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Jogadores

António Livramento: O "Pelé do hóquei em patins" que encantou no Sporting

Considerado o melhor jogador da história desta modalidade, o atleta brilhou nos rinques e conquistou muitos títulos importantes

António Livramento, considerado um dos melhores jogadores hóquei em patins do Sporting e de sempre, faria anos esta sexta-feira, 28 de fevereiro
António Livramento, considerado um dos melhores jogadores hóquei em patins do Sporting e de sempre, faria anos esta sexta-feira, 28 de fevereiro

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Nascido a 28 de fevereiro de 1943 em São Mansos, Évora, António José Parreira do Livramento começou por jogar futebol, mas o destino reservava-lhe outro caminho. Descoberto por Torcato Ferreira, que percebeu o seu potencial para o hóquei em patins, rapidamente se destacou na modalidade. Em 1959, com apenas 16 anos, foi contratado pelo Benfica e, no mesmo ano, estreou-se na Seleção Nacional de juniores, onde se sagrou Campeão Europeu.


Com a camisola da equipa das quinas, brilhou a nível internacional, conquistando três Campeonatos do Mundo e sete Europeus. Ao longo de 209 internacionalizações, marcou impressionantes 425 golos, tornando-se um dos maiores ícones do hóquei mundial. Após se afirmar como referência no Benfica, aventurou-se no estrangeiro ao serviço do Hóquei Candi Monza, em Itália, e tornou-se o segundo português a jogar fora do país. No regresso, passou pelo Banco Pinto & Sotto Mayor antes de chegar, finalmente, ao clube do coração.


Em 1976, transferiu-se para o Sporting, onde viveu um dos momentos mais gloriosos da sua carreira, conquistando a Taça dos Campeões Europeus. O seu jogo de estreia ocorreu a 20 de novembro de 1976 numa partida amigável frente ao Oeiras e a superstição fazia parte da sua personalidade, quando um jogo lhe corria bem, tentava repetir os mesmos passos e usar o mesmo equipamento na partida seguinte. Em 1962, num jogo do Campeonato do Mundo frente à Argentina, fintou toda a equipa adversária e marcou um golo inesquecível, levando o público à loucura.


Depois de se despedir dos rinques como jogador, em 1980, iniciou uma carreira de treinador. No Sporting, conquistou a Taça das Taças em 1981, o campeonato nacional, em 1982, e a Taça de Portugal e a Taça CERS, em 1984. O seu talento como técnico levou-o novamente ao estrangeiro, onde orientou o Bassano, em Itália. Regressou a Portugal para treinar clubes como o Turquel e o Porto, onde voltou a ser Campeão Nacional. Como selecionador nacional, somou dois Campeonatos do Mundo (1982 e 1993) e três Europeus (1987, 1992 e 1994).

A sua vida foi interrompida a 7 de junho de 1999, vítima de um acidente vascular cerebral, aos 56 anos. A morte foi lamentada por toda a comunidade desportiva, e a agência France Press apelidou-o de “Pelé do hóquei em patins”. Moniz Pereira, num comentário certeiro, questionou: “Não seria antes Pelé o Livramento do futebol?”.



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Lúcio Soares: o histórico defesa goleador do Sporting superado apenas por Coates

Antigo craque que atuava em zonas mais recuadas do campo pelos leões destacou-se pelas características de remate fora do comum

Lúcio Soares foi um lendário defesa do Sporting, que foi superado apenas recentemente por Sebastián Coates
Lúcio Soares foi um lendário defesa do Sporting, que foi superado apenas recentemente por Sebastián Coates

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Lúcio Soares nasceu no dia 31 de maio de 1934 em Mahuaçu, uma região em Minas Gerais, no Brasil. O defesa, que também atuava como médio, acabou o seu percurso no Sporting com 35 golos em 110 partidas disputadas em cinco temporadas, sendo um dos defensores com mais finalizações certeiras da história dos leões, superado apenas por Sebastián Coates - um dos jogadores com mais jogos pelos verde e brancos. O craque conquistou um Campeonato Nacional, duas Taças de Honra, uma Taça de Portugal e uma Taça das Taças.


O antigo craque do Sporting era filho de um português de Fafe e começou a dar os seus primeiros passos no Estrelinha em tempos que ainda era muito jovem. O defesa passou por outros clubes no Brasil como o Atlético Mineiro, o Manhumirim e o Fluvasan de Manhuaçu, tendo depois transferindo-se para o Rio de janeiro, local onde pôde alinhar em conjuntos como a Portuguesa e o América.


