“DI DI DIVANEI!”. Não era, sem dúvida, algo raro de se ouvir em qualquer que fosse o jogo de futsal da equipa do Sporting CP, durante um total de cinco épocas. Não é, também, difícil reconhecer que Divanei foi um dos grandes protagonistas dos dérbies entre Sporting CP e SL Benfica dos últimos anos e uma das figuras que os leões não irão esquecer, por toda a empatia criada e… claro, pelo faro que tinha ao golo.
Aquilo que o atleta de 35 anos defende, agora a atuar pelo Portimonense SC, é que não existe jogo como este. “Esses são os melhores jogos, devido a tudo que se envolve dentro e fora da quadra. É lindo de ver o pavilhão cheio. A rivalidade entre Sporting CP e SL Benfica é muito grande e quem já jogou um dérbi jamais irá esquecer”, começou por dizer, em exclusivo, ao Leonino.
Num momento determinante como este, em que as equipas estão separadas por apenas um ponto – com o SL Benfica na frente – quem vencer pode, muito facilmente, terminar a fase regular em primeiro lugar, mas, para Divanei, não será esse o pensamento que irá na cabeça de cada um dos jogadores: “Sei da força que o Sporting CP tem em casa, por conta dos adeptos, mas quando se trata de um dérbi isso não muda muito. O que vai ser determinante será a vontade de cada jogador dentro de quadra”, disse.
Tendo em conta que no último jogo entre águias e leões o Sporting CP acabou por perder a Taça da Liga, na final, pedimos ao ex-jogador verde e branco para nos falar sobre o que pode isso influenciar esta partida: “São competições diferentes e esse dérbi será só mais um. O que conta é no fim do campeonato terminar com o título na mão. Claro que perder um título, ainda mais para um rival, deita um pouco abaixo a equipa e a confiança. Este dérbi será muito importante vencer para ganhar confiança e para ter a vantagem de decidir em casa, caso terminem em primeiro lugar”, lembrou.
“Os jogos em si já te deixam maluco por conta da rivalidade”
Além disso, Divanei, que já experienciou o tremendo ambiente do Pavilhão João Rocha, comentou o quanto isso é importante para os atletas. Tanto para os da casa, como para os forasteiros, algo que pode desconcentrar: “Os adeptos são o sexto jogador, estão sempre apoiar, a puxar quando as coisas não correm bem e também a cobrar quando é preciso. Nesses jogos, a concentração tem que estar ao mais alto nível, pois qualquer momento pode ser determinante”, sublinhou, continuando: “Os jogos em si já te deixam maluco por conta da rivalidade, o ambiente, a claque cantando sem parar, ainda por cima ter a felicidade de marcar um golo isso é fantástico e marcante na carreira do atleta”.
Em modo de conclusão, Divanei falou sobre o que se tem visto na turma de Alvalade desde que venceu a UEFA Futsal Champions League, não tendo ainda conseguido conquistar um prova interna desde esse momento. “É normal a equipa estar passando por esse momento, saiu alguns jogadores e os que vieram precisam se adaptar a nova realidade, jogar no Sporting CP é diferente. O Sporting CP vive de resultados e quando eles não surgem, algo precisa de mudar”.
A mensagem final, por sua vez, é só uma, assim como o balanço geral: “O Sporting CP só vai ganhar o título quando começar a jogar coletivamente. Tem o melhor plantel, mas o SL Benfica tem sido melhor nos momentos decisivos”, vincou.
De relembrar que as turmas de Nuno Dias e Joel Rocha entram na quadra este domingo, dia 9 de fevereiro, pelas 14h20 e contam com um Pavilhão João Rocha cheio para a disputa da 17.ª jornada da Liga Placard.
