Soraia Quarenta
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12 Set 2020 | 09:46

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Soraia Quarenta

O problema não é do vírus, não é do comportamento dos adeptos, é sim da mentalidade que não muda.

Há poucos dias ouvimos Cristiano Ronaldo falar da importância dos adeptos nos estádios, mostrando que os mesmos são uma parte vital do jogo, ainda que, para ele, a grande motivação venha mais dos assobios do que dos incentivos.


Agora sabemos que a DGS está longe de ter como preocupação principal o retorno dos adeptos aos estádios, significando isto que, pelo menos no arranque deste campeonato, não teremos mais do que “jogos treino”.

A justificação é que o comportamento dos adeptos em estádios de futebol é diferente do que acontece num cinema ou teatro. No entanto permitiu-se que se realizasse uma festa política com aquilo que costuma ser ⅓ da ocupação de um estádio, apesar do povo, que é quem mais ordena, estar maioritariamente contra a mesma.


Permitiu-se praias cheias, touradas, feiras do livro e vários outros eventos, em que o cumprimento das normas de segurança a que todos já nos habituamos, dificilmente foram respeitados.

Porém, quando toca aos adeptos de futebol, existe uma clara discriminação negativa, nem sequer se pensando que até podem ter feito parte de algum dos eventos que foram mencionados acima, como qualquer pessoa normal.


E isto acontece porque, aos olhos do público e da sociedade em geral, os adeptos não são pessoas normais. Veste-se uma camisola, mete-se um cachecol no pescoço e deixamos de ser aquelas pessoas que puderam frequentar festas, praias e eventos, durante todo o Verão.

O problema não é do vírus, não é do comportamento dos adeptos, é sim da mentalidade que não muda. Enquanto não se olhar para os adeptos com as mesmas pessoas que, no seu dia-a-dia, seguem as regras com que todos que todos hoje temos de viver, a marginalização irá continuar a acontecer.

A mudança de mentalidade dá-se quando, em vez de uma atitude discriminatória, se trata as pessoas como nas outras situações, dando-lhes um voto de confiança, assumindo que terão tanta ou mais responsabilidade para seguir as regras num estádio, tal como o têm feito em todos os outros quadrantes da sua vida.

Continuar com esta atitude, é penalizar o espectáculo que é o futebol, tirando-lhe não só uma importante fonte de apoio, como também de receita e, aproveitando as declarações do Ronaldo, para finalizar como se começou, como se costuma dizer “se não houver dinheirinho, o palhacinho não dança”.

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