Tudo isto para corrermos atrás dos patrocínios e direitos televisivos. Eu sei, estão todos com a corda no pescoço. Mas por mais que goste de futebol, e gosto, não há condições para o futebol voltar.

“Se o futebol não pode voltar, nenhuma outra atividade o poderá fazer”.

Frase de um Presidente de um clube de Futebol. Um reino à parte neste país.

Isto, depois de começarmos a fazer testes aos jogadores e já alguns acusarem positivo à Covid-19. E se todos os jogadores de um clube acusarem positivo? O Primeiro-ministro (alguém tem que liderar) já decretou: essa equipa perde o jogo por falta de comparência. E é isto o futebol português. O que dizer? Outros países acabaram o campeonato e decretaram os vencedores e os que descem? Devem ser países atrasados, só pode. É que cá, já o fizemos na Segunda Liga. Mas na Primeira, que muda muito por termos estádios de grande nível (Obrigado Euro 2004), não vamos cá adiar aquilo que se pode fazer. O quê? Jogar à porta fechada, pois claro.

Tudo isto para corrermos atrás dos patrocínios e direitos televisivos. Eu sei, estão todos com a corda no pescoço. Mas por mais que goste de futebol, e gosto, não há condições para o futebol voltar. Jogar para cadeiras vazias é o mesmo que tornar isto numa simples obrigação. E não é. Bem sei que é uma indústria. Bem sei que agora no nosso Sporting querem acelerar a venda do clube a privados (que sou contra), mas o desporto vale pelos adeptos. Em todos os sentidos. E sem adeptos, cada golo é jogada fica apenas no arquivo. É curto. Terminem o campeonato já. Ganha quem está em primeiro, desce quem está em último. É o mais próximo da verdade desportiva.