Surreal! Cristiano Ronaldo vale mais.... do que o maior adversário do Sporting

Paulo Cunha, jornalista desportivo, aproveitou o seu espaço no jornal 'A Bola', para escrever um texto de opinião em que aborda a figura de Cristiano Ronaldo, e as suas palavras sobre ser o melhor da história. Fala, ainda, do futuro do futebol português, onde destaca Geovany Quenda. O comentador já tinha falado, anteriormente, do extremo português.

"'O melhor da história? Acho que sim, não vi ninguém melhor do que eu', sentenciou Cristiano Ronaldo, em entrevista ao amigo Edu Aguirre, do canal espanhol La Sexta, a propósito do 40.º aniversário do goleador, celebrado na quarta-feira 5 de fevereiro (...) Concordo com Ronaldo quando se coloca no topo da pirâmide desde que encontre um espacinho para acomodar Lionel Messi no mesmo patamar. Basta isso e não há mais discussão", começou por escrever.

Prosseguiu: "Nas últimas duas décadas, os dois mostraram aquilo que Maradona exibiu durante aquele mês de sombrero e nos tempos de glória — e miséria — em Nápoles. A consistência e o profissionalismo de ambos, jogo após jogo, temporadas a fio, sempre no olho do furacão, são um exemplo para os aprendizes de feiticeiro".

Destacou, depois, Geovany Quenda, do Sporting, bem como o jogador do Porto Rodrigo Mora. Segundo Paulo Cunha, é motivo de destaque o facto de que dois atletas de apenas 17 anos já tenham papel tão importante nas equipas, e desempenhos tão positivos em jogos de alta pressão contra adversários mais experientes.

Terminou, da seguinte forma: "Brilharam na noite do Dragão enquanto Ronaldo, à tarde, assinava o golo 924 em vitória do Al Nassr sobre o Al Fayha, em Riade, primeiro disparo certeiro depois de soprar as 40 velas. Em 2026, algures no Canadá, Estados Unidos da América ou México, Cristiano Ronaldo participará — acredito — no sexto Campeonato do Mundo e tanto Mora como Quenda — acredito muito — estarão lá com ele porque esta Seleção Nacional de Roberto Martínez terá de ser para velhos e novos", rematou Paulo Cunha.

A Saudi Pro League está cada vez mais interessante. O Al Hilal, campeão em título e equipa orientada pelo antigo treinador do Sporting, Jorge Jesus, entrou em campo no último sábado, dia 8 de fevereiro, para defrontar o Damac, em partida a contar para a 19ª. jornada do campeonato saudita. A equipa do técnico português entrou em campo a saber que segundo e terceiro lugar à entrada da jornada já tinham vencido os seus embates.

O jogo começou de forma agridoce para o Al Hilal. A equipa de Ríade viu um golo de Milinkovic-Savic anulado, aos 30 minutos de jogo, mas conseguiu inaugurar o marcador, por Marcos Leonardo, apenas dois minutos depois, num golo que contou com assistência de Ruben Neves. O encontro chegava ao descanso com o golo do brasileiro a separar as equipas.

A segunda parte começou com muita ação: aos 50 minutos de jogo, o Damac chegou à igualdade, com golo de Diallo, após passe de N'Koudou. O AL Hilal reagiu rapidamente e conquistou uma grande penalidade. Ruben Neves assumiu a marcação, aos 59 minutos da partida, mas o português não conseguiu concretizar e as equipas cruzaram a hora de jogo com tudo empatado.

Na última meia hora, espaço ainda para dois golos. Aos 73, Diallo voltou a marcar, com assistência de Kamano, e confirmou a reviravolta do Damac. A melhor reação que o Al Hilal, de Jorge Jesus, conseguiu dar, foi chegar ao golo do empate, aos 77 minutos, por intermédio de Milinkovic-Savic, após passo de Al Dawsari. A equipa de Ríade continuou a tentar mas não voltou a marcar e o jogo terminou empatado.

Devido a esta partida, o Al Hilal perdeu o primeiro lugar da Saudi Pro League, que agora é ocupado pelo Al Ittihad, com 49 pontos, em 19 jogos. Os comandados de Jorge Jesus somam 47 pontos nos mesmos jogos mais seis que o Al Nassr de Cristiano Ronaldo.

Diogo Luís, comentador da CNN, mostra-se completamente rendido à lendária carreira de Cristiano Ronaldo, ao serviço dos vários clubes que representou e da seleção nacional. Ao jornal A Bola, o consultor financeiro desfaz-se em elogios ao desempenho do avançado, recentemente destacado pela Confederação Asiática de Futebol (AFC).

"A minha geração pode ser considerada uma geração de sorte no que diz respeito ao desporto... a dimensão e consistência que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo alcançaram ao longo do tempo é algo assinalável e que dificilmente iremos voltar a ver", disse o antigo futebolista do Benfica, mostrando admiração pelos dois astros.

Sobre o português, Diogo Luís refere que "o caminho de Ronaldo não foi fácil. Exigiu muito dele a todos os níveis. É preciso ser muito forte psicologicamente para ter superado muitos dos obstáculos que teve pela frente", fazendo uma análise ás principais dificuldades que o avançado foi encontrando ao longo da carreira.

"A começar, ainda muito novo, teve de sair da sua zona de conforto para ingressar no Sporting. Aqui teve de enfrentar vários desafios. O primeiro foi estar longe da família. O segundo, a adaptação a uma nova realidade. O terceiro foi a perceção de que os miúdos podem ser cruéis. Acredito que um menino vindo da Madeira, sem grande estrutura familiar, com um sotaque acentuado, deve ter passado por dificuldades adicionais", atirou, recordando a passagem por Alvalade.

Em relação à questão muitas vezes abordadas sobre se o que Cristiano Ronaldo alcançou na carreira foi fruto de talento ou de um árduo trabalho, Diogo Luís é claro: "centrando-me em Cristiano Ronaldo, bastará verem vídeos dele mais novo no Sporting, Man. United ou mesmo Real Madrid para perceberem o talento óbvio que por ali existia".