Varandas vai inaugurar novo núcleo dos leões no dia do Famalicão - Sporting

Tito Abrantes Fontes, antigo líder do Grupo Stromp, aproveitou a sua coluna de opinião no Jornal Sporting para visar alguns clubes rivais do Sporting. As críticas vieram no seguimento das declarações de alguns comentadores em relação à entrevista que Frederico Varandas, presidente do Clube de Alvalade, concedeu à RTP3.

O autor do artigo começou por lamentar “o modo como apaniguados e comentadores de outras cores futebolísticas” reagiram à entrevista do presidente do Sporting. Frederico Varandas tinha feito várias críticas aos clubes rivais, acusando até Luís Filipe Vieira, antigo presidente do Benfica, de provocar uma “portização” do clube lisboeta, e acabou por ser muito criticado.

Para Tito Abrantes, as críticas são injustificadas, visto que o Sporting não tem “telhados de vidro”. Complementou esta declaração afirmando que "Outros, por sua vez, continuam a confundir-se esgrimindo com hipotéticos 'perdões' de que o Sporting nunca beneficiou… e esquecendo as benesses e prebendas que – eles sim! – foram recebendo dos poderes públicos".

“É, por exemplo, lembrar o facto da CGD, banco público, logo também 'nosso', ter financiado – e como e com que simpáticas condições – o Benfica (desde logo o Seixal) e o Porto (o Dragão Caixa!)! E se ter 'esquecido' de conceder iguais empréstimos ao Sporting. É também recordar as benesses que o Porto teve e continua a ter para usar a seu belo prazer um bem do erário público… o Olival! E ainda as benesses que a CM Lisboa deu ao Benfica em termos de terrenos para a construção do novo estádio".

A terminar, Tito Abrantes Fontes fez o contraponto, falando sobre a realidade do Clube leonino: “Já no Sporting comprámos e desenvolvemos com o nosso 'dinheirinho' a nossa Academia, em Alcochete! E quanto ao Estádio José Alvalade não beneficiámos dos favores da CM Lisboa", concluiu.

Bruno Prata comentou a entrevista de Frederico Varandas ao programa "Trio d’ Ataque". Ao jornal Record, o jornalista elogiou o Presidente do Sporting e descreve o líder máximo do emblema verde e branco como alguém que "tem defendido a justiça e a transparência no desporto".

"Varandas procura romper com os paradigmas estabelecidos no desporto nacional, tanto na gestão desportiva como na defesa da integridade e transparência no futebol. Desde a sua eleição em setembro de 2018, tem demonstrado um firme compromisso com a modernização do clube, a profissionalização do futebol e uma postura enérgica contra as práticas ilícitas que assolaram o desporto em Portugal", começou por escrever.

"Hoje, o Sporting consegue pagar 20 milhões de euros pelos seus reforços", afirmou, sublinhando o contraste com o passado. Recordou o momento em que o Rio Ave exigiu garantias bancárias para a transferência de Nuno Santos, destacando as dificuldades financeiras que o clube enfrentou. O jornalista também enfatizou a importância de manter "um dos melhores treinadores do mundo", referindo-se a Rúben Amorim, e abordou a solução para a saída de Hugo Viana.

“A presidência de Varandas começou num dos períodos mais turbulentos da história recente do Sporting, após o ataque à Academia de Alcochete e a destituição de Bruno de Carvalho”. O Presidente do Sporting disse, na entrevista para a RTP: "Tive de tomar decisões difíceis e impopulares", reconheceu, mencionando a necessidade de reestruturar o clube. Apesar das críticas sobre a sua comunicação, Varandas conseguiu estabilizar as finanças e levar o Sporting a conquistar o campeonato nacional em 2020/21, quebrando um jejum de 19 anos.

“O seu modelo de gestão é baseado na sustentabilidade e na aposta na formação e referiu que a contratação de Rúben Amorim foi um "ato cem por cento racional" por parte de Frederico Varandas, pois a valorização de jogadores como Matheus Nunes justificou o investimento. Também tem trabalhado no reforço do ‘scouting’ e na melhoria do património do clube, demonstrando uma visão clara para o futuro,” acrescentou o jornalista.

No entanto, as declarações de Varandas sobre a corrupção no futebol português capturaram a atenção de Bruno Prata. O jornalista destacou que "é preciso pôr os nomes aos bois", referindo-se ao processo judicial em curso que envolve Luís Filipe Vieira. Embora tenha considerado "muito positiva" a mudança de gestão no Porto, não hesitou em criticar a falta de ética de figuras como Pinto da Costa. “Varandas tem defendido a justiça e a transparência no desporto, reconhecendo também que o próprio Sporting teve momentos de desvio dos seus valores”, concluiu.

Foi na passada segunda-feira, dia 21 de outubro, que José Manuel Antunes, antigo vice-presidente do Benfica, falou com a ‘Rádio Renascença’ e acabou por tecer algumas críticas a Frederico Varandas. Recorde-se que o Presidente do Sporting se havia ’atirado’ às águias na entrevistas concedida na véspera, à RTP3.

"Em vez de falar dos méritos do seu clube, que são alguns, perdeu 90% da entrevista a falar do Benfica. É um complexo de inferioridade e é, sobretudo, triste e lamentável que o Sr. Varandas se esqueça de que tem lá 20 milhões [de euros] que provieram, alegadamente, do roubo a um banco, da questão das VMOCS, em que o Sporting foi beneficiado em milhões de euros, e do caso do 'cashball', que é um caso que não foi nada transparente”, começou por dizer José Manuel Antunes.

“O Sporting tem tanto telhado de vidro, que é preciso ter uma lata descomunal para vir falar do Benfica (...). Isso é tão ridículo. Toda a gente ouviu as escutas do Apito Dourado, toda a gente sabe que são jogos concretos, árbitros concretos, factos concretos", prosseguiu o ex-vice-presidente dos encarnados.

“Este processo do Benfica é um monte de suposições em que não há nada de concreto, não há um jogador acusado de ter facilitado o Benfica, não há um resultado que seja dado como tendo sido viciado e a questão da Vitória de Setúbal é completamente ridícula. É tudo tão falacioso, quando comparado com o Apito Dourado, que essa comparação não tem ponta por onde se pegue”, rematou.

O emblema verde e branco volta a entrar em campo já esta terça-feira, dia 22 de outubro, frente ao Sturm Graz, em jogo relativo à terceira jornada da prova milionária. O encontro diante da turma liderada por Christian Ilzer a jogar-se-á às 20h00, na Áustria.