Adaptação de Zeno Debast sob fogo: "Sporting tem de ter jogadores preparados e que..."

Rui Borges decidiu dar descanso ao plantel do Sporting e Jeremiah St. Juste aproveitou estas folgas para viajar até Marum, cidade holandesa na qual iniciou o seu percurso como jogador de futebol. O motivo, no entanto, foi agora conhecido.

O central deu nome a um campo de futebol nesta zona, tendo o mesmo sido inaugurado no passado dia 23 de janeiro. Por não ter conseguido, nessa altura, marcar presença no local, St. Juste fê-lo assim que conseguiu, mais de um mês e meio depois, com as fotografias a serem partilhadas nas redes sociais.

"Honrado", escreveu, somente, o jogador, numa imagem em que surge precisamente a olhar para o seu nome na arena. Despercebido não passou, no entanto, o pormenor de não ter sido utilizada nenhuma fotografia de St. Juste com a camisola do Sporting, ainda que outras com as camisolas de ex-clubes e da seleção não tenham faltado.

Com vários problemas físicos esta época, St. Juste já falhou 17 jogos. Uma vez que o contrato acaba em 2026, não há, para já, qualquer intenção de manter o defesa no Clube e a saída, no próximo verão, já tinha sido noticiada pelo nosso Jornal, num Exclusivo Leonino, no passado dia 30 de janeiro.

Esta temporada, com a camisola do Sporting, St. Juste – avaliado em 8 milhões de euros – leva 19 encontros: oito na Liga Portugal Betclic, seis na Liga dos Campeões, dois na Taça de Portugal e três na Taça da Liga. Ao todo, o defesa-central contabiliza 972 minutos, não tendo marcado qualquer golo ou feito qualquer assistência.

Veja, abaixo, a fotografia que mostra St. Juste em Marum:

Rui Dias, jornalista do jornal Record, escreve um novo artigo de opinião e, desta vez, focou-se no avançado do Sporting Viktor Gyokeres, que diz ser um "tanque com motor de Fórmula 1", devido ao seu enorme impacto criado desde que chegou a Alvalade.

Apesar dos elogios, o jornalista começa por dizer que a Gyokeres "falta o génio de Jonas e Falcão, ou mesmo a classe de Jackson; o jogo de cabeça de Jardel e a malandrice de Liedson; o tiro de Cardozo e a subtileza de Taremi", prosseguindo depois com enormes elogios: " O sueco é um avançado demolidor, que cumpre todas as obrigações perante o jogo: é a solução mais procurada pelos companheiros (disponibilidade total), constitui ameaça para os adversários (é sempre intimidatório) e a estrela de um espetáculo que vive na perpétua busca de heróis. O seu futebol é caracterizado por tremenda dimensão física, pelo modo como utiliza o corpo na proteção da bola e na luta com os defesas, e pela velocidade na fuga aos marcadores que, ao mesmo tempo, o aproxima da baliza".

"Gyökeres é um tanque de guerra com motor de Fórmula 1, para quem a grande área é pequena para a sua dimensão futebolística. O conceito de distância é relativo. Esteja onde estiver, quando desperta os sentidos para o golo, pode atingir os 200 km/h, mesmo em zonas povoadas, prova de que a excelência da condução lhe permite ser imparável até em engarrafamentos. Não tem vida para desperdiçar tempo precioso à espera de um instante, que pode ou não surgir, para ser mortífero; é sóbrio e autêntico, não especula, não engana", acrescentou.

Rui Dias considera, ainda, que Rui Borges tem à sua disposição um dos melhores avançados das últimas décadas: "No último meio século, o futebol português não teve outro avançado tão preciso a conjugar elementos diversos como generosidade, dispersão funcional e eficácia; que se desgasta a dar linhas de passe ao portador da bola, sugerindo o ataque à profundidade".

Viktor Gyokeres – avaliado em 75 milhões de euros – leva 38 encontros com a camisola do Sporting: 23 na Liga Portugal Betclic, oito na Liga dos Campeões, quatro na Taça de Portugal, três na Taça da Liga e outro na Supertaça Cândido de Oliveira. Nos 3.072 minutos em que esteve em campo, o sueco marcou 37 golos e fez sete assistências.

O Sporting viveu, recentemente, um período muito complicado, com muitos jogadores entregues ao departamento médico do Clube. Ainda com bastantes baixas, Rui Borges vai tentando encontrar soluções. Tonel, antigo jogador dos leões, concedeu uma entrevista ao 'Desporto ao Minuto', onde falou do momento do Sporting, e abordou a falta de soluções no meio campo.

"Nesta fase agora é possível percebermos que se calhar podiam ter contratado um médio, mas na altura, e com todos os jogadores para esse setor disponíveis, via-se um excesso de médios. Infelizmente para o Sporting este setor foi muito afetado por lesões. Nesta altura até se pode dizer que o João Simões faz muita falta quando há três meses ele não fazia parte do plantel principal", começou por dizer

Lembrou, de seguida, um dos trunfos de Rui Borges para o meio do terreno: "É um setor que está mais debilitado, mas há um jogador que tem sido essencial neste meio-campo, que é o Debast. É um central, mas tem vindo a ajudar e muito o Sporting e adaptou-se muito bem nesta posição", explicou.

Por último, abordou o momento atual do Sporting, a nível desportivo. As lesões não têm facilitado o trabalho de Rui Borges, tal como a sequência de jogos com poucos dias de descanso. A eliminação da Liga dos Campeões traz mais tempo para trabalhar, e a segunda vitória consecutiva, pela primeira vez, pode ser um tónico para o que falta da temporada.

"Ajuda sempre a dar mais confiança, ainda para mais numa fase de dificuldades e com muitos jogadores lesionados. Ganhar num clube grande como o Sporting é normal. O que não é normal é estar há algum tempo sem ganhar dois jogos consecutivos. Ganhou dois jogos, mas no fim de semana há uma deslocação dificílima ao Casa Pia. É mais um teste de fogo que vai colocar um Sporting debilitado à prova", rematou Tonel, antigo defesa central do Sporting.