Mariana Cordeiro Ferreira
Biografiado Autor

23 Fev 2020 | 11:04

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Mariana Cordeiro Ferreira

Hoje, vou levá-la à bola outra vez e já vou conseguir vê-la a cantar O Mundo Sabe Que com o cachecol ao alto e é aí que a emoção vai falar mais alto outra vez, porque se é amor, a ela o devo.

Se sou do Sporting, à minha mãe o devo. A família do lado do meu pai é toda do outro lado da segunda circular, mas, verdade seja dita, foram eles que me fizeram gostar de futebol. Recordo-me de ser miúda pequena, de não conseguir chegar sequer com as pernas ao fundo do sofá e de estar em casa dos meus tios a ver futebol na televisão. O jogo? Não faço ideia e também não percebia nada, mas gostava daquilo e no dia em que comecei a perceber um bocadinho, não conseguia entender o porquê de a minha mãe não festejar os golos com eles e fiz-lhe a pergunta que até hoje me deixa orgulhosa:


“De qual tu és?”

“A mãe é do Sporting filha”.


“Então eu também sou!”

E é esse amor que dura até ao dia de hoje. A culpa de eu ter o Sporting como o amor da minha vida é dela e ainda bem que assim é.


Ao longo dos anos fui ouvindo a minha mãe falar do Vítor Damas como quem fala de um génio, falar do Figo com o orgulho de quem já sabia nessa altura que ele ia ser um dos melhores de sempre e de Ricardo Sá Pinto como aquele jogador que marcou uma fase de raça de leão.

No caso do Figo e do Sá Pinto, as minhas recordações são vagas, mas o que eu queria mesmo era ter as memórias que ela tem do velhinho Estádio José Alvalade. Infelizmente nunca tive a oportunidade de lá entrar, era muito pequena para isso, e na altura as condições eram outras, mas sempre a ouvi falar do Estádio com um amor incrível.

O que eu não sabia era que ela nunca tinha entrado no novo Estádio de Alvalade. Esta quinta-feira tive a oportunidade de a levar a ver o jogo contra o Basaksehir, levei-a para as centrais e quando consegui chegar ao pé dela, já depois do golo do Coates, olhei para o cachecol que ela trazia ao pescoço e pensei na sorte que tenho em ser do clube que sou e na sorte que tenho em poder tê-la ali, comigo, na nossa casa, no nosso Estádio a ver o nosso Sporting.

Ganhámos e comemorámos a vitória na primeira mão da eliminatória e apesar de ela não o ter verbalizado, sei que ela sentiu novamente a tal magia de que falava do velhinho Estádio, na nossa nova casa.

Hoje, vou levá-la à bola outra vez e já vou conseguir vê-la a cantar O Mundo Sabe Que com o cachecol ao alto e é aí que a emoção vai falar mais alto outra vez, porque se é amor, a ela o devo. Obrigada Mãe por me teres feito do Sporting!

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