Números não mentem! Sporting humilha Benfica: Contas dos leões com 'boost'

Mário Alberto Freire Moniz Pereira, conhecido como o “Senhor Atletismo”, nasceu em Lisboa no dia 11 de fevereiro de 1921 e morreu dia 31 de julho de 2016 com 95 anos. Se fosse vivo, faria esta terça-feira 104 anos. Desde cedo revelou uma paixão inata pelo desporto. Apesar da oposição familiar, seguiu a sua vocação e licenciou-se em Educação Física, dando início a uma carreira que revolucionaria o atletismo português. Para além de atleta e treinador, foi um exímio organizador e estratega, desempenhando papéis determinantes no crescimento da modalidade em Portugal.

Ao longo da sua carreira, Moniz Pereira destacou-se no voleibol e no atletismo, chegando a representar clubes como o CDUL e o Sporting Clube. No voleibol, sagrou-se campeão nacional como jogador e treinador, mas foi no atletismo que atingiu o auge, tornando-se num dos mais importantes treinadores da história do desporto nacional. A sua visão e exigência elevaram Portugal a um patamar nunca antes alcançado.

A ligação de Moniz Pereira ao Sporting foi profunda e duradoura. Foi em 1939 que se juntou ao Clube leonino como praticante de ténis de mesa, posteriormente passou para o atletismo, para além de ter integrado as classes de ginástica e de ténis, e de ter feito também parte da equipa de hóquei em patins na época e 1942/43. Desde os anos 40, desempenhou funções essenciais no clube, tendo sido responsável por 30 títulos nacionais de atletismo masculino e 24 femininos, além de várias conquistas internacionais. Sob a sua liderança, o Sporting tornou-se uma referência no atletismo europeu, conquistando 12 Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato e, em 2000, a histórica Taça dos Campeões Europeus de Atletismo.

Além do Sporting, Moniz Pereira marcou também o futebol português, tendo sido preparador físico da seleção nacional e do próprio Sporting, onde ajudou a equipa a conquistar o campeonato nacional e a Taça de Portugal no início da década de 70. O seu conhecimento sobre preparação física tornou-se uma referência para diversas modalidades, sendo reconhecido pelo seu rigor e disciplina nos treinos.

Moniz Pereira foi o grande mentor de atletas como Carlos Lopes, Fernando Mamede e Domingos Castro, contribuindo para feitos históricos como a medalha de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos de 1984. O recorde mundial dos 10.000 metros, alcançado por Mamede no mesmo ano, e os títulos mundiais de corta-mato conquistados por Carlos Lopes são apenas alguns exemplos do impacto da sua dedicação ao atletismo português.

Ao longo da sua carreira, recebeu inúmeras distinções pelo seu contributo ao desporto nacional. Foi agraciado com a Medalha de Mérito Desportivo em 1976 e 1984, além de ter sido condecorado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique em 1980 e com a Comenda da Ordem de Instrução Pública em 1984. Em 1985, recebeu a Medalha de Mérito em Ouro e foi nomeado Conselheiro da Universidade Técnica de Lisboa, sendo ainda distinguido com a Ordem Olímpica em 1988 e com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique em 1991.

O reconhecimento pelo seu trabalho também veio do Sporting, onde dedicou grande parte da sua vida. Em 30 de outubro de 2000, foi-lhe atribuído o Leão de Ouro com Palma, a mais alta distinção do clube. Recebeu ainda o Prémio Stromp na categoria Técnico Amador em 1964, mas foi apenas em 2015 que voltou a ser homenageado pelo clube, desta vez com o prémio Leões Honoris Sporting na categoria Honra Especial. Após o seu falecimento, em dezembro de 2016, foi-lhe atribuído o Prémio Stromp na categoria Saudade.

O Sporting tem uma semana atarefada, com encontros importantes para os objetivos da época em múltiplas frentes e em várias modalidades. O Leonino traz-lhe a Agenda Semanal dos leões, onde pode consultar todos os compromissos do Clube verde e branco entre os dias 11 e 16 de fevereiro.

A semana começa com jogo grande em Alvalade, dia 11 de fevereiro, quando o Sporting joga a primeira mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões, às 20h00, frente ao Borussia Dortmund. Dia 12, é a equipa da Youth League dos leões a entrar em campo, para desafio frente ao Mónaco, às 13h00.

Ainda dia 12, meias finais da Taça da Liga de futebol feminino, frente ao Damaiense, pelas 11h00; e meias finais da CEV Challenge Cup, no João Rocha, frente ao Lublin (19h30), para a equipa de voleibol verde e branca. A fechar esta quarta feira, 14ª. jornada do campeonato nacional de hóquei em patins, frente ao Braga (21h00). Dia 13 de fevereiro a equipa de andebol do Sporting recebe o Pelister, na Liga dos Campeões (19h45), e dia 14 a equipa de futsal disputa a 14ª. ronda da Liga em Quinta dos Lombos (20h30).

Dia 15 volta o futebol: de manhã, a equipa feminina recebe o Marítimo (11h00), e à noite, os seniores masculinos defrontam o Arouca, para a Liga Portugal Betclic (20h30). Entre as duas partidas, a equipa de voleibol visita o Castelo da Maia (17h00), e o basquetebol visita o Queluz (20h30).

A acabar, no dia 16, jogos da equipa B dos leões frente ao Atlético (15h00), e dos sub-23 frente ao Torreense (17h00), para além da disputa do campeonato nacional de andebol, contra o Marítimo, no Pavilhão João Rocha (15h00), que também recebe o embate da Taça de Portugal de hóquei em patins, frente à equipa de Tomar, pelas 19h00.

O mundo do ciclismo e do desporto português está de luto. Francisco Araújo, reconhecido como um dos melhores mecânicos da modalidade e nome incontornável da história do Sporting, morreu esta quinta-feira, dia 6 de fevereiro, aos 90 anos. A sua dedicação e qualidade tornaram-no uma figura respeitada no pelotão nacional e internacional, tendo acompanhado durante anos Joaquim Agostinho, lenda do ciclismo leonino e mundial.

Conhecido como o “Chico de Sacavém”, Araújo iniciou a sua ligação ao ciclismo na juventude, influenciado pelo ambiente das oficinas onde trabalhava. Foi no Sporting que se consolidou como um especialista na arte de afinar bicicletas, garantindo que os corredores do clube tinham sempre o melhor material possível. A sua competência levou-o a representar Portugal em 42 Voltas a Portugal, 23 Campeonatos do Mundo e 18 Voltas a França.

Francisco Araújo não era apenas um mecânico, mas também um confidente e amigo próximo de Joaquim Agostinho, uma das maiores figuras do ciclismo português e do Sporting, que participou em vários torneios internacionais. Em diversas entrevistas, recordou como apoiava o atleta nos momentos de saudade e pressão, ajudando-o a manter o foco e a superar desafios. “O nosso convívio ia muito além da amizade. Ele desabafava muito comigo. Éramos bastante unidos. Agostinho começou comigo e morreu comigo", revelou em 2008.

A sua excelência profissional valeu-lhe reconhecimento internacional. Em 1982 e 1983, foi distinguido pelo jornal francês L’Équipe como o melhor mecânico de ciclismo do mundo, um feito raro para um português. O seu legado no Sporting não se limitou ao ciclismo, tendo sido também responsável pela manutenção do Estádio José Alvalade, demonstrando a sua versatilidade e dedicação ao clube.

A Federação Portuguesa de Ciclismo já manifestou profundo pesar pelo seu falecimento, e o Sporting vai sempre recordá-lo como o melhor mecânico que ajudou o clube a alcançar o patamar mais alto possível.