LEÕES COM OLHOS POSTOS NO REGRESSO DO CAMPEONATO

O Sporting venceu o Sevilha, por 2-1, no último jogo de preparação em terras algarvias. Diogo Travassos, Samuel Justo e Miguel Alves entraram na segunda parte, mas o pouco tempo de jogo que tiveram fez Rúben Amorim organizar horas de trabalho extra.

O trio ficou no relvado após o apito final de Fábio Veríssimo - que tem em mãos a decisão de Ousmane Diomande jogar ou não a Supertaça diante do Porto -, a fazer exercícios com bola, de forma a manter a forma nesta pré-temporada.

Diogo Travassos foi o primeiro a entrar, rendendo o lesionado Jeremiah St. Juste, aos 54 minutos. Miguel Alves trocou com Geny Catamo, aos 85', e Samuel Justo ocupou o lugar de Eduardo Quaresma, aos 90', já com o Sporting reduzido a dez unidades.

Os leões terminaram a partida com muitas adaptações, fruto da falta de jogadores no banco de suplentes e da expulsão do central costa-marfinense. O trio de centrais que iniciou o encontro - St. Juste, Diomande e Quaresma -, acabou por rodar completamente e o jogo acabou com Ricardo Esgaio, Hidemasa Morita e Miguel Alves à frente de Vladan Kovacevic.

O melhor em campo acabou por ser Rodrigo Ribeiro, que voltou em grande do empréstimo ao Nottingham. O ponta de lança, que ainda vai discutir um lugar com Rafael Nel, marcou um golo e fez uma assistência para Francisco Trincão, numa grande jogada dos verdes e brancos.

Rafael Nel foi ausência notada em ambos os jogados do Sporting realizados esta terça-feira, dia 24 de julho, frente ao Farense e ao Sevilha. Depois de ter saído com queixas da partida frente ao Union St. Gilloise, o departamento médio terá optado por não arriscar.

"O avançado sentiu dores musculares e, por precaução, fez apenas trabalho de de recuperação e não atuou nos dois jogos dos leões", pode ler-se na edição desta quarta-feira, dia 24 de julho, do jornal Record, que dá conta da ausência do jogador, que marcou na primeira partida dos leões perante os seus adeptos, que terminou num empate, a duas bolas, com os belgas.

Por esta altura, o Sporting já tem tudo orientado para renovar o contrato de Nel por mais cinco temporadas, ou seja, até 2029. No caso, os leões pretendem que, no futuro, o jovem seja a dupla de Viktor Gyokeres, substituindo Paulinho, que rumou ao Toluca, do México. 

O atacante de 19 anos foi formado no Benfica, tendo representado os encarnados durante oito anos. Em 2018/19 mudou-se para o Belenenses e, no inverno da temporada seguinte, trocou Belém pelos verdes e brancos. Em 2022/23, Rafael Nel fez 32 jogos e nove golos pelos juniores leoninos, somando, ainda, oito partidas e quatro tentos ao serviço dos sub-23.

Na temporada que terminou, Rafael Nel fez a estreia na equipa principal do Sporting, tendo entrado aos 84 minutos, na vitória diante do Young Boys, por 3-1, para a Liga Europa. Ao serviço da equipa B dos leões, o jovem ponta de lança fez oito golos, em 27 partidas disputadas.

Luiz Phellype, antigo avançado do Sporting, vê com bons olhos a contratação de Rafael Pontelo. O brasileiro, que também chegou a Alvalade proveniente da segunda divisão, acredita que se os leões confiam no central, é porque este tem qualidade.

“(Mudança) É mais do clube pequeno para o grande do que da Liga 2 para a Liga. É muito diferente do que se está habituado. O Rafael Pontelo também tem a vantagem de ter jogadores muito bons com ele. Na verdade, a adaptação acaba por ser fácil se ele quiser aprender também”, começou por dizer, ao jornal A Bola.

“Se o Sporting o foi contratar é porque viu alguma coisa nele. É descobrir o que o Sporting pretende… É tentar adaptar-se e trabalhar bastante. Não há muitos segredos, para todos os clubes é isso”, garante o agora jogador do OFI Creta, da Grécia. “No meu caso, por ser um ponta de lança, o meu trabalho é fazer golos… Não tenho ninguém para dividir a posição comigo. Estamos sozinhos e só temos um ponta de lança a jogar. Normalmente com os centrais, há dois, três e mais gente para ajudar. O Sporting tem o Coates, que está há muito tempo e é um jogador muito experiente. Isso ajuda e é mais fácil para o Rafael Pontelo”, explica. “(Qualidade na Liga 2) Existe e sempre existiu. Não é uma coisa nova. Normalmente os clubes têm mais receio de ir buscar esses jogadores, porque muitas vezes é difícil os adeptos aceitarem que vão buscar um jogador da Liga 2. Eu acho que basta a consciência do treinador, dos diretores e das pessoas que o foram contratar… não foi por acaso. As pessoas vão ter de ter paciência com ele e as coisas podem dar certo”, terminou.