
Um pedaço de ouro no caminho das pedras do Sporting
Se há coisa que a vida nos ensina é que o que parece certo, adquirido, rapidamente se transforma num cenário diametralmente oposto.
28 Mar 2020 | 09:44
Uma infra-estrutura da natureza do PJR acabaria sempre por marcar o “reinado” responsável pela sua construção. Não se trata de colchões novos ou relvados remodelados que está em causa.
Celebrou-se há dois dias os cinco anos da data em que foi lançada a primeira pedra do Pavilhão João Rocha (PJR). Momento relembrado no Leonino (LER AQUI) e que coincidiu igualmente com o mesmo dia, mas em 1955, que se iniciaram as obras do antigo Estádio José Alvalade (LER AQUI). Pode parecer uma efeméride sem grande significado, mas a verdade é que num tempo propício à crítica fácil – mas já estafada – ao anterior Conselho Directivo (CD) do Sporting, votado a um autêntico obscurantismo, é preciso recordar a inegável importância que a construção do PJR assumiu no universo leonino. Desde o dia 4 de Janeiro de 2004, data do último jogo realizado na Nave de Alvalade, passaram 13 anos de uma rotina que, certamente, ninguém nas modalidades irá esquecer. Foi um tempo em que se andou com a casa às costas e desde então, 13 anos volvidos até à sua inauguração, não deve ter havido um só candidato que não se tenha comprometido em fazer regressar todas as modalidades a casa, ainda que o número de modalidades tivesse vindo a decrescer. Uma infra-estrutura da natureza do PJR acabaria sempre por marcar o “reinado” responsável pela sua construção. Não se trata de colchões novos ou relvados remodelados que está em causa. A nova casa das modalidades tornou-se numa extensão do próprio estádio, tão relevante como o palco principal do futebol. O ecletismo do Sporting assim o determina, independentemente dos mediatismos que cada uma das modalidades encerra em si mesmas. Erguer tão desejado empreendimento teve ainda um forte contributo de todos aqueles que quiseram e puderam contribuir para que se tornasse realidade, o que também poderá ser aproveitado pelos habituais detratores do anterior CD como sendo um extraordinário facilitador do sonho que se tornou realidade. Uma espécie de ovo de Colombo, que garantia conseguir segurá-lo de pé, sem qualquer apoio, pousando-se de forma mais enérgica e partindo-lhe ligeiramente a base, dando a sustentação que precisava para o efeito. “Ah, assim qualquer um consegue”, terão dito os seus interlocutores. Verdade, mas ninguém o fez. Nascia, então, aquela que seria muito mais do que uma obra de regime. Até porque a sua construção beneficiou o Clube e os atletas que nele trabalham (a jogar ou a treinar), para gáudio de todos os Sócios e adeptos que dele desfrutam, com comunhão com as equipas. Relembro também que na primeira temporada em que o PJR entrou em acção (2017/2018), todas as modalidades foram campeãs nacionais, incluindo o regressado voleibol e o hóquei em patins, títulos que já fugiam, então, há 24 e 30 anos, respectivamente. Foi um registo inédito na história do Sporting (nunca tantas modalidades tinham sido campeãs nacionais em simultâneo) e sabemos lá nós quando voltará a acontecer. Se do ponto de vista desportivo e emocional, a sua relevância está mais do que explicada, já na área comercial e financeira as suas potencialidades estão longe de serem aproveitadas. O PJR é muito mais do que um espaço desportivo e pode (deve!) ser rentabilizado com outro tipo de eventos, sobretudo nas paragens das competições, uma vez que os exigentes calendários e a (felizmente) quantidade de modalidades que lá se praticam deixei pouca ou nenhuma margem de manobra para serem cedidas datas em outras épocas do ano. A obra arquitectónica contempla características que não devem ser descuradas. Por exemplo, a iluminação, inteiramente composta por leds, é totalmente artificial e não há um raio de luz natural que possa interferir nas transmissões televisivas. Também já tinha defendido que se deveria revestir as paredes interiores do pavilhão com homenagens a todos aqueles que elevaram o nome do Sporting ao mais alto patamar, um pouco à semelhança do conceito que se usou no passeio das estrelas. Quanto mais não fosse, o nome de todos os fundadores das secções que usufruem do espaço. E deixo já aqui um nome que, apesar de ainda estar ao serviço do Sporting – o que espero que dure até ao fim da sua carreira! –, merece qualquer homenagem que lhe possa ser feita: Nuno Dias. A ele e a todos os que alcançaram a Glória ambicionada, o meu muito obrigado. Agradecimento extensível a quem tornou o PJR possível. Assim, não há impossíveis.
*O autor escreve sob a ortografia antiga
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