Fotis Ioannidis volta a ser tema, mas Sporting tem trunfo e confirma Exclusivo Leonino

O Cruzeiro não foi além de um empate 0-0 na deslocação ao reduto do Vitória, num jogo referente à 12ª jornada do campeonato brasileiro. A equipa orientada por Leonardo Jardim jogou toda a segunda parte com 10 jogadores, devido à expulsão do médio Carlos Eduardo. No final do encontro, o antigo treinador do Sporting, criticou a arbitragem.

Leonardo Jardim: "Um vermelho muito mal analisado"

“Mais uma vez, na minha opinião, um vermelho muito mal analisado, porque o meu jogador vai no lance com a perna para cortar a bola, chega tarde e ganha um amarelo justificado. Ele toca com o joelho na perna do outro. Foi um acidente de trabalho. O árbitro muito bem, mas depois veio a lesão e foi lá que deu um cartão vermelho. Acho que futebol não pode ser assim”, afirmou Leonardo Jardim, em declarações aos jornalistas.

O encontro realizado em São Salvador da Baía ficou também marcado pela chuva forte, que piorou o estado do relvado e dificultou a missão dos jogadores. Várias poças de água foram-se formando no terreno de jogo, o que afetou a fluidez do encontro. O Cruzeiro – que, na jornada anterior, tinha vencido o Palmeiras, de Abel Ferreira – teve poucas oportunidades de golo.

No final da partida, Leonardo Jardim também apontou o mau estado do relvado como causa para o jogo menos conseguido da sua equipa: “Hoje não existiu futebol, hoje existiu uma luta com bola em que 22 jogadores andavam a ajustar para a frente e não conseguiam fazer três passes seguidos, duelos, dois passes, duelos, dois passes. Com um jogador a menos, as coisas ficaram mais difíceis. Lutámos”.

Com o empate 0-0 no terreno do Vitória, o Cruzeiro desperdiçou a oportunidade de se isolar na liderança da classificação do Brasileirão. A equipa de Belo Horizonte está no segundo lugar da tabela classificativa, com 24 pontos, os mesmos do Flamengo. O campeonato brasileiro vai agora parar para os jogos do Mundial de Clubes e a formação orientada por Leonardo Jardim volta a entrar em campo apenas no próximo dia 13 de julho, na receção ao Grémio.

Viktor Gyokeres e o Sporting protagonizam um autêntico ‘braço de ferro’ relativamente ao futuro do goleador. O internacional sueco está decidido em deixar Alvalade e o Clube verde e branco exige uma proposta superior a 60 milhões de euros para aceitar a venda. Eládio Paramés, antigo diretor de comunicação do Benfica, compreende a exigência dos leões e critica a postura do jogador e seu representante no processo.

Eládio Paramés: "Gyokeres? O presidente do Sporting tem razão para falar assim"

“Varandas falou grosso a propósito da situação contratual de Gyokeres, concretamente sobre o montante que permitirá a saída do sueco de Alvalade. O presidente do Sporting tem razão para falar assim, pois existe uma cláusula de rescisão aceite por todas as partes no valor de cem milhões de euros”, começa por referir Eládio Paramés, num artigo de opinião publicado no jornal Record.

Em seguida, o comentador condena a postura assumida por Gyokeres: “O jogador tem um contrato assinado, a sua saída para outro emblema obriga a um pagamento compensatório até já com um desconto prometido pelo dirigente leonino, e, por isso, é lamentável a guerra desencadeada pelo jogador e o seu ou os seus empresários”. Eládio Paramés considera também que o “impasse” tem um motivo “simples e objetivo”: “Em causa está muito dinheiro em comissões! Tudo o mais é folclore, até porque proposta concreta não existe”.

Eládio Paramés: "É lamentável a guerra desencadeada pelo jogador e o seu empresário"

O comentador desvaloriza ainda a existência da cláusula de rescisão: “Para que servem então este tipo de cláusulas? Para muito pouco, já que normalmente não são respeitadas e por isso é que elas existem em muitos poucos países. E em caso de conflito, a própria FIFA só intervém em situações muito excecionais, intervenção essa que pode passar inclusivamente pela tomada de medidas que permitam que o jogador possa jogar por outro clube enquanto não se chega a uma solução.

A terminar, Eládio Paramés fala sobre a possibilidade do avançado sueco – que prometeu “falar no tempo certo” - não sair de Alvalade, no mercado de verão: “Mas isso apenas acontece raramente, o que significa que Gyokeres, caso não surja um acordo, terá mesmo de voltar a trabalhar no Sporting. E isto pode mesmo ser o pior para clube e jogador. Veremos portanto se Varandas não terá de voltar a falar, mas agora fininho”.

Manuel José, antigo treinador do Sporting, diz que a aposta do Benfica em Renato Sanches faz pouco sentido. O treinador recordou a forma como o Benfica deixou escapar a vitória no campeonato e também na Taça de Portugal, fazendo alusão à grande penalidade cometida pelo médio.

Manuel José sobre Renato: "Sem ritmo competitivo absolutamente nenhum"

“O jogador, que fez a grande penalidade, teve uma época, mais uma infelizmente para ele, com lesões atrás de lesões. Sem ritmo competitivo absolutamente nenhum. E vai jogar na final da Taça de Portugal que é o único troféu que o clube pode ganhar?”, questionou.

Manuel José sobre Renato: "Fez um penálti, o Sporting empatou e ganhou a Taça de Portugal”

Renato Sanches “não tem ritmo competitivo nem habituação de jogar com os companheiros de equipa”. Por isso, não compreendeu a ideia de Bruno Lage em colocar o atleta em campo: “Treinar é uma coisa e jogar é outra completamente diferente. E acabou por fazer um penálti que não fez sentido nenhum. O Sporting empatou e ganhou a Taça de Portugal”, referiu, em declarações na RTP 3.

Recorde-se que Renato Sanches está no Benfica por empréstimo do Paris Saint-Germain. O Benfica terá de pagar 10 milhões de euros, se quiser manter o jogador, que fez apenas 18 jogos na temporada desportiva de 2024/25, num total de 467 minutos em todas as competições.

Por outro lado, Manuel José passou pelo Sporting nos anos 80 e 90. Pelo Clube de Alvalade, o treinador esteve presente em duas ocasiões (de 1985 a 1987 e de 1989 a 1990). Neste período fez 95 jogos, venceu 57, empatou 16 e perdeu 22, não conseguindo vencer qualquer título.