Nuno Sousa
Biografiado Autor

11 Jul 2020 | 09:00

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Nuno Sousa

Para mim e muitos Sportinguistas o Sporting é uma instituição que não se pode prostituir, em caso algum, por dinheiro nenhum.

Ia escrever sobre a questão das mulheres e o teto salarial, e já tinha o título na cabeça, inspirado pela saga Millennium, e o filme “Os homens que odeiam mulheres”. Mas, ao começar a escrever, veio-me a imagem das conferências “Sporting com Rumo” e mudei o título no seu final.


Não vou cair na generalização que todos os que lá estiveram se enquadram no título, mas alguns sim, pelo que transmitiram deixaram claro que é o que sentem. Talvez pelo conforto das cadeiras em que se sentavam, talvez por estarem numa conversa com moderadores “amigos”, alguns sentiram-se confortáveis “esquecendo-se” que “uma vez na internet para sempre na internet”.

Lá foram abrindo a sua “alma” e disseram coisas que, se por um lado foi bom, pois ficou claro ao que vêm e os interesses que defendem, por outro lado revela que se sentem sem decoro, sem qualquer ponta de responsabilidade e levianamente falam dos assuntos como se estivessem a tomar café entre amigos a seguir a uma daquelas jantaradas.


Assim, tivemos um ex-governante a dizer para ninguém “se por a falar disso do 1 Sócio 1 Voto, senão isto…”. Ora, portanto, temos um “democrata” a alertar para os perigos da Democracia, de se debater a igualdade, a maior equidade, logo maior poder aos indivíduos livres e enquanto Sócios de pleno direito poderem escolher o caminho para o seu Clube. Brilhante.

Depois, tivemos alguém com profundas relações com a Federação Portuguesa de Futebol, essa instituição que parece ter alergia ao Sporting e ao seu Estádio, a advogar que o Sporting o que precisa é de um “investidor”. Poiares Maduro deu a imagem do que “investidor” quer realmente dizer: um “Sugar Daddy”. Ora, quem procura ter um “Sugar Daddy” são pessoas que se prostituem de forma recorrente com alguém fixo, podendo receber uma mesada, ter uns jantares, ir a uns eventos sociais. Para mim e muitos Sportinguistas o Sporting é uma instituição que não se pode prostituir, em caso algum, por dinheiro nenhum. A minha pergunta é: quem é que amando alguém pode desejar a prostituição como modo de vida a esse alguém?


Para finalizar, tivemos um ex-responsável no Sporting durante anos e anos em que a queda de Sócios foi evidente, as vendas de património evidentes, os prejuízos de milhões a acumularem-se, a dizer que “(…) nós temos de ir à carteira, ao bolso deles (…)”. “Deles” entenda-se Adeptos do Sporting. Vá lá, que pelo menos pediu desculpa pela expressão, o que demonstra algum bom senso. Mas a pergunta que eu faço é: será que ainda não perceberam que esta ideia mercantilista dos Adeptos e Sócios não funciona? Não perceberam que os adeptos são muito diferentes do conceito de Clientes?

Por detrás destas frases está, em minha opinião, o conceito que a vontade dos Sócios, o ter que prestar contas aos Sócios anónimos, o serem responsabilizado pelos atos e escrutinados, é tudo uma grande chatice, mais parecendo que odeiam os Sócios.

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