A chegada muito esperada


Foi em 1959 que Lúcio chegou ao Sporting com o estatuto de ser um dos melhores a atuar no campeonato brasileiro. O craque acabou por representar o Clube verde e branco durante cinco épocas, nas quais se destacou pelo seu pontapé fortíssimo, mesmo jogando na linha defensiva.

Lúcio terminou a sua carreira de leão ao peito, com 35 golos em 110 jogos oficiais pelo Clube. Com estes números impressionantes, o craque acabou por se tornar o defesa com mais remates certeiros na história, tendo sido superado recentemente pelo ex-capitão uruguaio, Sebástian Coates.


Em cinco temporadas, Lúcio Soares conquistou um Campeonato Nacional, duas Taças de Honra, uma Taça de Portugal e uma Taça das Taças. O atleta foi muito importante para a conquista do título europeu em 1964, quando marcou o segundo golo do Sporting no prolongamento do jogo de desempate em que os Leões derrotaram a Atalanta por 3-1.

Além de toda a história feita ao serviço do Sporting, foi ao lado de David Júlio que Lúcio Soares se tornou o primeiro jogador estrangeiro a atuar pela seleção principal de Portugal. O jogador fez apenas cinco internacionalizações e a sua estreia aconteceu em 1960, numa derrota com a Alemanha por 2-1.

A morte trágica

Lúcio Soares formou-se em Ciências Económicas e Financeiras na Faculdade Nilo Peçanha no Rio de Janeiro e acabou por morrer de forma trágica. No dia 15 de outubro de 1974, quando tinha 40 anos de idade, viu se envolvido num acidente ocorrido num rio, onde acabou afogado.


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Héctor Yazalde: 'Chirola' que ficará para sempre na história do Sporting

Antigo internacional argentino representou o Clube de Alvalade durante quatro temporadas, tendo um impressionante registo de 126 golos em 131 jogos

Héctor Yazalde é um dos grandes goleadores na história do Sporting, tendo até vencido uma Bota de Ouro enquanto representava os leões
Héctor Yazalde é um dos grandes goleadores na história do Sporting, tendo até vencido uma Bota de Ouro enquanto representava os leões

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Héctor Yazalde - que recentemente quase foi superado por Gyokeres - nasceu no dia 29 de maio de 1946, em Buenos Aires, na Argentina. Mesmo com muitas dificuldades, o craque conseguiu cumprir o seu sonho de jogar futebol ao mais alto nível. O avançado tornou-se num histórico goleador Sporting, ao marcar 126 golos em somente 131 jogos pelo Clube. Pelo conjunto leonino, o argentino conquistou um Campeonato Nacional e uma Taça de Portugal, isto para lá de ter vencido a Bota de Ouro e ter estipulado o recorde de golos do prémio, com 46 finalizações certeiras. 


As dificuldades nunca o pararam


Yazalde cresceu em Villa Florito, um bairro muito pobre na Argentina e, na altura, o seu coração dividia-se entre a paixão pelo futebol e o sonho de ser médico. O craque, por necessidade, começou a trabalhar muito novo. Vendia jornais e também ajudava o irmão com a venda de fruta, tendo sido nesses anos apelidado de “Chirola”, uma referência às pequenas moedas argentinas, que gostava de trocar para parecer que tinha mais dinheiro nos bolsos.


“Chirola” começou a jogar descalço na rua, até que Júlio Mocoroa, um olheiro, o levou para jogar no Los Andes. Ao que parece, saiu poucas vezes do banco, o que lhe deu uma nova vida, mas desta vez, no Racing, onde voltaria a ser dispensado por ter um físico muito fraco. Já sem esperanças, mas com muito esforço, Yazalde consegui um lugar no Atlético Piraña, equipa amadora na qual se começou a destacar pelo fator golo. Em 1967, o Independiente, um gigante argentino, estava atento e contratou-o para integrar o ataque da equipa.

Um início difícil de um caminho histórico


Foi rápida a adaptação e Yazalde facilmente se destacou. O argentino marcou 72 golos em 117 jogos, o que lhe valeu a convocatória para a seleção da Argentina e também, um lugar de destaque no Sporting. Os leões contrataram o craque em 1971, uma transferência recorde para o Campeonato Nacional. O goleador não pôde ser inscrito de imediato, então só se estreou em setembro. No balneário verde e branco, o salário do avançado começou por causar alguma desconfiança por parte dos colegas, algo que acabaria por ser ultrapassado.

