Manchester United enviou olheiros para observar coqueluche do Sporting na partida em Famalicão

Nuno Santos, jogador do Sporting, enfrenta uma nova fase difícil na sua carreira ao sofrer, pela terceira vez, uma lesão grave no joelho. O percurso do jogador esquerdino foi marcado por sucessivos desafios, com lesões graves em momentos distintos da sua trajetória, que incluíram passagens pelo Benfica e Rio Ave antes de se afirmar no Sporting.

A carreira de Nuno Santos revela a sua habilidade rara de representar os três maiores clubes portugueses. Começou a dar os primeiros passos no Porto, depois mudou-se para o Benfica em 2013/2014 e, finalmente, foi no Sporting que atingiu o auge. Em Alvalade, conquistou títulos e consolidou o seu talento, tornando-se uma peça essencial na equipa orientada por Rúben Amorim. Foi ainda no Rio Ave, em Vila do Conde, que Nuno se firmou no panorama do futebol português.

As lesões, no entanto, têm sido uma constante que Nuno Santos teve de enfrentar e superar. A primeira ocorreu em dezembro de 2015, durante um jogo entre Benfica B e Porto B, quando sofreu uma rotura de ligamentos no joelho esquerdo. Esta lesão foi um duro golpe para a sua afirmação no Benfica, onde ainda se sagrou campeão em 2015/2016, mas viu o seu desenvolvimento profissional prejudicado num momento crucial da sua evolução.

Em 2018, quando já jogava no Rio Ave, Nuno Santos voltou a sofrer outra lesão grave, desta vez uma rotura do ligamento cruzado anterior, novamente no joelho esquerdo, durante um jogo de preparação contra o Chaves. Com 24 anos, viu uma vez mais o seu percurso interrompido, perdendo praticamente uma temporada inteira.

Após recuperar e alcançar o auge no Sporting, onde se destacou pela regularidade e foi crucial nos títulos alcançados sob a orientação de Rúben Amorim, Nuno Santos sofre agora uma nova lesão em Famalicão. Desta vez, aos 29 anos, foi o joelho direito a ceder com uma rotura do tendão rotuliano. Esta lesão obriga-o a uma paragem de seis a oito meses e a mais uma cirurgia.

Fotis Ioannidis foi o grande desejo de Rúben Amorim para a janela de transferências do verão passado. A novela estendeu-se até agosto, e acabou sem desfecho feliz: o grego ficou no Panathinaikos, onde estava, e o Sporting virou-se para Conrad Harder – que esta época conta com três golos e uma assistência em sete jogos realizados.

A verdade é que o avançado grego não tem conseguido demonstrar, esta época, o porquê do interesse intenso do Sporting (e de alguns outros clubes) em adquirir o seu passe, depois de na época 23/24 ter atingido 23 golos e nove assistências em 44 jogos pelo seu clube.

Já na temporada 24/25, as coisas estão longe de correr de feição ao ponta de lança. Pelo seu clube, não marca desde agosto, quando marcou num jogo contra o Lens, em jogo a contar para o play-off de apuramento para a Liga Conferência - apuramento que o Panathinaikos acabou por conseguir. Na verdade, ainda não conseguiu assinar qualquer golo ou assistência na Liga grega em sete jogos realizados.

Em Setembro marcou por três ocasiões, ainda que todas tenham vindo ao serviço da seleção da Grécia. Em jornada dupla para a Liga das Nações, a 7 e 10 de setembro, Ioannidis marcou dois golos contra a Finlândia (vitória por 3-0) e um contra a Irlanda (vitória por 2-0).

As boas indicações deixadas na equipa nacional não se traduziram no campeonato grego. O avançado continuou sem marcar depois dos três golos na seleção, e nos últimos cinco jogos a crise acentuou-se, uma vez que nunca cumpriu os 90 minutos de jogo, tendo até sido deixado de fora por lesão em dois deles (OFI Creta para o campeonato e Chelsea na Liga Conferência). O Panathinaikos ressente-se da forma de Ioannidis: ocupa o oitavo lugar no campeonato grego, e o 29º lugar em 36 equipas na Liga Conferência. 

Nuno Santos lesionou-se no último encontro do Sporting frente ao Famalicão, um incidente que trouxe novas preocupações ao treinador Rúben Amorim. A lesão ocorreu nos minutos finais da primeira parte, num lance disputado com Zaydou Youssouf, onde o jogador sentiu de imediato o impacto, agarrando-se ao joelho direito. A gravidade da situação foi confirmada quando os leões anunciaram que Nuno sofreu uma rotura no joelho, obrigando o jogador esquerdo a sair de maca e a enfrentar uma recuperação prolongada.

Rúben Amorim, no entanto, já havia antecipado a necessidade de reforçar a ala esquerda, algo que veio ao de cima em julho após uma primeira lesão de Nuno Santos num jogo amigável contra o Sevilha. Esse episódio fez o treinador perceber a importância de ter alternativas confiáveis para a posição, levando à contratação de Maxi Araújo, uruguaio adquirido ao Toluca por 13,6 milhões de euros. Hoje, com este novo revés, Maxi surge como o "seguro" que Amorim planeou, estando preparado para assumir um papel de maior destaque na equipa.

Ainda no final de agosto, o treinador comentava sobre a importância desta contratação: "É jovem e internacional. Necessitávamos de mais um jogador, e a lesão do Nuno mostrou-nos isso." Desde a sua chegada, Maxi Araújo já disputou oito jogos pelo Sporting, quatro deles como titular, embora ainda não tenha conseguido firmar-se totalmente no onze. Amorim explicou que as mudanças de posição e o contexto de cada jogo têm influenciado a gestão dos minutos do uruguaio, mas o cenário agora poderá permitir-lhe mais protagonismo.

Além de Maxi, o Sporting conta com outras opções para a posição. Geny Catamo foi uma das primeiras apostas para a ala esquerda no início da época, enquanto Quenda também foi testado na mesma posição. Matheus Reis, com características defensivas e experiência como lateral esquerdo, pode igualmente regressar à sua posição de origem, oferecendo uma alternativa mais sólida defensivamente para colmatar a ausência de Nuno.

Para ampliar as alternativas, a academia leonina dispõe de jovens promissores, como Denilson Santos e Leonardo Barroso, que podem ser chamados caso necessário. Estes jogadores da equipa B têm mostrado qualidade e ambição, e são apostas de futuro para o Sporting.