase inicial, a superioridade do atleta do Sporting tornou-se, cada vez mais evidente.
Nenhum dos dois conseguiu, no entanto, o KO, e o combate foi à decisão de pontos. Assim que terminou, Fernando Fernandes começou a festejar com o público, tal tinha sido a sua superioridade durante o encontro. Momentos depois, o árbitro levantou mesmo o braço do português, que fazia história e se sagrava campeão do mundo, pelo Sporting, na nave de Alvalade. Foi o primeiro título mundial para as modalidades de combate do Clube.
Hoje em dia, Fernando Fernandes continua muito ligado à vida do Clube. É treinador de kickboxing e Muay Thai, e publica, regularmente, nas suas redes sociais, conteúdo relacionado com o Sporting Clube de Portugal.
Plantel verde e branco levou a melhor sobre os grandes rivais encarnados e conquista assim todos os troféus nacionais que podia ter vencido
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Na época 2021/22, a equipa de futsal do Sporting voltou a fazer história. A conquista do bicampeonato, confirmada a 25 de junho de 2022, fez com que, primeira vez, um clube tenha conseguido vencer todas as competições nacionais numa única temporada, o tão denominado 'Grand Slam'. Sob o comando de Nuno Dias, o Sporting viveu uma época de excelência competitiva, coroada com o título de Campeão Nacional após uma caminhada imaculada no play-off, onde venceu todos os jogos, também isso inédito no futsal português até então.
A temporada arrancou num contexto atípico. O início do campeonato foi adiado devido à realização do Campeonato do Mundo de Futsal, na Lituânia, onde o Sporting esteve fortemente representado: João Matos, Tomás Paçó, Pany Varela, Miguel Ângelo, Pauleta, Erick e Zicky foram peças-chave da seleção portuguesa que se sagrou Campeã do Mundo, enquanto Guitta ajudava o Brasil a alcançar o terceiro lugar.
Com grande parte do plantel envolvido no Mundial, a pré-época dos leões foi feita maioritariamente com jogadores da formação. Ainda assim, a juventude respondeu com qualidade: o Sporting venceu a Taça Vila de Cascais, repetindo o feito de 2019. Hugo Neves e Diogo Santos, dois dos destaques dessa fase, seriam posteriormente emprestados ao Eléctrico FC e ao ETB Calviá, respetivamente, para ganharem minutos e experiência.
O plantel leonino sofreu algumas alterações: Taynan, Rocha e Mamadú (este último emprestado ao Viseu 2001) deixaram a equipa. Para colmatar as saídas, chegaram Caio Ruiz do Portimonense, Waltinho do Jimbee Cartagena (4.º classificado na fase regular da liga espanhola), e o regressado Miguel Ângelo, vindo do SC Braga.
Já em março, o Sporting garantiu o reforço do internacional espanhol Esteban Guerrero, proveniente do KPRF Moscovo, de onde saiu devido à invasão russa da Ucrânia. Um acréscimo de qualidade num plantel já recheado de talento e experiência.
O campeonato nacional foi disputado em duas fases, com uma fase regular de 14 equipas (menos duas do que na época anterior) e um play-off entre os oito primeiros. A temporada contou com quatro despromoções, preparando o terreno para um campeonato com apenas 12 equipas em 2022/23.
O Sporting assumiu desde cedo o comando da fase regular e nunca mais largou a liderança. Das três derrotas registadas, duas ocorreram já com o primeiro lugar garantido, o que demonstra o controlo absoluto dos leões sobre a prova.
Na segunda fase, o domínio foi ainda mais evidente: os verdes e brancos venceram todos os jogos do play-off, incluindo a final, frente ao eterno rival Benfica - adversário que Sporting encontrou várias vezes nesta fase, como em 2012/13, por exemplo -, resolvida em apenas três partidas, um feito até então nunca alcançado no futsal português. Os resultados finais foram de 5-4 e 4-3, ambos após prolongamento, e no derradeiro duelo, os leões levaram a melhor por 4-3.
O campeonato foi apenas a cereja no topo de um bolo recheado de conquistas. O Sporting venceu todas as provas nacionais em disputa, algo nunca antes conseguido: Supertaça (Dezembro 2021): vitória convincente frente ao Benfica, após adiamento devido ao Mundial; Taça da Liga (Fevereiro 2022): três vitórias expressivas, incluindo nova final ganha ao rival encarnado; Taça de Portugal (Maio 2022): terceira final da temporada entre Sporting e Benfica, terceiro triunfo verde e branco.
Com estes triunfos, a formação liderada por Nuno Dias completou o primeiro 'Grand Slam' do futsal nacional, algo que nem as mais dominantes equipas anteriores haviam alcançado. Se a qualidade do jogo do Sporting foi notável, também o contexto individual dos seus atletas reforçou a grandeza da época.
