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O Sporting ficou a saber, na última quarta-feira, dia 17 de dezembro, que está proibido pela UEFA de vender bilhetes para o último jogo da fase regular da Liga dos Campeões, frente ao Athletic Bilbao, que está marcado para dia 28 de janeiro. A decisão em causa está relacionada com os incidentes ocorridos na mais recente jornada da competição, em Munique.

No caso, o castigo conhecido recentemente resulta de dois ilícitos praticados pelos adeptos do Sporting na Allianz Arena: o arremesso de objetos e a deflagração e arremesso de pirotecnia. O próprio Clube de Alvalade já lançou um comunicado sobre o tema, lembrando que esta "execução se encontrará provisoriamente suspensa pelo período de dois anos sob a condição de não se verificarem incidentes da mesma natureza nos próximos jogos da competição".

Ainda na mesma nota, publicada no site oficial, "o Sporting reitera o apelo ao comportamento responsável, reforçando que um novo incumprimento poderá ter repercussões financeiras e disciplinares ainda mais significativas para o Clube", até porque os leões ainda têm mais um jogo em casa nesta fase da competição, frente ao PSG, a 20 de janeiro de 2026.

Para concluir, o Clube de Alvalade deixa um apelo aos adeptos, lembrando que "as ações individuais têm, inevitavelmente, repercussões para todos. Somos todos Sporting e é dever de todos zelar pela segurança e pelo futuro da instituição".

O mesmo jogo em Munique - que os leões perderam, por 3-1 - também resultou em castigos para o Bayern, devido ao bloqueio de zonas de passagem no estádio e pela deflagração de pirotecnia. Desta feita, o CEBD ordenou o fecho parcial dos quatro setores da Allianz Arena na próxima partida dos bávaros em casa, que terá lugar a 21 de janeiro, frente ao Union St. Gilloise. O órgão disciplinar da UEFA multou o emblema germânico em 46 mil euros e decretou nova pena suspensa que pode levar ao fecho parcial do recinto, em concreto de todo o Topo Sul do mesmo.

Luis Suárez e Fotis Ioannidis podem vir a integrar o onze inicial do Sporting frente ao Santa Clara, numa aposta de Rui Borges que não implica alterações táticas, mas que introduz uma nova dinâmica no ataque leonino. Perante as várias ausências no plantel, o treinador tem vindo a trabalhar o internacional grego numa solução pelo corredor esquerdo, testada durante alguns minutos na goleada por 6-0 ao AFS, no passado sábado.

Na antevisão do encontro, Rui Borges comentou essa possibilidade, sublinhando que Ioannidis “não está no melhor momento físico”, mas elogiando a sua disponibilidade para assumir novas funções. “É um jogador que nos dá muitas coisas boas, pelas suas características individuais. Acima de tudo, fico feliz por ver no dia-a-dia um crescimento físico e de confiança depois da lesão. Está disponível”, afirmou, sem revelar as opções finais.

A inclusão de Ioannidis no onze permitirá ao Sporting manter uma dinâmica ofensiva assente em constantes trocas posicionais no trio que atua nas costas de Luis Suárez. O ex Panathinaikos já demonstrou conforto a atuar na zona habitualmente ocupada por Francisco Trincão, podendo criar desequilíbrios e baralhar a organização defensiva do Santa Clara.

Outra solução em cima da mesa passa por Alisson Santos no flanco direito, posição que ainda não ocupou desde que chegou a Alvalade, mas onde já atuou noutras fases da carreira. Sem Pote e Geny Catamo, ausentes por motivos distintos - lesão e CAN -, Rui Borges procura responder às limitações com soluções internas.

Na defesa, deverá manter-se Maxi Araújo, regressando ao quarteto recuado. Frente ao AFS, o internacional uruguaio foi utilizado numa posição mais adiantada e assinou um bis, mostrando capacidade para fazer todo o flanco. No entanto, perante um adversário mais exigente, Rui Borges valoriza a maior solidez defensiva e a capacidade de subida que este oferece em comparação com Ricardo Mangas e Matheus Reis.

O Supremo Tribunal Administrativo (STA) rejeitou o recurso apresentado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) no processo que diz respeito a Conrad Harder, colocando um ponto final num caso que se arrastava desde a época passada.

O internacional dinamarquês, atualmente ao serviço do Leipzig, tinha sido expulso no final do encontro entre Santa Clara e Sporting, relativo à última edição da Liga Portugal Betclic, jogo que os leões venceram por 1-0. Harder viu o cartão vermelho já depois do apito final, na sequência de uma celebração em que gritou a expressão “Yeah”, conforme ficou registado no relatório do árbitro Cláudio Pereira.

Com base nesse relatório, o Conselho de Disciplina (CD) aplicou um jogo de castigo ao avançado, impedindo-o de alinhar na jornada seguinte, frente ao Moreirense, partida que o Sporting acabou por vencer, por 3-1, em Alvalade. No entanto, devido à demora do CD em proferir uma decisão definitiva, o Clube de Alvalade ficou impossibilitado de recorrer atempadamente ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) para solicitar a suspensão do castigo através de uma providência cautelar.

Ainda assim, e por uma questão de princípio, o Sporting decidiu avançar para a via judicial. A estratégia revelou-se vencedora do ponto de vista jurídico, já que todos os tribunais chamados a pronunciar-se acabaram por dar razão aos leões.

Com a decisão agora tomada pelo STA, que rejeitou o recurso da FPF, revela o jornal Record, o processo fica definitivamente encerrado, confirmando a posição do Sporting. Trata-se, porém, de uma vitória meramente moral, uma vez que o prejuízo desportivo causado pela ausência de Harder frente ao Moreirense é irreversível.