Ex capitão do Benfica diz que Gyokeres não quer saber por quanto é que é vendido pelo Sporting

Pedro Sousa e Vítor Pinto tiveram uma discussão acalorada sobre o futuro de Viktor Gyokeres - que está em conversas com o Arsenal - Os dois comentadores acabaram por se exaltar em direto quando falavam sobre o próximo destino do goleador do Sporting.

Vítor Pinto: "Tu consegues falar dois dias seguidos sobre uma transferência e não dizes qual é o valor"

Durante o programa Record na Hora, em direto para o Now, os dois intervenientes causaram um momento televisivo, fazendo com que uma conversa sobre o sueco dos leões passasse a ter conotações mais pessoais, através de Vítor Pinto: ”Pedro, tu és um dos maiores especialistas de mercado de Portugal e da Europa, tu consegues falar dois dias seguidos sobre uma transferência e não dizes qual é o valor que o clube está a pedir”.

“Vamos lá acabar com este circo. Há acordo de cavalheiros porque Frederico Varandas está a respeitar o que disse e não vai exigir 100 milhões de euros. Agora, ele próprio disse que Gyokeres nem que tenha tido conhecimento diferido, existe uma relação de confiança entre o Gyokeres e o Hasan Çetinkaya. Mas disse, ‘eu não sei se vai sair por 60M, por 40M ou por 80M’”, acrescentou o subdiretor do jornal Record.

Vítor Pinto:" Eu não consigo perceber qual é o modelo de negócio que o Sporting que aplicar"

De seguida, Vítor Pinto questiona Pedro Sousa sobre o modelo de negócio do Sporting, neste caso em particular: ”Tu és muito rigoroso na forma como o mercado é abordado por parte de todos os envolvidos e eu não consigo perceber qual é o modelo do negócio que o Sporting quer aplicar a uma eventual transação do Viktor Gyokeres. Por exemplo, tu dizes várias vezes que se ele saísse por 60 milhões não era o jogador mais caro do Sporting. Por acaso é, porque o Bruno Fernandes saiu por 55M”

Pedro Sousa não se conteve e respondeu ao subdiretor do jornal Record, da mesma forma: ”Tu tens de pontualizar. Tu dizes as coisas em catadupa. Eu disse várias vezes ‘Bruno Fernandes à data de hoje’. Se os 60M mais 10M, se 8 dos 10 forem golos de cabeça do Gyokeres, fica em 62M. Calma lá, Vítor”.

Confira, abaixo, o momento em questão:

Rui Barreiro defendeu Frederico Varandas e admitiu concordar com a postura apresentada pelo dirigente máximo do Clube de Alvalade sobre a polémica com Hasan Çetinkaya, agente de Viktor Gyokeres, a propósito da eventual venda do goleador sueco.

Rui Barreiro: "Acredito que Frederico Varandas defendeu os interesses do Sporting"

"Acredito que Frederico Varandas defendeu os interesses do Sporting. Considerando a cláusula, que é sempre um valor indicativo, mas se esta existe, a posição do Sporting deve ser aproximar-se o mais possível desse valor dos 100 milhões de euros", começou por explicar o militante do PS, em declarações ao 'Notícias ao Minuto'.

Revelou, depois, o que seria um bom negócio para os leões: "Eu tenho dificuldade em responder a essa questão, porque para mim, quanto mais perto da cláusula, melhor e julgo que do ponto de vista do Sporting também, que é o que faz sentido. Se foi admitido que não faria 'pisa pé à cláusula, portanto todo o valor perto da cláusula - e já foram alguns inventados, como os 80 milhões de euros -, como 80 milhões de euros mais 10 por objetivos seria bastante bom, um ótimo negócio para o Sporting".

Rui Barreiro: "Ninguém obrigou o jogador e o seu representante a assinar um contrato com aquela cláusula"

"Eu espero é que, de facto, o Sporting seja intransigente naquilo que são os interesses do clube. Ninguém obrigou o jogador e o seu representante a assinar um contrato com aquela cláusula", atirou, de seguida, Rui Barreiro, questionando Viktor Gyokeres sobre o vínculo que contratualizou com os verdes e brancos.

Para terminar, desejou que tudo acabe... em paz: "Percebemos que os agentes também tenham a sua agenda e, para mim, Gyokeres é um jogador que foi importantíssimo no Sporting e não podendo continuar a sê-lo, espero que saia a bem. Eu acho mais difícil [a continuidade de Gyokeres no Sporting], mas pessoalmente, se fosse possível, não ficava nada desagradado".

Nuno Paralvas abordou a polémica recente entre Sporting e Viktor Gyokeres e dá razão a Frederico Varandas. O jornalista comentou as palavras do dirigente máximo do Clube de Alvalade e refere que o mesmo sai por cima no bate-boca com o agente do sueco.

Nuno Paralvas: "Palavras de Frederico Varandas? Foi, claramente, uma vitória numa batalha cujo fim é impossível de prever"

“A intervenção de Frederico Varandas, no Museu Sporting de Leiria, para explicar o que se está a passar com Viktor Gyokeres e respetivo agente foi, claramente, uma vitória numa batalha cujo fim é impossível de prever. O presidente dos leões não só foi capaz de serenar eventuais ânimos agitados de adeptos incomodados com o que foram sabendo, como também marcou posição antes de novas conversas com empresário e avançado sueco”, escreveu no seu espaço de opinião no jornal A Bola.

De acordo com o jornalista, a intervenção do Presidente do Sporting foi vencedora: ”Frederico Varandas percebeu, como outros deveriam ter percebido, que está em vantagem sempre que fala e, neste caso, só teve a ganhar ao ser claro e transparente. Revelou detalhes das negociações sem comprometer o clube nem Gyokeres ou o empresário dele”.

Nuno Paralvas: "Frederico Varandas? Disse para destinatários óbvios que não está para aturar ameaças, chantagens e ofensas"

“De forma simples e compreensível para todos. E disse, para destinatários óbvios, que não está para aturar ameaças, chantagens e ofensas. Acusou que o agente está a fazer um jogo que só piora a situação, numa prova de que se sente preparado para o conflito. Já se percebeu que o caldo está entornado. E, aqui chegados, difícil é perceber como será resolvida a situação. Quando um jogador mete na cabeça que quer sair é, quase sempre, isso que acontece”, acrescentou.

Para terminar o tema, Nuno Paralvas não está convencido que Gyokeres tenha sido desrespeitado por Varandas, tal como afirma o seu agente: ”Também fica difícil acreditar que empresário e avançado sintam que não está a ser respeitado um compromisso sem que esse tenha existido, por exemplo na forma de promessa falada. Ou que de repente se lembrem daqueles valores em concreto. Impossível já é acreditar que alguma coisa se tenha perdido na tradução.”.