
Um pedaço de ouro no caminho das pedras do Sporting
Se há coisa que a vida nos ensina é que o que parece certo, adquirido, rapidamente se transforma num cenário diametralmente oposto.
02 Mar 2020 | 09:01
Os 11 anos de futebol, que Varandas tanto proclamou, agravam agora um atestado de inaptidão para deter o pelouro do Futebol na SAD.
A eliminação da Liga Europa, na passada quinta-feira, foi um dos momentos mais deprimentes da vivência Sporting, mas dos mais lógicos, pois foi o corolário do somatório de decisões erradas. Contraditório? A eliminatória ficou aberta, ainda em Alvalade, depois de a equipa não dar o golpe de misericórdia numa fraquíssima equipa turca, quer a nível de qualidade, como até (espante-se!) de intensidade, concedendo um golo aos forasteiros, após um festival de golos falhados pelos verde e brancos. Em Istambul, a equipa, após marcar o 2-1, tem, num espaço de 20 minutos, quatro oportunidades de “matar” o jogo (e eliminatória) que displicentemente desperdiça. Como “quem não marca, sofre”, o golo turco, na sequência duma bola parada, onde o Sporting faz uma substituição contra todas as boas práticas de, em momento defensivo não as executar, leva o jogo para prolongamento. De forma racional e pragmática, por cada golo do Sporting, o Basaksehir, equipa da casa, teria de marcar 2, pelo que o Sporting teria toda a vantagem em forçar o ataque. Abordar o prolongamento de forma cobarde, esperando pelos penaltis, levou a que, mais uma vez, o jogo pendesse para os turcos e a eliminatória fosse perdida. Assim terminou a participação na Liga Europa para o Sporting, emblema histórico, um dos que mais presenças tem a nível de competições europeias. De forma desassombrada, temos de ser claros e identificar responsabilidades, de uma época totalmente falhada. Existe falta de profissionalismo e de sentido de responsabilidade dos jogadores para com o Sporting, entidade empregadora, que, de acordo com o Relatório e Contas do 1.º Semestre (1), os remunera no intervalo entre os 50 a 60 milhões de euros anuais. Assim, com esta massa salarial, é totalmente inadmissível falhar clamorosamente objetivos desportivos, onde nem a presença em competições europeias, em 20/21, está garantida, com Rio Ave, Famalicão e Guimarães “à perna”! Pegando numa frase que ficou célebre (2), em que, segundo consta, têm qualidade para jogar no Rio Ave, deveriam também ser pagos à Rio Ave, dados os resultados e performance que apresentam estarem nesse patamar. No que respeita ao treinador Jorge Silas, o quinto desta administração, é um treinador impreparado para assumir os comandos do Sporting, com um nível III de certificação, totalizando, até agora, menos de 100 jogos como treinador principal, em toda a sua carreira (3), pelo que era lógico e expectável todos os erros cometidos até agora. O desfecho do jogo, em Famalicão, será determinante para a sua continuidade, no imediato. Frederico Varandas é o Presidente da SAD, tendo a seu cargo o pelouro do futebol, e assim, em última análise, é o responsável máximo da estrutura do futebol. Numa época da sua inteira responsabilidade, tendo, em Setembro, assumido à Sporting TV as opções tomadas no fim do mercado de Verão (4), falhou inequivocamente em guiar o Sporting à obtenção de resultados desportivos, com reflexos financeiros, de acordo com os recursos que tem disponíveis. Não é aceitável o Sporting ser eliminado, por 2-0, pelo Alverca, na Taça de Portugal, em Outubro. Não é aceitável estar fora da luta pela Champions League com a qualificação europeia em risco, no início de Março. A eliminação “indigna” dos pergaminhos do Sporting, à mão destes turcos do Basaksehir, é a infeliz “cereja no topo do bolo”. Os 11 anos de futebol, que Varandas tanto proclamou, agravam agora um atestado de inaptidão para deter o pelouro do Futebol na SAD. Se, como Rogério Alves e restante MAG deliberaram recentemente, a continuidade dos Órgãos Sociais no Clube não está em causa, interrogo-me se Varandas não deveria dedicar-se apenas à representação institucional e entregar o pelouro do futebol na SAD a alguém competente. Recentemente agraciado pelo influente e, por vezes decisivo, Grupo Stromp, Varandas deverá ser verdadeiro consigo próprio, tomando a decisão que melhor servirá os interesses do Sporting Clube de Portugal. (1) https://web3.cmvm.pt/sdi/emitentes/docs/PCS74662.pdf (2) https://maisfutebol.iol.pt/liga/15-02-2020/silas-e-as-ausencias-quem-joga-no-sporting-pode-jogar-no-rio-ave (3) https://www.zerozero.pt/player.php?id=1768) (4) https://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/sporting/noticias/varandas-analisa-os-tres-reforcos-do-sporting-no-ultimo-dia-do-mercado-11269113.html (5)https://scpconteudos.pt/sites/default/files/documentos/estatutos_scp_versao_consolidada_dos_estatutos_junho_2018.pdf)
Diretor do Leonino
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