Depois de época desastrosa, Sporting vence Porto e conquista Supertaça

No dia 22 de junho de 1941, o Sporting ergueu o primeiro título da Taça de Portugal na sua história depois de derrotar o Belenenses na final. O conjunto verde e branco venceu os azuis do restelo por 4-1. Os golos leoninos foram de João Cruz (36’, 48’ e 53’) e Fernando Peyroteo (79’), um dos nomes históricos dos leões.

Joseph Szabo, mítico treinador do Sporting, alinhou com Azevedo, Octávio Barbosa, Álvaro Cardoso, Gregório dos Santos, Aníbal Paciência, Manuel Marques, Adolfo Mourão, Manuel Soeiro, João Cruz, Armando Ferreira e Fernando Peyroteo. Já Artur José Pereira, técnico do Belenenses, avançou para campo com Salvador Jorge, José Simões, António Feliciano, Óscar Tellechea, Francisco Gomes, Mariano Amaro, Varela Marques, Bernardo Soares, Gilberto Vicente, Rafael Correira e Horácio Tellechea.

A partida histórica

O golo inaugural da partida surgiu já bem perto do final da primeira parte. Aos 36 minutos, João Cruz, que seria a grande figura do encontro, fez o primeiro golo do Sporting na final da Taça de Portugal, levando os verdes e brancos em vantagem para os balneários, fator que viria a ser muito importante. 

Depois da pausa para descanso, as equipas voltaram ao jogo com o Sporting a dominar. Só se tinham passado três minutos da segunda parte e o mesmo nome voltaria a aparecer na ficha de jogo. João Cruz colocou a bola no fundo das redes defendidas por Salvador Jorge, guardião dos azuis do Restelo, aos 48', chegando ao 2-0 na partida.

O hat-trick inesquecível

Se um bis não bastava, então o suspeito do costume foi ao hat-trick e tornou-se na grande figura da partida. O Sporting viu João Cruz fazer o 3-0 aos 53 minutos de jogo e os adeptos foram à loucura. O craque dos leões estava a ter um desempenho impressionante na final da Taça de Portugal. 

O Belenenses ainda reagiu, por intermédio de Gilberto Vicente, aos 54', mas já pouco havia a fazer. Fernando Peyroteo, avançado histórico do Sporting, ainda colocou a cereja no topo do bolo e fechou o placar com o 4-1 aos 79'. Desta forma, os leões levantaram a primeira Taça de Portugal da sua história.

O caminho até à final

O percurso dos leões na prova rainha em 1941 mostrou sempre um grande domínio. Nas oitavas de final, o Sporting ultrapassou o Seixal, com um agregado que terminou 2-7. Nas quartas, o Vitória de Guimarães foi humilhado com uma soma de resultados a culminar num 16-2 para os verdes e brancos. Os Unidos de Lisboa foram o adversário nas meias-finais e o Clube de Alvalade, mais uma vez, não perdoou, conseguindo a passagem à grande decisão por 11-2.

No dia 23 de junho de 2013, o Sporting arrancou a vitória ao Benfica no quarto jogo do playoff a contar para a final do Campeonato Nacional de Futsal e voltou a sagrar-se campeão - troféu que pode erguer em 2024/25 - pela 11.ª vez na sua história. Depois de uma primeira fase destruidora dos leões, a equipa de Alvalade continuou a mostrar que estava em forma ao erguer o título após vencer o eterno rival, por 3-1, na quarta partida da grande decisão.

As alterações iniciais

O Sporting anunciou dois grandes reforços para atacar a época 2012/13 da melhor forma possível. Um deles foi Divanei, vindo do CSKA de Moscovo, da Rússia, uma transferência que trouxe algum entusiasmo para os adeptos. O outro nome novo no plantel foi o de Nuno Dias, que assumiu a liderança técnica da equipa leonina.

Com estas mexidas no início da época, a equipa liderada pelo recém-chegado Nuno Dias avançou para a temporada 2012/13 com João Benedito, Cristiano, Gonçalo Portugal, Caio Japa, Divanei, Pedro Cary, Deo, Paulinho, João Matos, Alex, Djô, Marcelinho, Miguel Ângelo, Nini, Leitão e André Galvão.