Com grande hegemonia na partida decisiva, Clube de Alvalade pode comemorar troféu que nunca foi visto antes no seu palmarés
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O Sporting encontrou a Académica de Coimbra para disputar a final do Campeonato de Portugal, no dia 24 de junho de 1923. Os leões saíram vencedores do confronto e, desta forma, ergueram o seu primeiro troféu na história da competição. Os responsáveis pelos golos do triunfo foram Francisco Stromp (12’) - fundador do Clube de Alvalade - e Joaquim Ferreira (18’ e 53’).
Augusto Sabbo, técnico germânico dos leões, avançou para campo com Cipriano dos Santos, José Leandro, Jorge Vieira, Joaquim Ferreira, Filipe dos Santos, Henrique Portela, Francisco Stromp, Carlos Fernandes, Torres Pereira, Jaime Gonçalves e João Maia. Já o conjunto adversário, alinhou com João Ferreira, Prudêcio, Ribeiro da Costa, Joaquim Miguel, Teófilo Esquível, António Galante, Gil Vicente, José Neto, Armando Batalha, Guedes Pinto e Augusto Pais.
O jogo começou e meia hora foi o tempo suficiente para o Sporting conseguir fazer os primeiros estragos na defesa da Académica. Francisco Stromp, capitão e um dos fundadores dos leões, aos 12’, chegou ao 1-0 na partida com um remate muito potente, após receber um centro de Carlos Fernandes, que estava no lado esquerdo do campo.
O segundo remate certeiro da partida surgiu seis minutos depois do primeiro, aos 18’. Agora, o responsável foi Joaquim Ferreira, craque dos leões responsável por marcar as grandes penalidades, converteu a primeira que teve com sucesso depois de um defesa do conjunto adversário ter colocado a mão na bola.
Com isto, o Sporting foi para o intervalo com uma vantagem de 2-0, que resultava de um futebol muito ofensivo. A segunda parte começou e a tendência do jogo não mudou, o conjunto verde e branco continuou por cima na partida, com uma assinalável exibição de Francisco Stromp.
Infelizmente, o craque teve de sair depois de um choque com o adversário e, até à metade do segundo tempo, o Sporting ficou a jogar apenas com 10, mas isto não impediu os verdes e brancos de marcarem mais um golo.
O 3-0 aconteceu aos 53’, novamente com Joaquim Ferreira a converter uma grande penalidade. Foi assim que a partida terminou e os leões, com grande hegemonia na competição, festejaram e levaram o primeiro título do Campeonato de Portugal para o seu palmarés.
Equipa verde e branca alcançou a prova rainha depois de erguer o Campeonato Nacional, para delírio dos vários adeptos leoninos
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Na viragem do milénio, o andebol leonino viveu uma das suas temporadas mais memoráveis. Depois de quebrar um jejum de 15 anos na época e recuperar o título de Campeão Nacional, o Sporting encerrou a época 2000/01 com chave de ouro ao levantar a Taça de Portugal, selando assim uma notável dobradinha, a quarta da sua história.
Sob a orientação do técnico José Tomaz, os leões enfrentaram uma Taça de Portugal exigente, disputada em eliminatórias a uma mão, num percurso que começou ainda com o Campeonato Nacional em curso. Para chegar à final, o Sporting ultrapassou o Madeira SAD, o Vitória de Setúbal e o Ginásio do Sul.
O derradeiro desafio colocava frente a frente duas equipas já bem conhecidas: Sporting e Porto, que se haviam defrontado semanas antes na final do campeonato, também aí com vitória dos lisboetas. No entanto, a final da Taça revelou-se ainda mais dramática.
O jogo começou com o Porto a entrar mais forte, construindo uma vantagem de 5-1 que parecia prometer um desfecho diferente. Mas o Sporting respondeu com raça e concentração, encurtando distâncias até alcançar o empate a 24 golos, já nos últimos cinco minutos de jogo.
Foi então, a apenas 40 segundos do fim, que Ricardo Andorinho escreveu o capítulo fina, ao converter com frieza um livre de sete metros que valeu a vitória por 25-24 e selou o nono troféu da Taça de Portugal para o emblema de Alvalade.
A época, que já era histórica com o regresso ao título nacional (o 17.º em 49 edições da prova), foi elevada a um novo patamar com este segundo troféu. A primeira fase do campeonato terminou com o Sporting no topo da classificação e a reintrodução do formato de play-off na segunda fase não impediu os leões de confirmarem a sua superioridade.
Além do sucesso interno, os verde e brancos também mostraram ambição nas competições europeias. A participação na Taça EHF foi marcada por uma campanha sólida, que evidenciou a crescente maturidade do grupo. A par disso, a exigente pré-temporada da equipa incluiu presença em três torneios distintos: São Mateus (4.º lugar), Tavira (2.º lugar) e Caminha (1.º lugar), sinais claros da preparação cuidada que antecedeu os triunfos.