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Competições
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No dia 19 de junho de 1971, o Sporting derrotou o Porto na finalíssima do Campeonato Nacional de Andebol. O clássico acabou com o magro resultado de 16 - 9, mas com uma exibição muito convincente dos verdes e brancos. Com o troféu, o Clube de Alvalade atingiu o tricampeonato - em 2024/25, a equipa dos leões conseguiu a dobradinha.
O Sporting não começou a época da melhor forma ao perder o título do campeonato regional que era habitualmente jogado no início de cada ano desportivo. Os leões acabaram a primeira fase em primeiro, mas como estavam empatados com o Belenenses tiveram de disputar uma finalíssima, na qual perderam com os azuis do Restelo.
Já o Campeonato Nacional apresentava-se com algumas mudanças para a época 1970/71. A partir deste ano, a competição estava dividida em duas fases e só 12 equipas é que se apuraravam para a temporada seguinte, com o objetivo de encurtar o número de clubes a disputá-la.
A equipa Sportinguista era composta por Bessone Basto, José Anaia, Carlos Silva, Adriano Mesquita, Carlos Correia, Moisés Santos, Ramiro Pinheiro, Manuel Santos Marques, Pedro Feist, Frederico Adão, Alfredo Pinheiro, Manuel Brito, Miranda Dias, Luís António, Luís Sacadura, António Marques, Armando Duarte e José Mendes.
Nesta fase preliminar do Campeonato Nacional de Andebol, o Sporting foi exímio. A turma de Alvalade não só saiu como invencível desta parte inicial, como também conseguiu sair vitoriosa de todos os confrontos, um registo histórico para o Clube verde e branco.
Numa fase final, que foi bastante intensa, o Sporting terminou empatado com o Porto, tendo sido exigida uma finalíssima disputada em Viseu para decidir quem iria sair como campeão. Os leões venceram o confronto por 16-9 e a equipa portista ficou a desejar um título, que os verdes e brancos já conquistavam pela terceira vez consecutiva.
Na Taça dos Campeões Europeus, por motivos desconhecidos, o MAI Moscovo e o Dukla de Praga não quiseram participar nas eliminatórias frente ao campeão português, tendo assim o Sporting conseguido atingir as meias-finais, onde a equipa leonina acabou por terminar a participação na prova.
Conjunto leonino superou o eterno rival num duelo decisivo bastante complicado e conseguiu atingir o segundo título nacional consecutivo
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No dia 18 de junho de 2011, o Sporting derrotou o Benfica no último jogo a contar para a final do Campeonato Nacional de Futsal e sagrou-se bicampeão nacional. Depois de algumas contratações importantes, o conjunto verde e branco conseguiu vencer o eterno rival por 5-4 após prolongamento - este confronto está a repetir-se em 2024/25.
Para a temporada 2010/11, o Sporting reforçou o plantel com as contratações de Pedro Cary, Marcelinho, Paulinho, Leitão e Mário Freitas. Para além disso, a equipa técnica contou com um novo líder, Orlando Duarte, que regressou ao Clube de Alvalade para comandar esta grande conquista
Desta forma, Orlando Duarte avançou para a época com um belíssimo plantel à disposição: João Benedito, Cristiano, Gonçalo Portugal, Pedro Cary, Caio Japa, Divanei, Alex, Deo, João Matos, Marcelinho, Djô, Paulinho, Mário Freitas, Leitão e Cardinal.
Neste ano, a primeira divisão de futsal foi disputada em duas fases. Na primeira, as 14 equipas que compunham a competição lutavam pelas oito principais colocações, que apuravam as equipas para a próxima etapa. A segunda parte era o famoso play-off, cuja final seria decidida à melhor de cinco jogos.
O conjunto equipado de verde e branco já dava bons sinais para a época que se tornaria histórica para os leões, depois de terem vencido a Supertaça. Este troféu foi disputado logo no início da temporada 2010/11 e o Sporting não deu hipótese e venceu logo o seu primeiro título no ano.
Já no Campeonato Nacional, as coisas até nem começaram a correr na melhor maneira possível, já que o conjunto treinado por Orlando Duarte ficou em segundo lugar na fase regular, com uma longa distância de nove pontos relativamente ao primeiro classificado, o eterno rival Benfica.
A verdade é que no final tudo correu bem porque o Sporting, que destruiu todas as equipas que encontrou na fase de playoff. Na final não foi diferente e os leões conseguiram decidir o título em três partidas, algo inédito até então no futsal em Portugal. A última partida acabou 5-4 para os verdes e brancos após prolongamento e os festejos do bicampeonato foram imensos.
Equipa verde e branca reforçou-se e reuniu um plantel de luxo capaz de competir com os emblemas mais competitivos do Velho Continente
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Na década de 1970, o Sporting apostou decididamente no desenvolvimento da sua secção de Hóquei em Patins. O projeto era ambicioso: reunir num só plantel os melhores jogadores portugueses da época. O resultado foi uma equipa que ficou imortalizada como a 'Equipa Maravilha', um conjunto tão talentoso que, para muitos entendidos da modalidade, nunca mais se voltou a ver um grupo tão completo e harmonioso dentro de um rinque e que permitiu, entre outras coisas, a conquista da Taça dos Campeões Europeus, em 1977.
