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0Ângelo Girão, lenda do Sporting, foi homenageado no passado domingo, dia 22 de setembro, em Novara. O guarda-redes de 35 anos, da equipa de hóquei em patins dos leões, representou pela última vez a seleção nacional, sendo saudado com uma ovação, de pé, do público aos seus colegas e adversários. Em declarações dadas após a partida, o jogador leonino comentou que não foi a despedida que idealizou.
“Ontem [sábado] foi duro, foi muito duro, não estava preparado psicologicamente para perder aquele jogo contra a Espanha [nas meias-finais]. Acho que nenhum de nós estava, mas eu, por ser o último, pus muitas esperanças e pus muito de mim nesta caminhada para que corresse tudo bem. E hoje a queda foi brutal”, começou por dizer o jogador.
“Não consegui no balneário [antes do jogo] aguentar-me. Quebrei claramente e penso que isso também pode ter sido um fator de perturbação para a equipa, porque tínhamos um jogo importante. Ainda tentámos durante o jogo o tudo por tudo, mas infelizmente não conseguimos. Aquilo que queríamos era estar na final. Este jogo era muito difícil de disputar, mas sabíamos que estava uma medalha em jogo, e falhámos claramente. Tanto o objetivo de ontem como o de hoje”, acrescentou Girão.
“O balanço ao serviço da Seleção é positivo quando se ganha títulos. Não ganhámos tantos títulos como aquilo que nós desejávamos. Ainda ontem comentámos que estivemos em demasiadas finais, estivemos demasiadas vezes perto de ganhar, e não conseguimos. E a culpa não pode ser sempre de fatores alheios. Esta geração teve mais do que oportunidades para ganhar e por alguma coisa não conseguimos. Acho que esta geração tinha mais do que qualidade para ganhar mais títulos. Fica um amargo de boca, pelo menos para mim, agora que acaba esta viagem, porque devíamos ter conquistado mais títulos”, rematou o guarda-redes do Sporting.
Ângelo Girão chegou ao Sporting em 2014, oriundo do Valongo. Desde então, o guardião realizou 360 encontros e conquistou três Ligas dos Campeões (2018/19, 2020/21 e 2023/24), duas Taças Continentais (2019/20 e 2021/22), uma Taça CERS (2014/15), dois Campeonatos Nacionais (2017/18 e 2020/21) e uma Supertaça (2015). A lenda do emblema verde e branco reforma-se agora da seleção nacional, contando com 122 internacionalizações.