Nuno Santos
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14 Ago 2020 | 19:12

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Nuno Santos

Confirma-se o completo falhanço da atuação da atual administração no mercado de transferências, ao ser possível relacionar uma lista de hipotéticas vendas ou dispensas com o fraco rendimento.

As últimas notícias sobre as movimentações no mercado de transferências não têm sido animadoras. E não o têm sido porque se tem dado azo a especular sobre os jogadores com quem o treinador não conta.


Numa notícia de jornal, publicada nos últimos dias, dá-se conta de que o Sporting pretende colocar no mercado jogadores contratados há pouco tempo, cujo custo ascende a mais de 18M€. Isto já para não falar nas notícias sobre a necessidade de transferir os poucos atletas cuja qualidade é confiável, como são os casos de Jovane, de Acuña ou de Wendel. Até de transferir Joelson se fala nos meios de comunicação social. Mesmo que tudo isto não passe de matéria de especulação jornalística, do rol de jogadores apresentados como estando no mercado, não é difícil entender-se que nenhum deles teve um rendimento aceitável para o nível de encargos que a SAD assumiu.

Mais uma vez, confirma-se o completo falhanço da atuação da atual administração no mercado de transferências, ao ser possível relacionar uma lista de hipotéticas vendas ou dispensas com o fraco rendimento desses atletas, sendo todos eles contratações dos atuais dirigentes.


Nesta época, ora finda, a gestão de recursos humanos foi negativa, não obstante a soberba do presidente, que anunciou uma preparação prévia muitíssimo adequada para a temporada. É por este tipo de divergência entre as declarações do presidente e o resultado da sua ação (sempre em prejuízo do rendimento da equipa de futebol) que tenho expectativas modestas quanto ao sucesso na construção de um plantel mais competitivo, mesmo que fazer melhor que o ano passado não pareça uma tarefa hercúlea.

Neste processo, muitas críticas têm sido apontadas a Hugo Viana. Tenho alguma dificuldade em identificar em Hugo Viana o único e principal responsável pelo absoluto fracasso na construção do plantel. De acordo com as declarações do presidente, seria ele a dar a última palavra sobre as contratações, assim como deu a entender que sabia muito de futebol. Resta-me olhar para Hugo Viana como mais um elemento na linha de sucessão para ser o bode expiatório do que de mal possa vir a acontecer. Um escudo ou uma bóia de salvação para o presidente poder ir tentando passar por entre os pingos da chuva, no mesmo registo da forma como encara a assumpção de responsabilidades e de como gere esse assunto na relação com os treinadores - a quem despediu quando as coisas não correram de feição, mesmo que diga em público que não os responsabiliza pelo insucesso.


A única coisa positiva, que tive oportunidade de ler nos jornais, foi o interesse em Pedro Gonçalves, do Famalicão, a quem reputo de ser um óptimo jogador. Mas logo sou confrontado com os moldes anunciados para o negócio se dar: 7M€ por metade dos direitos económicos do jogador. Significa isto que o Sporting avalia o jogador em 14M€, o que corresponde a cerca do dobro do orçamento do clube que o projectou e valorizou. E isto deveria fazer-nos refletir sobre a forma como o Sporting não tem sido capaz de valorizar os seus ativos convenientemente, estando, ao mesmo tempo, plenamente disponível para valorizar generosamente os activos alheios, que pretende captar.

Tudo isto me faz recear que nova época não traga nada de novo, nem de bom. Mas que eu esteja enganado e que no próximo ano estejamos todos a celebrar um título nacional de futebol sénior. Ou, pelo menos, que andemos próximo de o discutir até à última jornada, que é o que se pode pedir e exigir a qualquer administração.

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