A grande marca de Yazalde

Juntaram-se algumas lesões, mas Yazalde encontrou apoio nas noites lisboetas, nas quais conheceu a futura mulher, Carmizé, uma atriz portuguesa. “Chirola” fez umas duas primeiras épocas belíssimas, mas explodiu verdadeiramente em 1973/74, quando atingiu a marca dos 46 golos na liga portuguesa, acabando por receber a Bota de Ouro no final da temporada. Além disso, num grande ato de humildade, o craque argentino recebeu um Toyota como prémio e decidiu vendê-lo para dividir o dinheiro com os colegas de equipa, como uma forma de reconhecer que todos contribuíram para atingir aqueles números.

A época seguinte foi a última de Yazalde pelos leões. O ponta de lança foi, novamente, um dos maiores marcadores na Europa, mas, agora, com 30 golos que lhe valeram a Bota de Prata. Em quatro épocas pelo Sporting, o craque somou 126 golos num total de 131 jogos e eternizou-se nos livros de história do Clube. Como já era de esperar, “Chirola” teve o interesse dos grandes conjuntos mundiais, como o Real Madrid, mas acabou mesmo por reforçar o Marselha em 1975. Em França, o avançado esteve muito bem, mas viu-se obrigado a voltar ao país de origem, com o sonho de jogar o Mundial de 1978 pela Argentina.

Yazalde transferiu-se para o Newell’s Old Boys, mas as coisas não lhe correram muito bem porque o emblema não tinha as condições ideais. Para piorar tudo, o argentino foi ainda diagnosticado com uma hepatite, doença que lhe provocou uma depressão devido ao seu débil estado de saúde. O ponta-de-lança tentou ainda voltar a jogar, agora pelo Huracán, mas só conseguiu fazer apenas um jogo, terminando o seu percurso em 1982. Depois de futebolista, ainda foi treinador e empresário, mas esta nova carreira durou apenas 15 anos. Yazalde acabou por morrer no dia 18 de junho de 18997, com apenas 51 anos, vítima de cirrose hepática.


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Joaquim Serrano: Oito títulos nos oito anos em que jogou no Sporting

Histórico defesa do conjunto verde e branco teve a oportunidade de levantar vários troféus durante as épocas em que teve ao serviço do Clube

Joaquim Serrano foi um histórico defesa do Sporting, que ficou marcado pelos diversos títulos conquistados de leão ao peito
Joaquim Serrano foi um histórico defesa do Sporting, que ficou marcado pelos diversos títulos conquistados de leão ao peito

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Joaquim Serrano nasceu no dia 26 de maio de 1911, em Aveiro, mas a verdade é que a sua carreira teria palco noutros locais do país: Algarve e Lisboa. O antigo defesa representou o Sporting por oito épocas, conquistando três Campeonatos Nacionais e cinco Campeonatos de Lisboa - alguns deles ao lado de Peyroteo, o maior goleador na história dos leões.


O antigo craque começou a jogar futebol no escalão de Infantis do Farense, onde esteve até 1932, data em que decidiu ir para Lisboa estudar Educação Física na Escola Politécnica. Na formação jogou como avançado, mas acabou por trocar de posição mais tarde e passar a jogar na defesa, função que cumpriu até ao final da carreira


A chegada aos leões


Foi no ano em que se mudou para Lisboa que também chegou ao Sporting. Na altura, os leões tinham o setor defensivo a passar por uma fase de renovação, após Jorge Vieira sair do clube e Martinho de Oliveira chegar à parte final da sua carreira.

Foi com João Jurado que Joaquim Serrano formou dupla e começou a alinhar em campo na defesa dos leões, em 1932. O atleta fez belíssimas temporadas no Sporting, onde terminou a carreira ao fim de oito épocas com o símbolo do leão no peito.


Os títulos pintados de verde e branco

Joaquim Serrano acabou o seu percurso no Sporting com 121 jogos oficiais disputados e oito conquistas no bolso. O defesa ficou no currículo com três Campeonatos Nacionais e cinco Campeonatos de Lisboa, numa altura em que também partilhou campo com o maior jogador da história do Clube, Fernando Peyroteo.

Serrano só perdeu o lugar na equipa depois do conjunto verde e branco ter contratado o brasileiro Vianinha, que rapidamente agarrou a titularidade. Foi durante o período que esteve no Sporting que também representou a seleção nacional uma vez, num confronto com a Espanha, em que Portugal foi goleado por 9-0.

O antigo craque dos leões morreu no dia 1 de Agosto de 1983, com 72 anos de idade, e certamente fica recordado na memória de todos os adeptos Sportinguistas por ter dedicado uma carreira, quase inteira, ao conjunto verde e branco.


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