
Um pedaço de ouro no caminho das pedras do Sporting
Se há coisa que a vida nos ensina é que o que parece certo, adquirido, rapidamente se transforma num cenário diametralmente oposto.
23 Jan 2020 | 08:52
Senhor Presidente da Assembleia Geral, chegou a hora de demonstrar que honra o lugar que lhe foi confiado, e que é merecedor de tal prestígio!
Saindo da posição confortável, de opinar sobre assuntos com forte criatividade interpretativa, hoje vou falar de algo que é o ‘abc’ da gestão. O meu percurso de vida é um trilho de permanente encontro com a gestão de património e recursos humanos. Obter resultados do aparelho produtivo, como forma de garantir um resultado económico que viabilize as empresas, está no meu ADN de mais de 50 anos de gestão empresarial e associativa. Gosto de colocar o meu conhecimento ao serviço de causas válidas, e, o nosso Sporting, merece todo o meu empenho! Não vou falar de vontades, mas sim fazer um exercício prático de como agir, quando os resultados não se coadunam com o previsto e com o desejável! Hoje, é uma evidência, que as coisas não correm bem no nosso Sporting! O sucesso dos resultados desportivos, no que concerne à competição mais importante, e, por arrasto, o sucesso dos resultados económicos não aparece! Isto é um claro e inequívoco resultado da má gestão que tem vindo a ser praticada. Resultado este que se reflecte na vida, desempenho e disposição dos que trabalham no Sporting e nos que dedicam o seu amor ao nosso clube! Quando os maus resultados persistem, mesmo depois de se ter feito de tudo e da forma como se sabe fazer, como deve proceder, à luz da boa práxis empresarial/associativa, uma direcção? A resposta é muito simples, quando se tem humildade e espírito de serviço à causa: COLOCAR O SEU LUGAR À DISPOSICÇÃO! Gestores com brio, perante resultados negativos que colocam em causa a vida de centenas de pessoas e a incomensurável história de uma instituição, como o Sporting, DEMITEM-SE! Os demais cavalgam o seu ego até à destruição completa do que juraram servir e defender! Nada se esgota em ninguém! Reconhecer incapacidade para uma luta, e dar lugar a quem o saiba fazer, é um acto de amor, humildade e inteligência! Quando uma direcção não consegue fazer uma auto-análise séria, não sabe ler os sinais nem ouvir os Sócios, o que deve acontecer? Nestes casos, o Presidente da Assembleia Geral – fiel depositário dos interesses de todos os Sócios do Sporting e da própria instituição (funcionando como a administração de uma empresa “tradicional”) – deve chamar a direcção e confrontá-la com os resultados e insatisfação dos accionistas/sócios! Deve exigir que as promessas eleitorais, o projecto apresentado aos sócios aquando da campanha eleitoral, devem ser cumpridas e que a continuidade dos postos de trabalho, expectativas dos Sócios e história honrosa do clube, sejam salvaguardadas! No Sporting não pode ser diferente! Os resultados não sucedem, com repercussões na vida presente e futura do clube, dos atletas e dos Sócios. O mal-estar está generalizado. A direcção não consegue tomar medidas, a nenhum nível, que garantam a estabilidade e valorização do Sporting. Não existe má-fé contra eles! Existem, sim, Sócios que já não suportam tanto erro e tanta derrota. Sócios que já não vêem nesta direcção a capacidade de dar a volta por cima! Existem Sócios, adeptos e simpatizantes que se cansaram de assistir ao desmoronar do património, material e imaterial, do Sporting! De nada vale culpar esta ou aquela fracção de sócios! No fundo, todos eles, o que querem, é que o clube não resvale, não vá para o abismo e não chegue, de onde não possa regressar! Para se ser respeitado, é preciso dar-se ao respeito. Quando este último não acontece, a administração, ou seja, neste caso, o Presidente da Assembleia Geral deve entrar em acção! A Assembleia Geral (AG), na pessoa do seu Presidente, enquanto órgão máximo de supervisão, em representação de todos os Sócios e fiel guardião da história do Sporting, tem a obrigação de agir em conformidade perante tal situação. Senhor Presidente da AG, chegou a hora de demonstrar que honra o lugar que lhe foi confiado, e que é merecedor de tal prestígio! Chegou a hora de defender os superiores interesses do Sporting! Chegou a hora de olhar para a causa e não para os nomes! Senhor Presidente, não tenho dúvidas que, os seus mais que reconhecidos atributos de tribuno, homem das leias e implacável gladiador de causas, sobejam para chamar à pedra esta direcção! Queira vossa excelência assim proceder! Queira colocar o seu sportinguismo e bom-senso acima de qualquer outro interesse. Queria assumir a responsabilidade que lhe foi confiada, de regulador e zelador dos superiores interesses do Sporting, e, esta direcção, por evidenciação do seu fracasso, demitir-se-á! Dando lugar a quem seja capaz, enquanto ainda for possível, recolocar o Sporting na trilha da sua história gloriosa. Senhor Presidente, terá coragem para sair do silêncio?
O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.
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