Liam Delap, no radar do Sporting, volta a ser tema

Em declarações pós-jogo ao Porto Canal, Stephen Eustáquio, médio dos azuis e brancos, reagiu à vitória, por 2-0, conseguida diante do Casa Pia. Além disso, o jogador abordou a situação atual do Sporting, tendo em vista o encontro agendado para o dia 7 de janeiro de 2025, no Estádio do Dragão.

"Nesta casa temos sempre a pressão de ganhar e tudo o mais. Mas, obviamente, quando um rival direto perde pontos, estamos aqui para aproveitar essa situação", começou por dizer, referindo-se aos deslizes dos verdes e brancos frente ao Arsenal e Santa Clara, que foram as primeiras derrotas da temporada 2024/25.

"As equipas vão escorregar cada vez mais…Vamos apanhar os adversários em casa, que é muito importante, e é como disse antes: com o calor dos nossos adeptos, podemos tornar-nos invencíveis em casa. É isso que queremos. Eles ainda cá vêm e vamos aproveitar essa situação para dar a volta ao campeonato", admitiu, tendo em vista o confronto com o atual campeão nacional, e acrescentou, "No momento da adversidade, há sempre a oportunidade de fazer análise e passamos de bestiais a bestas. Uma das nossas maneiras de pensar após as derrotas é que os jogadores são os mesmos, já demonstrámos no passado que fizemos excelentes exibições e que temos de manter a confiança".

Atualmente, com a derrota com o Santa Clara, – a terceira em 21 encontros na presente temporada –, os verdes e brancos seguem na liderança da Liga Portugal Betclic, com 33 pontos, mas podem ver os rivais reduzir distâncias. O segundo lugar é ocupado pelo Porto, que tem 30 pontos e, no terceiro posto, está o Benfica, com 28 (menos um jogo).

O Clube de Alvalade volta a entrar em campo na próxima quinta-feira, dia 5 de dezembro, frente ao Moreirense, em jogo relativo à 13.ª jornada do Campeonato Nacional. O encontro diante da turma liderada por César Peixoto jogar-se-á às 20h15, em Moreira de Cónegos.

O psicólogo Jorge Silvério, em entrevista ao jornal A Bola, analisou o panorama atual do Sporting. Durante a conversa, destacou-se como tema principal o impacto que as recentes mudanças no Clube podem ter tido nos jogadores dos verdes e brancos, sobretudo após João Pereira assumir o comando técnico da equipa principal.

"Há aqui coisas que acho que podem claramente estar a influenciar apesar de o Clube ser o mesmo e as condições serem as mesmas. Por mais que o sistema de jogo seja relativamente semelhante, e que já houvesse semelhança entre a equipa principal e a equipa B, é evidente que as pessoas são diferentes. Não só o João, treinador principal, mas também os adjuntos. E isso acaba por influenciar a relação que se vai estabelecer, o próprio João disse que é diferente do Ruben", começou por referir.

Assim sendo, considerou: "Esta adaptação, quer dele aos jogadores, quer dos jogadores a ele, demora sempre algum tempo e enquanto isto se faz nem sempre os resultados são os esperados. Não há, para já, a simbiose que havia com a antiga equipa técnica, até pelo tempo que trabalharam juntos, foram muitos anos, o que nem é muito normal no futebol, mas isso ajuda a cimentar essa relação e, de momento, estamos a falar de meia dúzia de dias, demora sempre o seu tempo".

"É importante dar ouvidos a quem percebe das coisas. Os adeptos querem sempre ganhar, como é óbvio, e quando as coisas não correm bem vão começar a assobiar e a ter comportamentos que não são os mais adequados para o estado anímico em que a equipa está e para aquilo que precisa, mas isso faz parte e jogadores, treinadores e dirigentes têm de saber adaptar-se a isto", aconselhou.

Ainda em declarações, enfatizou, "Não há nenhuma equipa no mundo que esteja sempre a ganhar, haverá uma altura em que surgem derrotas, se o Ruben tivesse continuado ia acontecer isso inevitavelmente. Há que continuar a trabalhar com naturalidade e, sobretudo, ter confiança. Se foi o treinador escolhido é continuar a dar-lhe confiança, e ele aos jogadores, para que se conheçam cada vez melhor e comecem a cimentar essas relações que são extremamente importantes".

Com o mercado de transferências de janeiro na mira, vale a pena olhar para as movimentações feitas pelo Sporting no passado. Ainda que o volume de negócios nos verdes e brancos seja superior no mercado de verão, a verdade é que as maiores movimentações do Clube de Alvalade ocorreram no inverno.

No início de 2020, pouco antes da chegada de Ruben Amorim ao comando técnico do Sporting, vindo do Braga, Bruno Fernandes transferiu-se para o Manchester United por 55 milhões de euros. À época, essa foi a maior venda da história dos leões, um recorde que viria a ser superado apenas com a saída de Manuel Ugarte para o PSG por 60 milhões.

Entre as contratações mais marcantes do Sporting, destaca-se Paulinho, adquirido também ao Braga em 2021, por 16 milhões de euros. Nesse mesmo ano, o avançado desempenhou um papel decisivo na conquista do título de campeão nacional. Contudo, na temporada 2023/24, o protagonismo mudou de mãos com a chegada de reforços de peso: Viktor Gyokeres, por 20 milhões de euros (mais quatro milhões mediante o cumprimento de objetivos), Morten Hjulmand, por 18 milhões, e Conrad Harder, por 19 milhões.

Para a próxima janela de transferências, sabe-se que João Pereira já terá deixado claro junto da Direção que não pretende perder qualquer jogador do seu plantel no mercado de janeiro, com o objetivo de manter todos os seus elementos até ao fim da presente temporada desportiva.

No entanto, há alguns jogadores que têm sido alvo de grande cobiça: Viktor Gyokeres, Geovany Quenda, Ousmane Diomande, Morten Hjulmand, Pedro Gonçalves e Gonçalo Inácio. No entanto, todos eles estão blindados com cláusulas de rescisão entre os 100 e os 60 milhões de euros, com a SAD a definir que, ou alguém coloca o valor em cima da mesa, ou nada feito.