Já que ninguém fala, falo eu
Quando é que isto vai mudar? Vi campeonatos a serem decididos com a mão, Taças da Liga, vi clubes a serem levados ao colo e pessoas a serem condenadas por corrupção em benefício de clubes... Só neste País!
06 Dez 2020 | 13:03
0Neste Portugal, o que vence são as políticas de alianças, a pressão sobre quem decide e o dinheiro que se vai distribuindo pelos alunos de excelência que melhor aplicam as instruções dos líderes.
A história repete-se constantemente e parece não ter fim à vista. O calvário Sportinguista, de ser prejudicado de forma regular e sistemática já leva anos e está sempre influenciado pelo Sistema. A conversa? Sempre a mesma. “O bolo é muito pequeno para três” e, por isso mesmo, o Sporting fica sempre para trás. Neste Portugal dos medíocres, o que vence são as políticas de alianças, a pressão exercida sobre quem decide e o dinheiro que, criteriosamente, se vai distribuindo pelos alunos de excelência que melhor aplicam as instruções dos grandes líderes. É este o retrato do Futebol Português e tem duas caras que, recorrentemente, se digladiam pela pole position da corrupção em Portugal.
Aquilo que aconteceu ontem em Famalicão foi um verdadeiro escândalo. É factual que Adán esteve manifestamente mal e que o Sporting falhou um penalty que não pode falhar, mas o campo de ontem estava inclinado. Nenhum falhanço do Sporting, por mais clamoroso que seja, apaga a pouca vergonha que foi a arbitragem de ontem. Houve dualidade de critérios – pobre João Palhinha, que tanta pancada levou - ; um penalty escandaloso sobre João Mário para o qual, desta vez não se utilizou o VAR – ah! As vantagens de poder ser seletivo sobre quando o utilizar – e, por fim, um golo criminosamente mal anulado à nossa equipa. E Frederico Varandas, que tantas vezes critiquei pela falta de firmeza nas suas intervenções, esteve ontem muito bem. Está carregado de razão no princípio ao fim do seu discurso. Nunca, em momento algum, haveria coragem por parte do VAR para anular aquele golo num jogo dos nosso rivais. A isto acrescenta-se, claro, a péssima utilização do VAR. Enquanto Sportinguista, talvez de forma iludida, acreditei que o VAR seria a ferramenta ideal para trazer justiça ao Futebol Português e permitir que decisões que, no passado prejudicaram o nosso clube, não mais acontecessem. Estava enganado. Redondamente enganado. O poder de influenciar e manipular exercido por duas entidades neste país continua a funcionar em pleno.
Aliás, tal fica notório pela pressão que o FC Porto exerceu antes do jogo e, claro, pela forma célere como o Conselho de Arbitragem se manifestou quanto à legalidade do golo de Coates. Quem diria que, afinal, neste Portugal dos medíocres as respostas são rápidas? Mais uma vez, o critério da seletividade no seu melhor.
Deixo uma palavra de apreço, primeiro, ao treinador Rúben Amorim, pelo discurso maduro, positivo e de união que passa para todo o clube; E, em segundo lugar, à jovem equipa do Sporting, que mais uma vez deu provas de que tem vontade e capacidade para ir atrás do resultado, mesmo quando o caminho é manifestamente adverso.
Por fim, fazendo uso das palavras do nosso treinador: “Onde vai um, vão todos”. Que sirva de lema e que os Sportinguistas finalmente percebam o quão importante é cerrar fileiras e criar união em torno de um objetivo. Os poderes externos estarão sempre cá para nos deitar a abaixo. Cabe-nos a nós o dever de defender a nossa casa, o nosso património. Viva o Sporting Clube de Portugal!
Já que ninguém fala, falo eu
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