
Hélder Duarte, atualmente treinador do Ferroviário da Beira e antigo técnico do Black Bulls, clube onde Geny Catamo se formou, considera notável o trajeto do internacional moçambicano – que vai renovar – e dá como exemplo o antigo jogador do Benfica, agora no Atlético de Madrid, Reinildo.
“Veja-se outro talento moçambicano: o Reinildo. Foi para o Benfica, não era o contexto certo, deu um passo atrás e então sim, porque tem muito valor, chegou ao Atlético de Madrid. O Geny esteve no Amora, completou a formação no Sporting, foi emprestado, regressou e está a explodir. Mérito dele, do treinador, do Sporting, sendo que a gestão de carreira, o não queimar etapas, tudo é decisivo”, começou por dizer Hélder Duarte.
“Muitos jovens com talento ambicionam — eles e quem os representa — ir logo para Porto, Benfica ou Sporting, Real Madrid, Man. City, mas com todo o trabalho que eles precisam de fazer em termos físicos, técnicos ou táticos, aliado ao tempo variável de adaptação, é difícil aliar esse trabalho que os grandes clubes podem fazer com a competição que eles precisam para também crescer”, continuou o técnico.
“Há muitos campos na formação que são de areia, capim, irregulares. E há falta de competição em muitas províncias. Só a partir dos 17/18 anos é que há maior competição e algum trabalho mais sustentado, o que é manifestamente tarde. Antes disso, o que há é muito futebol de rua, torneios de bairro, o que também tem fatores positivos, mas onde falta, claro está, o trabalho cuidado e científico de formação”, finalizou Hélder Duarte.
Esta temporada, Geny Catamo – avaliado em 1,5 milhões de euros – contabiliza 13 encontros (516 minutos), tendo marcado dois golos, diante do Olivais e Moscavide e Boavista, e feito duas assistências. O atleta tem sido uma das apostas de Rúben Amorim, apesar de, na última época, não ter contado.










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