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0Ricardo Sousa, antigo jogador do Porto, é o atual treinador do Al-Ain, clube da Arábia Saudita que milita na segunda divisão. Em entrevista ao jornal A Bola, o técnico, que seguiu os passos de Cristiano Ronaldo rumo ao Médio Oriente, não esconde que enfrentou vários obstáculos no princípio da temporada.
"Tenho de admitir que, numa fase inicial, foi um choque. A decisão de vir para a Arábia Saudita teve que ver com a necessidade de sentir um desafio diferente. Não tem sido fácil, a maneira de trabalhar na Arábia Saudita está muito longe da organização que os clubes europeus têm", começou por dizer.
"Financeiramente é um país super estável, os clubes estão a investir, mas em termos de organização ainda têm de subir uns degraus para conseguirem chegar ao patamar que pretendem. Mas está a ser uma experiência positiva, tenho encontrado um clube que me tem tentado ajudar e fazer aproximar de todos os detalhes que eu vou pedido no dia a dia e que sinto que são necessários para a evolução", disse, falando nas possibilidades de subir de divisão.
"Fomos a equipa que mais tarde começou a trabalhar, só tivemos duas semanas de preparação e com 10 jogadores. Fizemos o primeiro jogo do campeonato com 13 jogadores. Mas estamos muito à frente do expectável. Aquilo que as pessoas do clube me iam dizendo é para eu não me preocupar com as primeiras seis jornadas porque o trabalho começou muito tarde e esses seis jogos iriam ser muito complicados. Por isso, posso garantir que um empate, uma vitória e uma derrota nos primeiros três jogos foi muito positivo perante todas as dificuldades que tivemos".
"Podemos ter cinco estrangeiros, que são jogadores para jogarem e para fazerem a diferença, mas nestes três jogos, por exemplo, jogámos apenas com dois, sendo que um deles, o Fati, que foi meu jogador em Mafra, vem de 10 meses de lesão prolongada, e está a readquirir o ritmo de jogo. Ou seja, basicamente jogámos nestas primeiras jornadas com um estrangeiro e meio. Subir de divisão não faz parte das ideias deste clube. O orçamento que temos não permite competir com outros orçamentos. Mas se financeiramente não vamos conseguir lutar contra outras equipas, taticamente vamos conseguir porque temos trabalhado muito", concluiu Ricardo Sousa.