O Sporting ia conquistando tudo o que havia para ganhar em Portugal - inclusivamente com uma dobradinha uns anos antes -, mas o sucesso interno contrastava com a ausência total de conquistas internacionais, uma lacuna que não era apenas do Clube leonino, mas de todo o hóquei português. Desde a criação da Taça dos Campeões Europeus, em 1965/66, nenhuma equipa portuguesa conseguira ainda levantar o troféu. A hegemonia era total e exclusivamente espanhola, com clubes como o Réus Deportiu, o Voltregà e o Barcelona a alternarem na liderança do hóquei europeu.
Em 1977, essa narrativa começou a mudar. Sob o comando técnico de Torcato Ferreira, o Sporting apresentou um plantel lendário, composto por nomes que são hoje sinónimos de excelência na modalidade: Ramalhete, Livramento, Chana, Júlio Rendeiro, João Sobrinho, entre outros. A primeira eliminatória, frente aos suíços do Montreux, revelou desde logo a dimensão da equipa portuguesa. Com resultados esmagadores — 18-1 em casa e 11-3 fora — o Sporting impôs-se como sério candidato ao título.
A verdadeira prova de fogo veio nas meias-finais, frente ao poderoso Voltregà, bicampeão europeu e histórico dominador da prova. A primeira mão, jogada em solo espanhol sob uma chuva intensa e num recinto ao ar livre, revelou-se um enorme desafio para os leões, pouco habituados a tais condições. A derrota por 5-2 parecia comprometer as ambições europeias. Mas o jogo da segunda mão, em Lisboa, foi histórico: o Sporting aplicou um categórico 8-3 e virou a eliminatória com um total de 10-8.
Na final, outro emblema espanhol surgiu no caminho: o Villanueva. A primeira mão, disputada em Lisboa foi uma exibição de gala dos leões. O guarda-redes espanhol Carlos Trullols, considerado um dos melhores de sempre, teve de ir buscar a bola à sua baliza seis vezes. Curiosamente, o próprio Trullols declarou mais tarde: "Sofri seis golos e fiz uma das melhores exibições da minha vida".
Apesar da vantagem clara, o Sporting sabia que o jogo da segunda mão, em Espanha, não seria simples. Ainda estava fresca a memória do que aconteceu em Voltregà. Contudo, no dia 18 de junho de 1977, no reduto do Villanueva, os leões confirmaram a superioridade ao vencer por 6-3, encerrando com chave de ouro uma campanha europeia impecável. Não só conquistavam o troféu, como o faziam de forma autoritária, diante da elite espanhola.
Com esta vitória, o Sporting tornou-se o primeiro Clube português a vencer uma competição europeia de Hóquei em Patins, quebrando o monopólio espanhol e abrindo caminho para futuras conquistas lusas na modalidade.
Clube de Alvalade venceu o título do Campeonato Nacional pelo segundo ano consecutivo depois de derrotar o eterno rival num dérbi com uma exibição categórica
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No dia 17 de junho de 1979, o Sporting derrotou o Benfica no eterno dérbi a contar para a última jornada do Campeonato Nacional de Andebol. A liga da modalidade foi disputada essencialmente com o Belenenses, com os leões a saírem-se melhor no último jogo da competição, conseguindo, assim, o bicampeonato.
Júlio Matos Moura, que já tinha estado no Sporting, desta vez regressou para integrar o comando técnico da equipa principal de Andebol do conjunto verde e branco - tendo sido responsável pelo tetra posteriormente. A verdade é que esta alteração na liderança do plantel deu frutos e o português levou os leões à conquista do segundo título do campeão nacional consecutivo.
Para reforçar a equipa comandada por Matos Moura, os dirigentes leoninos asseguraram o regresso de Carlos Silva e ainda contrataram o capitão da seleção nacional, José Manuel, ambos provenientes do Belenenses, um dos clubes que mais rivalizou com a turma de Alvalade.
A equipa liderada por Matos Moura iniciou a época com Carlos Silva, Pedro Miguel Pimentão, Luís Filipe João, José Manuel Reinaldo, João Gonçalves, Fernando Jorge, Manuel Brito, Bernardo Vasconcelos, Domingues, João Manuel Ferreira, Vasco Vasconcelos, João Miranda, Frederico Adão, Carlos Correia, José Luís Ferreira e Luís Filipe Ferreira.
Os leões concluíram a Fase Regular da Zona Sul na primeira posição da tabela classificativa, mas não foi um percurso percurso perfeito. O Sporting acabou esta parte inicial do campeonato com três derrotas, para além de algumas partidas com vitórias puxadas a ferros.
Na fase final o Sporting conseguiu pôr as garras de fora e mostrar como se ganha um campeonato com qualidade. Os leões alcançaram o título de campeão nacional na última jornada da competição depois de vencerem o eterno rival Benfica por 32-17, numa goleada impressionante.
Na Taça de Portugal, os leões infelizmente não conseguiriam alcançar a dobradinha ao perder na final em Leiria, frente ao Porto por 18-19. Ainda assim, foi uma boa temporada para os leões, que conquistaram o título com maior relevância em termos nacionais.