Danilo Correia

30 Dez 2024 | 18:25

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Danilo Correia

O moçambicano Geny voltou a lembrar-nos que um carrasco ganha hábitos – um golo aqui, um drible ali, e o Benfica a implorar por piedade


No domingo, o Benfica entrou em campo com a confiança de um galo no terreiro alheio, cheio de peito, mas sem perceber que do outro lado estava um leão com fome – e diga-se, fome de piada alheia. Vinham prontos para aproveitar a “crise” do Sporting, mas esqueceram-se de uma regra básica: nunca subestime um vizinho em obras. O resultado? O galinheiro está a arder, e o leão continua deitado no sofá, de pantufas, a rir-se com o “toma lá, vai buscar” da jornada.


Primeira parte: domínio total do Sporting. Que diferença faz jogar com um treinador. Que espetáculo, senhoras e senhores! Parecia que os jogadores do Benfica estavam a fazer uma excursão turística ao relvado. “E aqui à direita temos Geny a partir rins, e à direita Quenda a confundir laterais. No centro? Ah, sim, é onde o Hjulmand decide quando a bola sai para ataque”. Já o Sporting, em modo “não há crise que nos pare, porque não temos João Pereira” jogou como se estivesse a ensinar uma aula prática de futebol. Claro, o moçambicano Geny voltou a lembrar-nos que um carrasco ganha hábitos – um golo aqui, um drible ali, e o Benfica a implorar por piedade. 


Segunda parte: domínio ineficaz do Benfica. Ou, como prefiro chamar, um treino de cardio para os de verde. Correram, cruzaram, caíram, chutaram… mas a baliza? Parecia que tinha um campo de força. “É hoje que o golo entra”, diziam os adeptos encarnados. Spoiler: não foi. Enquanto isso, os leões só precisavam de defender o castelo e segurar o riso.

No final, a crise mudou de endereço, mas não saiu da Circular. Agora está estacionada no terceiro lugar, com vistas privilegiadas para a humilhação. É verdade que 2025 ainda nem começou, mas alguns já estão a viver o pesadelo de quem acorda com o despertador do vizinho: aquele som irritante que só lembra que estás atrasado e ninguém quer saber. O fosso? Ah, esse está mais fundo que as desculpas do Lage na flash interview que contradizem o capitão que acha que uma viagem à Argentina em dias de derby é como ir ao Bilene bater umas 2M. 

Moral da história: o Sporting é aquela vizinhança resiliente que, mesmo em obras, consegue fazer o Benfica tropeçar nos próprios sonhos. Enquanto isso, os encarnados vão tentando disfarçar, mas 2025 promete ser longo. Boa sorte, vizinhos. Nós, aqui no topo, agradecemos o espetáculo.

Carrega (no) Benfica!!!

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