Também a dita aposta na formação só será completa e bem-sucedida se devidamente enquadrada por jogadores como Mathieu, com uma experiência enorme em vários clubes.

Porque defender Mathieu é defender o Sporting de excelência e também defender a integração dos jogadores mais jovens.

Poucos jogadores no Sporting terão sido tão consensuais como Mathieu, a sua classe e a forma como sempre se dedicou ao jogo, não raras vezes fazendo sprints para a frente, nos últimos minutos de jogo, para tentar criar desequilíbrios nos adversários, conquistaram os nossos adeptos.

Para isso, contribuiu igualmente, não ter ido na narrativa e nas pressões para rescindir no pós “Caso Alcochete”. Até parece que o estou a ouvir dizer, entre duas tacadas de golfe: “Eu rescindir? Estou bem, e gosto do Sporting! Não confundo 50 pessoas com o todo”.

Rúben Amorim, talvez devido à sua inexperiência, criou um caso ao deixar no ar que Mathieu não jogou, pois “há uma linha” que traça e, portanto, abriu a porta a deduzir-se que Mathieu ter-se-á desviado ou pisado a mesma. Já Paulo Cintrão é batido e no passado muitas vezes interrompeu perguntas de jornalistas, tentando centrar as perguntas feitas nas conferências de imprensa nos factos do jogo e nos seus intervenientes, mas curiosamente desta vez não o fez.

Logo veio um dos oráculos deste Conselho Diretivo – Rui Pedro Brás – munido com a “informação” da sua “fonte” habitual, que Mathieu “não se aplicava nos treinos e até havia dois ex-treinadores do Sporting que se tinham queixado”.

A ser verdade, o que a “fonte” diz, isso dirá mais da incompetência desses treinadores, do que uma real falta de empenho do jogador. Revelará mais a falta de habilidade desses treinadores, para motivarem através de exercícios que façam sentido para a qualidade deste jogador. Revelará mais a falta de perícia para treinarem situações de jogo compatíveis com a grandeza do Sporting, pois um jogador desta qualidade não se contenta, nem nenhum jogador do Sporting se deveria contentar, com treinos em que as saídas para o ataque são feitas com pontapé para a frente.

Também a dita aposta na formação só será completa e bem-sucedida se devidamente enquadrada por jogadores como Mathieu, com uma experiência enorme em vários clubes, em diferentes campeonatos, que podem ser uma referência para os mais jovens, em campo e no balneário. Por isto, espero bem que permaneça pelo menos mais um ano, embora saiba, e até por este episódio, que isso será muito difícil.

Em relação a Rúben Amorim espero que numa próxima vez não responda, nem sinta necessidade de andar a puxar dos galões em público, mas caso venha a cair de novo nessa tentação, que Paulo Cintrão faça o que tantas vezes fez bem, interrompendo e centrando as perguntas no jogo e suas incidências. Nós, Sócios e Adeptos ficaremos agradecidos.