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ADVOGADA COMENTA AGRESSÃO A ADEPTOS DO SPORTING: “DEVERIAM FAZER UMA INVESTIGAÇÃO INTERNA”

Membro da justiça aborda situação que remonta a dezembro de 2023

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Numa situação que teve lugar antes do encontro Clássico frente ao Porto, no dia 18 de dezembro de 2023, vários adeptos do Sporting foram alvo de uso excessivo e desproporcional de força por parte da Polícia de Segurança Pública (PSP). Neste sentido, a advogada de defesa dos queixosos, Maria Inês Mota, deu conta ao jornal Record que “alguns dos ofendidos tiveram de ser medicamente assistidos no hospital”.



A causídica refere ainda que a Associação Portuguesa de Defesa do Adepto “constituiu-se assistente no processo-crime” e contextualiza a situação: “Os adeptos estavam a conviver num café, em clima de festa. Foram surpreendidos, sem motivo aparente, por uma carga policial que, desenfreada e indiscriminadamente, começa a disparar balas de borracha contra as pessoas e a desferir inúmeros golpes de cassetete em adeptos que tentavam dispersar da multidão, assustados, perante pessoas mais velhas e crianças”.


Sem qualquer dúvida que seja necessário “apurar e responsabilizar os autores de um grave episódio de violência”, a advogada espera uma tomada de posição por parte da Polícia. “Deveria existir uma investigação interna por parte da PSP para apurar os agentes autores dos crimes em questão, já que é impossível aos adeptos ofendidos procederem à identificação, ainda que através de prova por reconhecimento, atendendo a que os agentes envergavam gorros tipo balaclava. Os agentes e os responsáveis pela ordem de carga policial devem ser responsabilizados não só pelos danos físicos como pelos danos morais causados, tendo já os ofendidos e a APDA peticionado o afastamento destes profissionais dos cargos”, destacou.


Vale salientar que, por outro lado, o Comissário da PSP, Artur Serafim, não corroborou com esta versão da história, apontando mesmo para uma perspetiva diferente dos acontecimentos: “Ali na Rua António Stromp onde nos colocamos em todos os jogos para prevenir qualquer tipo de conflito, tivemos uma situação em que adeptos do Sporting estavam a cortar a Alameda das Linhas de Torres para a referida Rua António Stromp, tendo sido arremessados artigos de pirotecnia”, começou por dizer o responsável em declarações aos órgãos de comunicação social.

“O indivíduo que foi atingido tentou ir ao encontro dos outros e nós intervimos de forma preventiva. O que aconteceu foi que os adeptos do Sporting que ali se encontravam começaram a arremessar cadeiras e pedras contra os polícias e houve necessidade de uma intervenção”, concluiu o profissional.


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