As fichas foram todas postas na contratação dum jovem e promissor treinador, que tem um discurso positivo e que agrada, mas que tem também ainda tudo por provar.

O mercado fechou, está fechada a lista dos que vão à luta por nós, para conquistar os nossos sonhos de leão ao peito.

Até ao final de dezembro, já não há volta a dar.

As fichas foram todas postas na contratação dum jovem e promissor treinador, que tem um discurso positivo e que agrada, mas que tem também ainda tudo por provar.

Segundo consta, foi com o parecer decisivo do treinador que se compôs o plantel. As dispensas, as saídas, as contratações.

Há vários acontecimentos positivos neste mercado que agora fechou. O primeiro é o último. João Mário, o regresso. Um jogador fino, inteligente, com enorme qualidade técnica, da nossa formação e que nos encantou na última época em que envergou a verde e branca, antes de rumar a Milão.

A partir daí, o seu rendimento nunca mais foi o mesmo. Todos desejamos que, com este regresso a casa, João Mário reencontre o grande futebol. Se isso acontecer, será bom para todos.

Depois, parece que este ano, ao contrário do anterior, a “estrutura” acertou mais nas contratações. Pedro “Pote” Gonçalves, Pedro Porro, Nuno Santos ou Tabata, pelo que já pudemos ver, parecem ser tiros acertados, acredito que tragam maior equilíbrio e mais valor ao plantel. É também de saudar o regresso e permanência no clube de Palhinha, que tem tudo o que é necessário para lutar pela titularidade e traz mais qualidade para o plantel na posição em que joga.

Adán também dá sinais de acrescentar qualidade, ainda que a sua vinda possa por em causa a evolução de Maximiano, uma aposta a que gostava de ver dada continuidade.

As maiores dúvidas recaem em Feddal e Antunes. Trazem experiência, mais opções, em quantidade, mas não se se o acréscimo necessário de qualidade.

Ao todo, o Sporting gastou em contratações cerca de 15 milhões.

Nas vendas, a assinalar as de Matheus Pereira, Acuña e Wendel, com ganhos de 40 milhões aos quais poderão acrescer, no futuro, mais seis milhões que dependem de objectivos.

O mercado teve portanto um saldo positivo de 25 milhões, que se espera que permitam algum fôlego de tesouraria, pelo menos isso.

Do lado negativo, tem necessariamente de ser referido o facto de não ter sido contratado um ponta de lança, um finalizador, um goleador. No plantel, temos Sporar e Luiz Phellype, cabe a Rúben Amorim saber retirar deles o melhor e potenciá-los.

Com a ressalva de que ainda há alguns mercados abertos (Inglaterra e Rússia, dos principais) e que, portanto, ainda alguma coisa pode acontecer, ficaram por colocar jogadores como Renan, Rafael Camacho, Ilori, Ivanildo, Bruno Gaspar, Lumor, Bruno Paulista ou Misic, que parecem não contar para o treinador.

Aconteça o que acontecer, o plantel está fechado até janeiro, e é com estes que contamos.

A sorte está lançada.

Gosto da história da Antiga Roma, através da sua leitura podemos aprender diversas lições que mantêm a atualidade.

Quando decidiu atravessar o Rubicão com as suas legiões, para marchar sobre Roma e conquistar o poder absoluto, Júlio César terá dito a famosa frase em Latim “Alea Jacta Est” (a sorte está lançada). Terá ainda acrescentado o seguinte: “vamos para onde nos chamam a voz dos deuses e a injustiça de nossos inimigos”.

O biógrafo Plutarco classificou depois este gesto de Júlio César como “um abandono dos conselhos da razão”.

César, como todos sabem, acabou por triunfar, após vários anos de uma das mais longas guerras civis romanas, conquistando o poder absoluto e conduzindo Roma para um dos seus períodos de maior glória.

Ainda assim, Júlio César nunca deixou de ser contestado pelos seus inimigos e acabou assassinado no Senado.

O que é que isto tem a ver com o Sporting? Nada.

Alea Jacta Est.