Fase regular impecável

Na fase regular do Campeonato Nacional de Futsal, o Sporting atingiu um novo recorde, de 75 pontos. A turma de Alvalade perdeu apenas por uma vez (Rio Ave, 3-1). Além disso, o Clube verde e branco também conseguiu outra marca histórica, a maior diferença de pontos para o segundo classificado desde que existem os play-off, com 16 pontos de distância para o Benfica.

No play-off, a turma de Nuno Dias demonstrou toda a sua qualidade. O Sporting começou por bater o Modicus, por 2-0, com triunfo fora de portas por 6-2 e vitória caseiro por 8-0. Nas meias-finais, diante do Fundão, os verdes e brancos conseguiram mais dois triunfos (6-1 e 6-2) e marcaram encontro na final com o eterno rival. 

Nos jogos decisivos, o Sporting enfrentou o Benfica e mostrou domínio total. Com vitórias por 5-1 e 4-2, no jogo 1 e 3, respetivamente, os leões só tinham perdido um jogo nesta fase final, na segunda partida, que foi decidida através das grandes penalidades. Desta forma, o Clube de Alvalade 'só' precisava de vencer o quarto jogo no reduto do eterno rival para se sagrar campeão nacional.

Os golos vencedores

As coisas não podiam ter corrido melhor para os leões. Na quarta partida, o Sporting venceu por 3-1 e pôde comemorar o 11.º título de campeão nacional da sua história. Os golos dos verdes e brancos no confronto frente ao Benfica foram de Alex (4’), Marcelinho (29’) e Caio Japa (40’). Nenê fez o tento das águias.

Os adeptos do Sporting viram a época 2012/13 acabar da melhor forma possível, porque, além do título de campeão nacional, os leões também conquistaram a Taça de Portugal (triunfo por 7-1 frente ao Braga, na final) e assim puderam celebrar a terceira dobradinha da história na modalidade em que o leão é o rei da selva.

O Sporting - que pode festejar o penta em 2024/25 - sagrou-se tricampeão nacional de Futsal no dia 21 de junho de 2023, feito que repetiu pela terceira vez na sua história e a segunda sob o comando de Nuno Dias. Para erguer o título, os leões tiveram de derrotar o Benfica por 1-2 após prolongamento no quarto jogo dos playoffs finais.

Nas habituais alterações ao plantel no início de cada temporada, em 2022/23, o Sporting não falhou. De todas pode sublinhar-se a entrada de Sokolov, vindo do Sinara Yekaterinburg da Rússia e as saídas de Cardinal, Waltinho e Caio Ruiz, que foram figuras de outros títulos leoninos.

Plantel glorificado

A equipa treinada por Nuno Dias avançou para a época 2022/23 com Guitta, Bernardo Paçó, Gonçalo, G. Cintra, Tomás Paçó, João Matos, Abel Vaz, Duarte Correia, Erick, Bruno Maior, Cavinato, Pany Varela, Merlim, Diogo Santos, Pauleta, Miguel Ângelo, Diogo Silva, Sokolov, Esteban, Tiago Macedo, Zicky, Hugo Neves e Pedro Santos.

Organização diferente

O Campeonato Nacional tinha sido dividido em duas fases, com a final do play-off a ser disputada à melhor de cinco jogos. A verdade é que na última eliminatória, o vencedor ficou decidido em quatro partidas, nas quais o Sporting conseguiu triunfar em três com grande distinção.

A fase regular do Campeonato Nacional apresentou, pela primeira vez, apenas 12 conjuntos a participar, com os jogadores leoninos a fazerem um percurso tranquilo ficando em primeiro lugar da tabela e registando o maior número de golos marcados na competição.

Na segunda fase, o Sporting fez um caminho até à final exímio. Os jogos decisivos já trouxeram uma dificuldade maior à conquista do troféu, com a exceção da primeira, em que os leões conseguiram superiorizar-se ao eterno rival, vencendo por 5-1 no Pavilhão João Rocha.

Na final ficam duas notas de registo, o golo superlativo de Zicky no terceiro jogo e Pauleta, claramente o homem da final, marcando em cada um dos quatro jogos e atingindo um total de cinco golos. Os encarnados tentaram adiar a decisão para o quinto jogo, mas o triunfo dos leões foi inevitável com a vitória fora de casa por 1-2.