Graça Freitas, diretora-geral de Saúde, indicou que o jogo entre o Sporting CP e o Gil Vicente FC, da primeira jornada da Liga NOS, encontra-se em risco. Contudo, a decisão da realização deste jogo pertence à autoridade de saúde local.
“A responsabilidade por avaliar localmente as condições que existem para um jogo se realizar, ou não, é da autoridade de saúde local. Se a decisão for difícil, a autoridade de saúda local pode reunir com a regional e a regional com a nacional e tomarmos a decisão em conjunto”, começou por dizer.
“Este caso é totalmente diferente do panorama habitual da 1.ª liga. Quando acontecia, era um caso, um jogador ou elemento da equipa técnica que estava infetado. Nesta situação estamos a falar de surtos e portanto, dentro de cada equipa, vamos ter pessoas divididas em vários grupos. Vamos ter os positivos, que obviamente não vão jogar porque são doentes e estão em isolamento. Depois, podemos ter outro quadrante de pessoas que estão em quarentena porque foram contactos de alto risco e ainda outros jogadores noutro grupo que, ou não foram contacto e estão a fazer a sua vida normal, ou foram contactos de baixo risco. Isto é uma situação complexa. Neste momento, o que posso dizer que os meus colegas que acompanham as duas equipas estão a fazer tudo para ver se há condições que a 1.ª Liga se inicie quando está programada. Dito isto, se houver, é o adiamento do jogo. Isto, se não for de todo possível. Não é parar a 1ª Liga. Os outros jogos vão continuar a realizar-se. Mas esta análise é complexa, dado o número de pessoas envolvidas ironicamente nas duas equipas. Estamos a acompanhar de perto esta situação, mas a decisão será sempre da autoridade de saúde local (Lisboa)”, continuou a diretora-geral de saúde numa explicação detalhada e exclusiva ao próximo jogo de ambas as equipas e o seu primeiro oficial.
Por fim, Graça Freitas abordou também um tema de grande interesse aos leões. Em causa está a diminuição de dias em período de isolamento de 14 para 10. À semelhança do que se faz noutros países como Espanha ou França.
“De facto, os dez dias são consensuais para casos positivos porque é mais fácil seguir o percurso de alguém que fez um teste do que acompanhar um contacto de um positivo. Começa a haver algum consenso à volta dos 10 dias, o que seria uma ótima notícia porque se encurtaria dos 14 para os 10 dias. Mas temos que ser cuidadosos para não aumentar o risco”.
Recorde-se que, até à paragem dos jogos entre clubes para entrarem as seleções nacionais, o Clube verde e branco tem três jogos marcados que podem-se tornar em quatro, caso passem a 3.ª pré-eliminatória de acesso à Liga Europa e caso esta diminuição de dias exista e os jogadores estejam recuperados, podem ser apostas para o conjunto leonino.
Fotografia de TVI24